Vegeta olhava para Kakarotto com a testa franzida, não podia acreditar no pedido, só podia ter ouvido errado. Por isso, pediu para o mesmo repetir, pois se fosse verdade, ou o lobisomem estava completamente louco, ou simplesmente descabido de inteligência por não perceber o óbvio.
- Quero que você a traga de volta a vida - Kakarotto, muito paciente, repetiu o pedido.
- O que faz você pensar que tenho esse poder? - Vegeta estava curioso para entender a mente dele.
- Você é um vampiro, me deu provas disso esta noite, mesmo antes duvidando de algumas coisas que meu pai contava, por parecer exagero, acredito que tenha esse poder.
- Não é exagero, acredite - rosnou o conde se gabando. - Meus feitos a mais de um século atrás me tornaram temido e respeitado. Mas eu não posso ressuscitar mortos, você acreditar nisso é exagero, não o que seu pai lhe contava.
- Mas você é um vampiro - Kakarotto desesperou-se. - Sua mordida se não matar, torna o portador do veneno um igual, um imortal.
Vegeta balançou a cabeça negativamente.
- Sim, posso dar a imortalidade para quem eu quiser, mas isso se a pessoa estiver viva quando eu for mordê-la, idiota.
Kakarotto colocou as mãos na cabeça, desesperando-se. Sua última esperança indo por terra, falhou em sua missão. Trouxe Vegeta de volta em vão. Chichi estava morta e nada mudaria isso.
- Eu o libertei pra nada - rosnou Kakarotto tentando descontar sua frustração em alguém. - Você me é inútil, perdi meu tempo o salvando do sono eterno.
O conde ergueu as sobrancelhas em deboche, sorriu de lado e virou as costas para Kakarotto indo em direção ao trono, sentando-se nele.
- Quando despertei, seu rosto mostrou-se familiar - os dedos de Vegeta batiam nos braços do trono. - Seu pai chamava-se Bardock, não é?
- Conhece meu pai? - Kakarotto franziu o cenho pela mudança de assunto tão repentina.
- Lobisomens tem uma vida longa, se eles se manterem solitários, é claro - sorriu Vegeta cruelmente.
- Do que está falando?
- Bardock era um lobisomem cruel, como todos devem ser - a voz de Vegeta estava baixa, mas Kakarotto ouvia perfeitamente. - Matava mulheres que andavam a noite, roubava recém nascidos dos berços, destripava animais de criação.
Kakarotto desviou o olhar.
- Você sabe disso, não é? - inclinou-se o conde para frente. - Conhece a história de seu pai, e de como ele mudou quando conheceu Gine. Antes de eu ser aprisionado nesse maldito caixão, vi Bardock se predendo nas correntes do amor.
- Minha mãe mudou meu pai - Kakarotto sussurrou odiando falar daquele assunto. - O tornou alguém melhor.
- É mesmo? - debochou o conde inclinando-se no trono. - Então me diga, Kakarotto, aonde está seu pai agora?
Novamente, Kakarotto desviou o olhar.
- Como eu pensava - riu Vegeta. - Está apodrecendo sete palmos abaixo da terra. Tudo porque amoleceu, e formou uma família.
- O que isso tem haver com Chichi? - a voz de Kakarotto saiu estrondosa. - O que isso tem haver com o fato dela estar morta e você não poder me ajudar?
- Quem disse que eu não posso ajudar? - os lábios de Vegeta se movia suavemente.
Kakarotto franziu o cenho.
- Mas você acabou de...
- Eu disse que não posso dar a imortalidade a alguém que já morreu - Vegeta levantou-se do trono. - Mas mortos já caminharam na Transilvânia, Kakarotto.
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A Caçadora de Monstros
FanfictionEssa história se passou em 1830. Bulma era apaixonada por um Vampiro, mas ele partiu seu coração e ela se fechou para o amor. Jurando nunca mais se entregar a ninguém, e após acabar com o vampiro que a usou, Bulma foi embora de sua terra natal e dec...