Kakarotto corria por entre as árvores desesperadamente, era como se algo muito ruim pudesse acontecer se ele não chegasse a tempo.
Ele não entendia o porque daquele pressentimento, mas não tinha muito tempo para raciocinar, seus instintos ordenava que corresse o mais rápido possível e ele apenas os obedecia.
Conforme se aproximava, o cheiro estranho e familiar ficava mais próximo, assim como o de Chichi. Porém, em certo momento, seu olfato começou a sentir o cheiro enigmático se afastando ao invés de se aproximar, enquanto o de Chichi continuava a aumentar. Era como se aquele alguém, dono daquele cheiro, estivesse se distanciando de Chichi, o que em partes o deixou aliviado, mas ainda assim, continuava a correr velozmente.
Antes que qualquer outro pensamento passasse pela sua mente, Kakarotto chegou ao local, sendo um bosque que ficava bastante próximo do castelo do conde.
Seus olhos, ouvidos e olfato trabalhavam com rapidez, procurando pelo perigo que ele sabia, esteve por ali.
Mas assim que seus olhos encontraram Chichi deitada no chão, próxima do riacho com os olhos fechados, seu coração falhou.
- Chichi! – Gritou ele um tanto desesperado indo para perto do corpo adormecido.
Kakarotto, sendo um lobisomem, tinha o olfato e audição bastante aguçada, por isso ele podia ouvir a respiração e sentir o cheiro de vida em Chichi, mas isso não o deixava mais calmo, o trauma de ter visto sua amada morta uma vez o deixava sem raciocínio lógico numa situação daquela.
Por isso, assim que se ajoelhou diante do corpo adormecido, puxou-a em suas pernas dobradas, praticamente a carregando.
Kakarotto a chacoalhou com certa brutalidade para acorda-la. Ele não gostava de vê-la de olhos fechados, lhe trazia lembranças dolorosas, isso sem falar que ele sentia que havia algo de errado com ela.
Por que Chichi estaria dormindo na beira de um riacho? O que ela estava fazendo sozinha ali? E por último, mas não menos importante, de quem era aquele cheiro que impregnou, tanto aquele ambiente, quanto Chichi?
Desesperado com pensamentos insanos que lhe consumia a mente, Kakarotto deu mais uma chacoalhada em Chichi, dessa vez com mais força, fazendo-a finalmente abrir os olhos.
- Graças à Deus – murmurou ele aliviado.
- Kakarotto? – Sussurrou Chichi um tanto desnorteada, sua mente estava confusa e embaçada.
- Por que esta aqui fora? – Indagou Kakarotto puxando-a mais para cima, colocando mais do corpo dela no seu colo. – O que aconteceu para estar dormindo em frente ao riacho?
- Eu... eu não sei – gaguejou ela colocando a mão na cabeça para tentar se lembrar.
- Tinha alguém aqui com você? – Kakarotto insistia em suas perguntas, mesmo percebendo que Chichi estava muito confusa sobre tudo.
- Tinha? – Ela retrucou a pergunta. – Eu não sei, não consigo me lembrar.
Kakarotto suspirou pesadamente, tentando manter-se calmo, mas a confusão de Chichi apenas o deixava mais apreensivo. Será que alguma coisa ruim havia acontecido com ela para estar agindo daquela maneira?
Diante dessa nova pergunta que surgiu em seus pensamentos, Kakarotto começou a olhar no rosto, nos braços e nas pernas dela, procurando alguma mancha, algum machucado, mas seus olhos não captaram um arranhão sequer, apenas o cheiro dela estava estranho, se misturava com aquele cheiro misterioso que sentiu antes.
Enquanto isso, Chichi começava a ter melhor acesso na sua mente, conseguia lembrar-se de algumas coisas, mas ela ainda não se recordava de como havia parado deitada em frente daquele riacho, nem como adormeceu naquele chão.
Conforme as lembranças se tornavam mais nítidas, o sonho que tivera com Kakarotto lhe veio a mente como uma pancada.
Com isso, Chichi sentiu uma pontada no peito, o pesadelo que tivera anteriormente viera com tanta nitidez em sua memória, que ela parecia ter acabado de acordar dele. Lembrou da lápide com as palavras maldosas, de Kakarotto morto e de seu desespero ao perceber que havia o perdido para sempre.
Seu coração acelerou, e junto de suas batidas cardíacas veio a frase de Bulma em seus ouvidos, como se a mesma estivesse sussurrando em sua orelha:
Está disposta a perdoa-lo por tê-la tornado um monstro?
Olhando para Kakarotto em silêncio enquanto ele parecia procurar algo no corpo dela, Chichi sentiu um nó em sua garganta, a expressão máscula e ao mesmo tempo inocente dele a desmoronava. Era tão bom olhar para aquele rosto, vê-lo com vida, estar tão perto dele...
Chichi não precisou mais pensar, ela já tinha a resposta para a pergunta de Bulma, ela já não tinha mais dúvidas em seu coração.
Erguendo-se um pouco, Chichi pegou na nuca de Kakarotto com delicadeza, fazendo assim, ele a olhar nos olhos. O lobisomem parecia confuso com a atitude da morta-viva, porém, antes que ele pudesse raciocinar o que estava acontecendo, Chichi aproximou mais o rosto do dele e selou os lábios, iniciando um beijo repleto de saudade.
A única opção de Kakarotto diante daquele ato, foi retribuir o beijo, com a mesma intensidade que recebia.
*****
Helles e Freeza terminavam de tirar as malas da carruagem para adentrarem na igreja, já haviam colocado Jaco dentro do recinto, devidamente preso em um dos bancos para não conseguir escapar se tentasse.
Assim que ambos tiraram as duas malas, que continham algumas roupas, objetos ainda misteriosos e claro, o livro dos mortos, o cocheiro mais que depressa estalou o chicote no cavalo, que saiu em disparada para o horizonte.
Freeza e Helles pegaram suas malas e subiram os degraus da escada para entrarem dentro da igreja de uma vez por todas e poderem descansar da longa viagem.
Alguns pares de olhos curiosos espionavam atrás das frestas das casas, e outros, um tanto menos discretos, estavam na rua mesmo, observando o novo padre que chegava na vizinhança.
Ainda era noite e por conta disso estava muito escuro para eles poderem enxergar com nitidez o rosto do suposto padre e da mulher que o acompanhava, mas isso não os impediam de tentar. A curiosidade era maior que qualquer coisa.
No exato momento em que Freeza atravessou a porta da igreja junto de Helles, largando as malas no chão e virando-se para fechar as portas, algo aterrorizante começou a acontecer do lado de fora.
Um dos homens, que estava bastante próximo da igreja, parado com as mãos no bolso, olhando a chegada do novo padre, sentiu uma mão gélida agarrando seu pescoço, fazendo-o assim se assustar e soltar um grito amedrontado.
Isso alertou os outros curiosos instantemente, fazendo-os começar a correr sem nem mesmo olhar o motivo daquele grito.
A curiosidade fez com que o povo da Transilvânia esquecesse por alguns minutos que a noite era perigosa, pois junto dela, vinha os monstros que ali habitavam.
Freeza já percebendo o que viria a seguir depois daquele grito e daquelas pessoas que corriam desesperadamente, resolveu fechar a porta rapidamente, fazendo assim, Helles protestar:
- Por que o senhor fechou a porta, eu quero ver o...
Helles parou de falar ao perceber que diria algo que não deveria.
- Ver quem? – Rosnou Freeza já imaginando como sua filha terminaria aquela frase.
- Quero ver o que está acontecendo lá fora – improvisou ela de maneira convicta.
Freeza comprimiu os olhos desconfiado.
- Você sabe o que está acontecendo lá fora – disse ele um tanto seco. – Não precisa ver para saber.
Helles suspirou pesadamente e saiu de perto da porta, disposta a deixar a igreja para ir na casa de trás, aonde poderia dormir e esquecer suas frustrações.
*****
Conforme o beijo se intensificou, mais a temperatura dos corpos aumentavam. As mãos começaram a se moverem, tocando as partes do corpo que mais desejavam tocar.
Chichi suspirou na boca de Kakarotto quando sentiu os dedos dele tocando seu mamilo por cima da camisola. Ela estava tão sensível ao toque dele que estava a perigo de se derramar de prazer antes dele toma-la por inteira.
Kakarotto, por sua vez, não podia acreditar que seu maior sonho estava se tornando realidade. Tudo que ele passou, tudo que ele fez, foi para viver mais uma vez aquele momento sublime.
Ele respirava ferozmente, beijando-a com fervor, a pele dele se arrepiava junto de seu sangue que corria quente nas veias. A ereção mais que evidente pulsava em suas calças.
O lobisomem sentia que poderia devorar aquela mulher, e ele sabia, tinha que controlar a besta que habitava nele, para não marca-la como sua, não podia fazer isso sem a devida permissão.
Em certo momento, quando as mãos dele abaixaram para tocar a intimidade de Chichi, sem largar sua boca, a mesma contorceu-se, soltando um gemido acalorado e sensual.
Parecendo ter despertado algo no interior de Chichi, ela largou a boca de Kakarotto, ergueu-se e sentou-se de pernas abertas no colo dele, pronta para cavalgar e se esfregar.
Kakarotto chegou a suspirar diante do ato da mulher, ele simplesmente não podia resistir à ela daquela forma. Porém, de qualquer maneira, seu lado racional, que quase se esvaia de sua mente, lutou aqueles últimos segundos e tentou perguntar:
- Chichi, por que você...
Ele não conseguiu terminar a frase, pois Chichi colocou o dedo em sua boca o calando.
- Eu o perdoo, Kakarotto, o perdoo por ter feito eu voltar dos mortos.
- Você me perdoa? – Kakarotto não podia acreditar, sua voz estava até sussurrada por conta da emoção que sentiu.
- Se fosse o contrário eu teria feito o mesmo – explicou ela com os olhos marejados. – Eu não conseguiria viver em um mundo aonde você não existisse, é errado te julgar por algo que fez por...
- Amor! – Completou ambos em uníssono.
Sem dizerem mais nenhuma palavra se beijaram novamente, dando por encerrado aquela conversa. Claro que ainda tinham muito o que conversarem, mas o momento não pedia palavras, pedia toques.
Erguendo a camisola dela, Kakarotto passeou suas mãos ásperas nas coxas macias, apreciando cada pedaço de pele que ali havia, sentindo a textura sedosa em seus dedos trêmulos. Quando chegou nas nádegas, apertou elas com força, fazendo Chichi largar sua boca e jogar a cabeça para trás.
Chichi, por sua vez, agia velozmente com suas pequenas e delicadas mãos, abrindo cada botão que havia na camisa que Kakarotto usava com agilidade. Estava desesperada para sentir a rigidez dos músculos do abdômen dele em seus dedos.
A boca dele invadiu o pescoço dela, beijando-a com voracidade, dando pequenas mordidas enquanto descia os lábios até o vale dos seios.
Sem muita paciência, e desesperado em tela por inteira, Kakarotto tirou as mãos da bunda, que ainda estava coberta pela roupa íntima, e as ergueu para rasgar a camisola de Chichi para poder apreciar e se deliciar na nudez de seus seios.
Mesmo com a cicatriz que ali existia, Chichi era magnífica com os seios à mostra, eles eram medianos, perfeitamente redondos e seus mamilos eram rosados.
Kakarotto não ficou muito tempo os admirando, pois sua fome por Chichi não permitia tal capricho. Suas mãos possessivas logo os agarraram enquanto sua boca invadiu os mamilos eriçado.
Chichi gemeu deliciosamente, sentindo-se molhar ao ponto de transbordar na roupa íntima. Intuitivamente ela começou a se esfregar no colo dele, sentindo a dureza por dentro da calça acariciar sua pele sensível.
Rosnando diante da atitude ousada dela, Kakarotto a pegou pela cintura, virando-a com habilidade e rapidez por debaixo dele.
Kakarotto foi tão rápido em sua atitude dominante, que Chichi somente se deu conta de tudo quando ela já estava por baixo daquele homem másculo e viril.
A boca dele novamente invadiu-a, penetrando sua língua sensualmente dentro dela. Enquanto as bocas se conectava Chichi terminava de desabotoar a camisa dele e o ajudava a tira-la, enquanto Kakarotto levava as mãos no cós da roupa íntima para tira-la e finalmente ter acesso naquilo que tanto desejava.
Chichi passava as mãos nos músculos do peitoral de Kakarotto, sentindo a pele quente em seus dedos e deixando-a loucamente excitada.
Largando a boca dela, Kakarotto se ergueu, desabotoando sua calça e a abaixando. Chichi chegou a suspirar quando viu a ereção dele, ela mal podia esperar para sentir ele a penetrando inteiramente.
Kakarotto afastou as pernas dela, abrindo-as para ele, passando logo em seguida o indicador na pele escorregadia e macia.
Chichi se estremeceu ao sentir o dedo dele passando em sua área mais sensível, estava tão molhada que nem ao menos precisava daquele tipo de provocação.
- Tão linda – murmurou ele em aprovação.
- Kakarotto... – gemeu ela. – Por favor...
Com um sorriso discreto, levou o dedo até seus lábios e o chupou, apreciando o sabor de Chichi em sua língua.
- Eu poderia devora-la – disse ele com a voz um tanto mais grossa, era como se o lobisomem falasse agora e não Kakarotto.
Chichi, ao ouvir aquele voz de Kakarotto um tanto mais grave, sentiu um arrepio que desceu de sua nuca até a ponta de seus pés. Ela estava enlouquecendo pela expectativa.
Sem dar mais tempo para pensar ou dizer mais nada, Kakarotto agarrou as coxas de Chichi, as erguendo em seus ombros e abocanhando sua boceta.
Atordoada de tanto prazer naquele ato, Chichi jogou a cabeça para trás, gemendo desesperada enquanto a língua de Kakarotto a enlouquecia.
Ele a provocou deliciosamente, passando seus lábios e sua língua na pele molhada. Torturando-a ao ponto de Chichi perder a razão e esquecer tudo à sua volta. Tudo que ela conseguia pensar era naquela boca que a lambia.
Entretanto, antes que ela pudesse aliviar seu útero dolorido e derramar-se na boca daquele homem, ele se afastou, com o semblante mais feroz que já vira.
Tirou as pernas dela de seu ombro, colocando-as em seus braços, apenas para abri-la mais e tocar sua dureza na entrada dela.
Chichi mordeu o lábio em expectativa, ansiosa e até mesmo desesperada para ele afundar-se dentro dela.
Mas Kakarotto gostava de ver os olhos dela daquela maneira, implorando para ele misericórdia e alívio, ele poderia tortura-la por horas se ele mesmo não estivesse desesperado.
Seu membro estava latejando, implorando por movimentação, pela tão desejada e esperada penetração.
Esfregou a cabeça de seu membro na vagina dela, dando para aquele momento um pouco mais de tortura, para somente então, entrar lentamente dentro dela.
O lábio inferior de Chichi começou a tremer assim que Kakarotto começou a invadi-la. Ele fazia aquilo tão devagar, tão gostoso, que ela se contorcia de dentro para fora.
Suas pernas, da maneira que foram abertas, permitiu à ele a penetração mais profunda que poderia ter. Chichi podia sentir ele totalmente dentro dela, rasgando-a, abrindo-a.
Ela gemeu, mais alto que das outras vezes, segurando com força os antebraços dele, enquanto ele aumentava o ritmo das investidas.
Kakarotto também gemia, seu gemido gradual e rouco a deixava à beira do abismo.
Os movimentos dos quadris aumentavam mais e mais a cada segundo, fazendo os corpos suarem e as bocas gemer.
Na lagoa, a água tremia enquanto os dois se amavam à beira dela, a lua brilhava no céu iluminando os olhos devassos dos amantes. Era o momento certo para as estrelas pintarem aquele momento...
Amaram-se com fervor, escorregando seus corpos um no outro, afundando-se em suas partes íntimas, beijando-se como dois animais. E quando a respiração começou a falhar, ficando descompensada, derramaram-se juntos, com um gemido que até mesmo os mortos podiam ouvir.
*****
A garganta seca, os olhos com chamas ao invés das pupilas, as presas afiadas prontas para perfurar e se afundar no pescoço de alguém.
Ela definitivamente se tornara um monstro naquele momento, e sua aceitação com aquilo ativou seu lado cruel e sanguinário.
A muito tempo não bebia sangue humano, desde que teve seu primeiro dia como uma vampira para falar a verdade, e estava sedenta pelo líquido vermelho.
Sua ferocidade surgiu assim que decidiu parar de lutar contra a natureza, aceitando sua condição sem medo, a alguns minutos atrás.
Assim que saiu do castelo do conde, Bulma correu em disparada para a vila, pronta para se alimentar e concretizar sua atual situação. Afinal, se uma vampira ela era agora, agiria como tal.
Apesar que, mesmo cedendo aos instintos, seus princípios não a abandonaram, então, conforme se aproximava da vila, prometia a si mesma que jamais se alimentaria de mulheres, idosos e crianças.
Assim que chegou ao local, percebera que havia certa movimentação no centro da vila, mais precisamente em frente a igreja. Ela podia sentir o sangue que corria nas veias dos moradores.
Correndo para o lado aonde ela podia ouvir mais as batidas dos corações dos moradores, Bulma foi rápida em sua escolha ao chegar em frente a igreja, não podia dar chances para as pessoas entrarem dentro dela, se não sua refeição escaparia.
Agarrou rapidamente a nuca de sua vítima, que gritou instantemente ao sentir sua mão gélida, ela o puxou para sua direção e o jogou no chão, o que foi fácil para ela, vendo a força sobrenatural que possuía agora.
Bulma podia ouvir as pessoas começarem a correr a sua volta, podia sentir o cheiro do medo que impregnou o local, até mesmo pôde ouvir a porta da igreja se fechando, o que rapidamente ela concluiu ser alguns moradores que conseguiram chegar até o local sagrado para escaparem de suas garras, mas para ela nada importava, os acontecimentos à sua volta eram neutros em seus pensamentos, seu foco estava no homem caído no chão, que a olhava com os olhos arregalados e repletos de medo.
- Não se preocupe, querido, eu serei rápida – disse Bulma conforme se ajoelhava por cima do homem. – Antes que possa gritar, já estará morto.
O homem, paralisado pelo medo, não conseguia se mexer, até mesmo sua voz se fora, e agora, apenas tremia deitado naquele chão enquanto aquela vampira se aproximava do pescoço e praticamente subia em seu corpo.
E como ela havia dito, antes que ele pudesse esboçar qualquer reação, suas presas afundaram no pescoço ao qual uma veia assustada pulsava. Sugou o sangue dele com tanta rapidez que o pobre homem perdeu a consciência antes de perceber que aquele era o seu fim.
Erguendo-se elegantemente, Bulma olhou com certa frieza para o corpo inerte jogado no chão, agora sem cor e com os olhos ainda abertos e arregalados, porém, já sem vida neles.
Limpou o queixo com as costas da mão, e olhou à sua volta, procurando o próximo que mataria, afinal, estava a muito tempo sem se alimentar direito, precisaria mais do que um humano para ficar satisfeita.
Com um sorriso sombrio nos lábios ouviu as batidas do coração acelerado de um outro homem atrás de uma das casas que havia ali, parecia o único que não havia corrido para longe, e a impressão que passou foi que ele a espionou.
- Você sabia... – a voz de Bulma ecoou no ambiente quase deserto. – que a curiosidade matou o gato?
O homem atrás da casa engoliu em seco, sabendo que aquela vampira falava com ele, pensou em correr, mesmo com os joelhos trêmulos, mas era tarde demais, antes que pudesse se mexer e sair dali, Bulma já estava diante dele, com a expressão mais assustadora que ele já vira na vida.
Dentro das casas, enquanto as pessoas rezavam para o demônio que havia lá fora ir embora de uma vez por todas, puderam escutar um grito de horror que vinha do lado de fora.
A Transilvânia voltava a sentir a opressão da tirania dos monstros que ali habitavam, e eles começavam a acreditar que somente Deus podiam ajudá-los agora.
*****
O dia amanhecia nublado, o sol estava tampado pelas nuvens e o ar era repleto de melancolia.
O povo saia a espreita de suas casas, sentindo o ardor nos olhos ao contemplar a luz do dia. Finalmente a noite havia acabado e eles se sentiam seguros para sair de suas casas.
Queriam ver quem haviam sido as vítimas do demônio sugador de sangue.
Um grito de uma mãe fizera chamar a atenção de todos assim que se foi ouvido, e como se tivesse jogado açúcar no formigueiro, logo o ambiente aonde havia o cadáver estava repleto de gente.
A mãe se agarrava ao filho morto no chão, com o pescoço furado e sem nenhuma gota de sangue no corpo. Ele já era adulto, é verdade, mas isso não diminuía a dor dessa mãe.
- Meu filho não! Meu filho não! – Ela gritava em meio ao choro.
Enquanto todos assistiam aquela cena sem dizer nenhuma palavra, um homem de estatura baixa atravessou a pequena multidão e chegou até a mulher ajoelhada que chorava desesperadamente.
- Tenha calma, minha filha, Deus é amor, mas também é justiça.
A mulher, assim como todos ali, olharam diretamente para o rosto daquele homem, que tinha uma expressão seria e fria. Logo, observaram a roupa que ele usava, e perceberam que tratava-se de alguém mandado por Deus.
- Padre! – A mulher largou o filho em meio as lágrimas e se agarrou ajoelhada nas pernas daquele homem, como se procurasse por alívio para sua dor. – O meu filho... ele... ele...
- Ele está com Deus agora. – O suposto padre acariciou a cabeça daquela mulher. – Não chore, eu farei com que os demônios que aqui existem voltem para o inferno e que Deus jogue sua ira neles.
A mulher soluçou com o coração partido, largando as pernas no padre, beijando-lhe a mão para voltar a se agarrar ao seu filho enquanto deixava as lágrimas caírem.
O padre se voltou para a pequena multidão, colocando as mãos nas costas e limpando a garganta.
- Eu me chamo Freeza, meus irmãos – apresentou-se ele com a voz alta e clara. – Estou aqui para substituir o antigo padre.
- O que ouve com o Padre Kuririn? – Uma mulher perguntou em meio a todos.
- Está morto! – Freeza foi direto em sua resposta.
Todos arregalaram os olhos e abriram suas bocas.
- Uma doença grave o levou para perto de Deus – explicou Freeza antes que alguém perguntasse. – Mas não se preocupem, agora estou aqui e garanto, serei um melhor padre do que Kuririn foi.
- Por que o senhor diz isso? – Um senhor de idade avançada indagou.
- Porque através das minhas palavras e das minhas ações, os livrarei da tirania dos monstros que aqui vivem e os levarei para o caminho da verdade, os libertando de seus pecados para serem merecedores do Reino dos Céus.
Helles observava ao longe seu pai iniciando seu plano, que agora ela começava a entender. Que maneira mais fácil que existe em manipular pessoas que não seja usando da religião?
Ela não sabia com exatidão o que Freeza pretendia com àquilo, mas de uma coisa ela sabia, se ele continuasse com aquele tipo de discurso, logo teria todos os cidadãos da Transilvânia comendo na palma da mão dele.
Suspirando pesadamente ela virou-se de costas e caminhou de volta para a igreja, estava com o coração pesado e com a cabeça latejando. A preocupação a atormentava, assim como sua atual situação, isso é claro, sem falar do fato de que a cada dia que passava mais difícil ficava de esconder sua obsessão por Vegeta.
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Notas Finais:
Oi amores, saudades minhas? 😏
Escrevi igual ao bilhete da boneca Anabelle 🤭🤭🤭 é que está perto do Halloween e tô no clima 🤣🤣🤣🤣
Vamos falar desse capítulo, não demorou muito, né? 😎😎😎
Eu sei, eu sei, não apareceu o Conde e vocês estão p#tas com isso 🤣🤣🤣🤣 relaxa, capítulo que vem ele aparece 😏
Finalmente Kaka e Chi se acertaram, hein, tava demorando 😴
Bulma mostrando seu lado mau, aí papai 😏😏😏 (se liguem tudo tem volta 👀).
E claro, não podemos deixar de falar de Freeza, que grande manipulador esse infeliz é🤦🏼♀️🤦🏼♀️
O bagulho vai esquentar de todas as formas possíveis😏 🤣🤣🤣🤣
Beijinhos e até o próximo, que não vai demorar em NOME DE JESUS 😁😁😁
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A Caçadora de Monstros
FanfictionEssa história se passou em 1830. Bulma era apaixonada por um Vampiro, mas ele partiu seu coração e ela se fechou para o amor. Jurando nunca mais se entregar a ninguém, e após acabar com o vampiro que a usou, Bulma foi embora de sua terra natal e dec...