Capítulo trinta e quatro

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Freeza escutou atentamente o que Kuririn lhe contava. A história de Broly e de sua ressurreição através da máquina construída por um insano, que tinha o desejo de vencer a morte.

Estava claro para ele, assim que o padre terminou seu relato, de que Broly, sendo o primeiro a vencer a morte, seria mais forte que todos os outros que viessem depois dele, afinal, era o que o livro dos mortos-vivos dizia.

Porém, havia algo que Freeza ainda não compreendia, se Broly, sendo o primeiro a ressuscitar, era o mais forte, por que então Chichi, a morta-viva que trouxe ele e sua filha de volta, possuía um poder único. Até porque, no livro estava escrito que esse poder, o de trazer seus iguais de volta, era pertencente ao primeiro morto-vivo, ou seja, no caso o Broly.

Então mais duvidas surgiram. Será que Broly possuía esse poder? Ou ele era exclusivo de Chichi? E se possuísse, o que havia de comum neles?

Estava claro no livro que ele leu, que o mais forte seria o primeiro a voltar dos mortos, mas diante das dúvidas que se formou em sua mente, uma última pergunta o perturbou: Será que Broly era realmente o mais poderoso?

O silêncio rondou dentro daquela igreja por indeterminados minutos enquanto Freeza tentava encaixar as coisas. Para ele, ainda faltava peças daquele quebra-cabeças.

Ele concluiu, enquanto pensava, que o livro Immortuos, era repleto de charadas que ele precisava desvendar. Entretanto, diante de um pequeno vislumbre da verdade, Freeza arquitetava em sua mente uma parte do plano para derrubar o conde. Ele já sabia o que precisava fazer.

Não precisava ser muito inteligente para encaixar algumas coisas. Por isso, depois daqueles minutos de silêncio, ele voltou-se para os prisioneiros presos a parede e disparou sua indagação:

- Algum de vocês sabem me dizer como foi que Chichi foi ressuscitada?

- Da mesma forma que o Broly. - Foi Jaco que se pôs a responder, afinal, ele estava presente na ocasião em questão.

- Então é isso que eles tem em comum - sussurrou ele para si mesmo.

Um sorriso maléfico surgiu nos lábios de Freeza ao ouvir a resposta. Finalmente mais um encaixe para uma de suas dúvidas. Claro que ainda necessitava de mais algumas respostas, mas o bruto da situação já estava mais do que respondido.

Aproximando-se da parede, Freeza, sem dizer mais nenhuma palavra, tirou um punhal de suas vestes, fazendo os padres e o pajem arregalarem os olhos. Antes que um deles pudesse emitir algum som, duas gargantas foram rasgadas com agilidade e frieza.

Helles desviou o olhar do ato, sentindo seu estômago revirar-se e seu coração apertar-se pela crueldade de seu pai.

Jaco estava de olhos fechados, negando-se a olhar para seu carrasco, esperava ser o próximo a ter a garganta cortada e abraçar a morte. Porém, nem a dor e nem seu fim viera, fazendo ele franzir o cenho e, depois de tomar coragem, abrir um de seus olhos para ver se já não havia morrido.

Freeza o olhava com um sorriso debochado enquanto limpava a ponta de seu punhal com suas vestes e a guardava no mesmo lugar que havia tirado.

- Não se preocupe, rapaz - disparou ele. - Sua morte não virá agora, ainda me é útil.

Piscando algumas vezes por estar incrédulo diante da fala de Freeza, Jaco virou o pescoço em direção aos padres, que estavam com o sangue escorrendo de seus pescoços e com os olhos sem vida. Lágrimas arderam em seus olhos.

- Por que você os matou? - Indagou o pajem com a voz trêmula. - Não precisava fazer isso.

- Sim, não precisava - Freeza sorriu. - Mas é mais divertido assim.

A Caçadora de MonstrosOnde histórias criam vida. Descubra agora