Capítulo vinte e oito

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Os olhos azuis abriram-se um tanto assustados, era como se sentisse puxada de alguma forma para aquele lugar e tivesse sido obrigada a despertar. Ela não estava mais no quarto que repousara noite passada, encontrava-se agora em um quarto com as paredes pintadas de vermelho e o teto escuro. A áurea do lugar era um tanto sombria.

Atordoada, Bulma sentou-se para ter uma visão melhor do ambiente, viu que não havia janela e nem portas naquele cômodo, franziu o cenho diante disso.

Olhando para baixo, ela viu que a cama, na qual ela estava sentada, era grande e macia, forrada com lençóis egípcios na cor verde-musgo que acariciava sua pele. Suas roupas também eram estranhas aos seus olhos, vendo que não estava mais vestida com a simples camisola branca que colocou antes de dormir, seu corpo agora estava coberto por um robe de seda preta que a cobria até o calcanhar.

Sem muitas lembranças de como diabos foi parar naquele lugar, Bulma virou-se e colocou os pés no chão, tocando lentamente os dedos e depois a sola.

Bulma fez uma careta quando viu que o chão brilhava, era como se o céu da noite tivesse descido ao chão daquele quarto ao qual ela pisava agora. Balançando a cabeça negativamente, decidiu ignorar aquele chão estranho.

Ela levantou-se e ergueu a cabeça, para tentar encontrar uma saída, afinal, tinha que haver uma saída. Pois de algum modo ela entrou dentro daquele lugar e teria que dar um jeito de sair. Porém, antes que pudesse caminhar pelo quarto, Vegeta surgiu em um canto escuro, revelando-se diante dela como um passe de mágica, deixando-a ofegante e assustada.

Bulma deu um passo para trás quando deparou-se completamente com a figura máscula do conde.

- Finalmente acordou! - A voz dele estava tão sedutora que ela estranhou.

- Co... Como você me trouxe aqui? - Indagou Bulma agarrando-se na parede perto da cama, procurando por qualquer porta secreta, ou algo do tipo para fugir dali.

Vegeta franziu o cenho.

- Eu não a trouxe. Você que veio ao meu encontro.

Bulma engoliu em seco. Será que a loucura a consumiu e a dominou em apenas uma noite? Ou será que ela não tinha lembranças e muitas semanas haviam se passado e agora teve um pequeno lampejo de lucidez?

- A quanto tempo estou aqui? - Sua segunda indagação saiu num sussurro desesperado.

- Não importa! - O conde sorriu, curvando seus lábios para o lado.

Bulma olhou para todos os lados, procurando novamente por uma saída, mas nada encontrou, e para seu desespero, o quarto parecia ter mudado, estava menor, e as paredes pareciam escorrer uma tinta roxa, como se elas estivessem sangrando. Afastou-se da parede que havia se encostado para aquele líquido roxo não a sujar. O cheiro do ambiente também mudou, e a boca de Bulma começou a salivar, como se a sede a estivesse consumindo.

Quando voltou a olhar para Vegeta, ele já não estava mais no canto escuro. Havia desaparecido. Piscou incontáveis vezes, sentia-se confusa, e tinha medo de chamar o nome dele.

- Me procurando? - A voz do conde sussurrou atrás de sua nuca, fazendo-a virar e vê-lo diante dela. Ele estava tão perto que chegou a esquenta-la.

Mesmo assim, Bulma deu um passo para trás, não deixando-se levar pelas suas vontades e aproximar-se ao invés de afastar-se.

Mas não adiantou muita coisa, pois suas pernas bateram na beirada da cama, o que a fez olhar para trás confusa, afinal, a cama não estava ali segundos atrás, estava a sua direita antes.

A Caçadora de MonstrosOnde histórias criam vida. Descubra agora