Elysium| jjk + pjm [CONCLUÍDA]

10. Nepenthe

Nepenthe: (1) something that makes you forget grief or suffering; (2) anything inducing a pleasurable sensation of forgetfulness, especially of pain or sorrow.

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O que foi que eu fiz?

Jungkook se deixou escorregar pela parede até o chão, colocando o rosto entre as mãos. O garoto não costumava agir desse jeito, tão... impulsivo, feroz. Ele não devia ter forçado Jimin a falar, ele foi invasivo demais, forçou o demônio até seu limite, Jungkook já devia saber que não acabaria bem. Mesmo assim, já não havia como voltar atrás, e agora ele seria forçado a dividir o espaço com um demônio que o odiava.

Jungkook se afundou mais no chão. Ele agora podia perceber pequenas pontadas em sua cabeça que antes eram quase imperceptíveis, e foram ficando mais fortes durante a discussão. Deve ser a fome, já vai passar...

O humano apoiou os braços no chão para se levantar, indo até o microondas pegar sua comida. Com a vasilha em mãos, ele virou-se para ir até a ilha, quando subitamente a dor subiu a níveis excruciantes. 'Aargh, o que é isso??'

Jungkook derrubou a vasilha no chão, fazendo com que a cerâmica se quebrasse em diversos pedacinhos. O garoto pressionou as duas mãos nas laterais, fechando os olhos com força. A dor era nauseante, como se centenas de agulhas perfurassem seu cérebro ao mesmo tempo, deixando-o completamente atordoado. Ele se apoiou na parede, tentando fazer com que tudo parasse de girar.

O garoto não ouviu o som quando Taehyung bateu à porta da frente, muito menos quando este subiu as escadas e viu o garoto naquele estado.

— Jungkook, o que você tem? Você está bem? — O demônio correu até onde ele estava, colocando-se de apoio para ajudá-lo a andar. Taehyung usava apenas uma bermuda, o cabelo ainda úmido e a pele gelada eram sinais de que ele provavelmente acabara de sair do mar.

— M-Minha cabeça....e-está... explodindo... — Ele disse, com dificuldade. Taehyung o arrastou até o sofá e o deitou ali.

— Jungkook eu não sei o que fazer, por favor, me diga como te ajudar. — Seu tom era completamente exasperado. Taehyung nunca havia cuidado de alguém antes, nunca havia cuidado de um humano.

— H-hoseok...l-ligue para ele... — Foi tudo que o garoto conseguiu murmurar, sua língua parecia pesada, o garoto agarrando seus próprios cabelos em dor.

— Ok, agora onde está seu telefone? — Taehyung tateou os bolsos de sua calça até que achasse o celular. Não demorou muito até que o ruivo atendesse.

— Hoseok aqui é Taehyung, Jungkook... ele precisa de ajuda, por favor!

— O que aconteceu? Onde ele está? — disse o homem, o tom já alterado pela preocupação.

— Eu não s-sei, ele disse que é a cabeça, ele parece que vai desmaiar ou vomitar...por favor tem que ser rápido!

— Mas é claro, como eu não pensei nisso...Vocês selaram a casa?? — O que isso quer dizer?? — As energias, elas precisam ser estabilizadas para que ele volte ao normal. Ele precisa de uma terapia vibracional, mas nós não temos tempo. Vocês colhem algum tipo de ervas aí?

Enquanto o leviatã falava ao telefone, Jimin apareceu descendo as escadas, arregalando os olhos ao ver a cena à sua frente.

— O que está acontecendo aqui? — O demônio praticamente pulou a escada ao ver o garoto.

— Jimin, não temos tempo. Vá até o jardim e pegue um punhado de hortelã-brava. Separe metade e o resto faça um chá, rápido! — Jimin abriu a boca para contestar, não era de seu feitio seguir ordens, mas ao ver a seriedade com que Taehyung falava, ele soube que devia obedecer.