Capítulo 00XX: A festa - (Especial Minsung)

444 59 8
                                    

[Música recomendada: Out Of Touch - CUT_]

[...]

Han estava quase desidratado de tanto dançar e rir com os amigos.

Mais uma bebida pra refrescar não faz mal né?
Pensava enquanto ia em direção a cozinha, só não contava em dar de cara com Minho, o qual havia passado uns dias evitando após aquela noite desconcertante.

— Hey esquilinho — Disse o mais velho em tom baixo, enquanto se aproximava da orelha de Han.

— Eu só vim buscar uma bebida...— O mais novo tentou desconversar e se afastar quando foi puxado pela gola da camiseta.

Minho com apenas um dedo o puxou pra perto, quase grudando os corpos num canto da cozinha, não perdeu tempo e com os lábios colados na orelha do outro passou a língua levemente, se afastando novamente pra ver a reação do menor.
— Eu tenho algo que você pode beber — Disse no tom mais provocante possível, com o olhar travesso fitando o outro e com o dedão contornando o lábio inferior do mais novo, prosseguiu a dizer — Afinal, você me deve... Lembra? — Sorriu malicioso.


Han não respondeu nada, mas estava bêbado o suficiente pra assentir sem vergonha à proposta do outro, afinal, sabia que queria aquilo já fazia um tempo, só não conseguia admitir em voz alta.

Minho o puxou pela mão, atravessando todo o caos da festa e indo direto para o quarto que dividiam. Antes mesmo de adentrarem o cômodo já se encontravam com os lábios grudados e mal fecharam a porta em suas costas. Ainda em pé, Han passava as mãos apressadas e desejosas nos cabelos do mais velho, o puxando cada vez mais para si. O beijo foi tão longo e sedento que ambos tiveram que dar uma pausa, implorando por ar. Minho aproveitou para tirar a camiseta larga do outro, enquanto apreciava lentamente cada detalhe do seu corpo, inclinando-se para beijar e mordiscar o pescoço do mais novo.

— Eu quero tanto sentir você — Minho sussurrou com os lábios rentes a pele do outro. 

Han sentia seu pau endurecer mais a cada toque e a cada palavra que o mais velho proferia, ali soube o quanto estava perdido por ele. Usou uma de suas mãos para levantar delicadamente o rosto do outro, selando os lábios e dando início a outro beijo sedento. Estavam com os corpos tão próximos que sentiam as ereções, ainda presas nas calças, roçarem uma contra a outra. 

Minho puxou o mais novo em direção a cama, deitando Han e montando em cima do mesmo, prosseguiu a tirar sua própria camiseta e logo retornaram aos beijos e carícias. 

O desejo que fluía naturalmente entre os dois era tão grande, que se tornava difícil até para Minho compreender. Han o fazia sentir coisas que nunca havia sentido por ninguém e isso o assustava um pouco.

Um barulho interrompeu o momento entre os dois, alguém tinha aberto a porta que Minho falhou em trancar, os olhares surpresos e assustados fitavam Hyunjin que, mesmo surpreso com a cena picante dos colegas, deu de ombros e logo fechou a mesma. 

Han sentou-se rapidamente na cama, levando as mãos ao rosto, constrangido com o que tinha acabado de acontecer. O mais velho correu e trancou a porta, voltando para cama logo em seguida, observando o mais novo se contorcer de vergonha. 

— Relaxa, Hyunjin não vai abrir a boca, ele tem um relacionamento secreto também... — Minho tentou acalmar o outro.

— E-eu não sou gay, isso não está acontecendo — Han dizia confuso, balançando a cabeça em negação.

Minho se aproximou lentamente, afastando as mãos do menor do próprio rosto.
— Por que não esquecemos esses rótulos? Eu sei que você me quer o tanto quanto eu te quero — Disse com a voz baixa, enquanto olhava nos olhos do outro.

— Eu não sei o que eu quero, eu nunca senti isso antes — Han respondeu em tom frustrado, com os olhos marejados, parecia prestes a chorar.

O mais velho o enlaçou rapidamente num abraço apertado, e Han não o impediu, apenas aconchegou-se mais nos braços do outro. Estavam grudados, as pernas do menor entrelaçavam o corpo do mais velho. A situação anteriormente excitante tinha se tornado um tanto sentimental.
Minho odiava coisas sentimentais, mas não se sentia nem um pouco incomodado dessa vez, sua única vontade naquele momento era acalmar o outro.

— Você não precisa fazer nada que não quer fazer, mas se você me quiser eu estou aqui. — Sussurrou no ouvido do menor, enquanto deixava um beijo delicado em sua nuca. 

Depois de alguns minutos de silêncio, ainda dentro do abraço onde só podiam ouvir a respiração e os batimentos cardíacos um do outro, o menor quebrou o silêncio.
— Eu acho que te quero hyung... — Disse enquanto escondia o rosto na clavícula do mais velho.

Aquela frase tímida era algo que Minho não sabia que precisava ouvir, sentiu seu corpo arrepiar de felicidade, será que tinha mesmo se apaixonado por Han? Tinha tantos pensamentos confusos mas deixaria todos eles pra depois, agora só queria sentir o corpo do menor próximo ao seu. 

— Eu acho que bebi demais... Tudo bem se a gente só deitar? Como naquele dia? — Han pediu tímido.

— Claro esquilinho bobo — Minho concordou sorridente, e logo deitou aconchegando o menor em seu peito.

A situação constrangedora os ajudou a esclarecer um pouco sobre como sentiam em relação ao outro. Estava evidente para Minho que aquilo não seria casual como seus outros lances, e Han estava tentando compreender que, após tantos anos pensando ter algum problema por não sentir nada com mulheres, estava finalmente sentindo tudo aquilo por um homem. 

Play With Fire 🔥 - Felix FicOnde histórias criam vida. Descubra agora