Capítulo treze

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Broly não podia acreditar no que seus ouvidos acabaram de ouvir. Ele só poderia ter escutado errado, ou simplesmente escutou certo e a mulher a sua frente era na verdade uma completa maluca, coisa da qual ele não duvidava, analisando ela estar na sua casa conversando com ele sobre matar um monstro imortal.

- Como? - De qualquer forma ele indagou para ter certeza de que realmente seus ouvidos estavam funcionando bem.

- Preciso matar o Conde - repetiu Bulma um pouco mais alto para Broly escutar claramente o que ela dizia.

Broly suspirou pesadamente, colocando as mãos no quadril de uma maneira bastante masculina. Olhou para baixo, como se analisasse os pés, e disparou:

- A senhorita é louca, ou simplesmente uma suicida.

Bulma fez uma careta.

- Não sou nenhuma das duas coisas - resmungou ela enquanto colocava as mãos na cintura irritada.

- Então explique-me de onde vem essa ideia maluca de tentar matar Vegeta? - Broly voltou a olhar para Bulma. - Não sabe que ele é um vampiro imortal? Alguém do qual, igualmente à mim, não encontrará a morte.

- Eu descobri um ponto fraco - Bulma disparou indiferente.

- Vegeta não tem pontos fracos - Broly parecia irritado. - Você não é uma mulher com o juízo perfeito, acredito que tenha um parafuso solto.

Bulma abriu levemente a boca como se estivesse perplexa diante da ofensa que acabara de ouvir.

- Meu juízo é completamente perfeito, Broly.

- Então por que procura a morte tentando matar o Conde? Ele lhe fez algo, matou alguém que você amava e...

- Não é nada disso - resmungou Bulma irritada. - É o meu trabalho, sou uma caçadora de monstros, e matar Vegeta é a minha missão.

Isso com toda certeza impressionou Broly, os olhos levemente arregalados dele mostraram isso para Bulma de imediato.

- Uma caçadora de monstros?

Bulma inspirou profundamente e explicou detalhadamente sua missão, o porque de ter vindo a Transilvânia e do que descobriu através da pesquisa de seu ajudante, Jaco. Contou a Broly sobre o que lera no livro, sobre as maldições de Dabura - demônio do qual Vegeta fizera o acordo - só poder ser quebradas com aquele que voltou dos mortos, ou seja, alguém como ele.

Quando Bulma terminou, ambos estavam sentados em cadeiras, e Broly olhava para a chamas da lareira um tanto perdido em seus pensamentos.

- Então você veio até aqui na atrás de algum vestígio da máquina, para trazer alguém de volta a vida e conseguir completar sua missão? - A voz de Broly estava terrivelmente sombria.

- Bom, eu...

- Você não vê o quanto isso é egoísta e errado? - Rosnou ele voltando a olha-la, desviando o olhar das chamas da lareira.

- Egoísta? - Bulma pulou da cadeira, colocando-se de pé. - Não sabe o significado dessa palavra, acredito eu, vendo que está usando ela de maneira errada.

- Errada? - Debochou Broly colocando o indicador e o polegar no rosto de maneira despojada.

- Sim - disse ela entredentes. - Não tem nada de egoísmo em eu arriscar minha vida livrando a humanidade desses monstros destruidores de vida.

Broly levantou, tão lentamente que Bulma chegou a engolir em seco. Quando colocou-se totalmente de pé, estava de frente para ela, e a diferença de altura certamente a intimidou, mas não ao ponto dela demonstrar isso.

A Caçadora de MonstrosOnde histórias criam vida. Descubra agora