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Reino ao Sul - Dois dias depois da morte do capitão Park

Dois dias haviam se passado desde que o príncipe Jeon presenciou a morte de seu amado, as pessoas comentavam pelos quatro cantos do castelo que o mesmo tinha perdido seu brilho, seus olhos permaneciam em uma solidão inexplicável Jungkook não era mais feliz. Todas as manhãs ele saia do castelo e caminhava até o mar para sentir o cheiro da brisa, este que lembrava tanto seu ômega, para um condenado é normal que seu corpo seja descartado, mas Junghyun ordenou os guardas para que os piratas tivessem um enterro digno, o mesmo sempre soube do amor incondicional de seu irmão mais novo com o pirata e sempre ajudou os dois a se encontrarem.

O mais velho andou em direção a montanha onde Jungkook quis que ficasse o túmulo de Jimin, todos os dias o mais novo andava até o local com uma flor, ao chegar perto de seu irmão viu o mesmo ajoelhado diante da lápide, mesmo não estando muito perto Junghyun sabia que o outro estava chorando era assim todos os dias. Andou lentamente e tocou o ombro de Jungkook que o olha, seus olhos estavam vermelhos e inchados já não eram como antes.

- Jimin ficaria triste em lhe ver assim do jeito que está - Pronunciou o mais velho, sua voz demonstrava calma e principalmente acolhimento com a perda que seu irmão sofreu.

- Nosso pai tirou tudo de mim, ele deixou uma cicatriz incurável, meu irmão você sabe como é sentir que um pedaço de você se foi, e que nunca mais vai encontrá-lo novamente? - Pergunta o olhando e o outro nega sutilmente.

- Jungkook, cicatrizes se curam - Diz o mais velho, então começa a ver seu irmão negar com a cabeça, suas mãos tremiam e ele segurava uma flauta branca.

- Não, não se curam, feridas se curam - Responde - E vou carregar essa marca para sempre e quem sabe em outra vida eu não possa torná-lo meu garoto novamente - Diz passando a mão em seu rosto para secar as lágrimas que caiam.

As risadas, as juras de amor que os dois trocaram depois de sua primeira noite juntos, estavam preparados para fugir pelo mar e nunca mais voltar para o reino, tinham planos como se casarem e construírem uma família, eles passaram horas conversando sobre quantos filhos queria ter, a ideia de ter trigêmeos era muito bem-vinda para os dois. Mas agora tudo isso eram apenas lembranças, momentos, que nunca seriam esquecidos pelo menos não por Jungkook, Jimin seria lembrado dia após dia.

- Eu seria considerado um traidor se matasse nosso pai? - Pergunta Jungkook e quando seu irmão o olha, percebe que o mais novo estava completamente dominado por seu lobo.

- Jungkook, você seria um exilado para sempre - Responde o olhando.

- Eu vou embora - Fala - Não quero ficar aqui, nosso pai com toda certeza vai me forçar a casar com outro - Diz.

- Você sabe que não será fácil, mas vou te ajudar a sair daqui - Fala Junghyun.

Tempos atuais - Coreia do Sul

Jeon Jungkook

Estaciono o carro em frente a casar de minha mãe e Jhye desce correndo indo em direção a porta, a sigo brevemente com olhar até ver que a mesma abriu a porta de entrada da casa, desço do carro e ando até a porta logo entrando, dou de cara com minha mãe na sala de estar com minha filha no colo.

- Oi Jungkook - ela fala sorridente e logo vejo Jihye com um pedaço de bolo de bolo de chocolate em um pratinho. - Não avisou que viria - Diz.

- Jihye queria te ver e ficar um tempo aqui, tenho certeza que ela queria falar sobre as aulas de dança - Digo e ando até o sofá me sentando relaxado -Pai não está? - Pergunto.

ALMA GÊMEA • PJM + JJK • ΛβΩOnde histórias criam vida. Descubra agora