O guarda abriu as portas do salão, segundos antes corria desesperadamente.
Rapidamente chega próximo do trono e se curva. Por mais apavorado que estivesse não falaria com seu soberano sem demostrar devido respeito.
- Majestade, o Conde, ele... ele - o guarda do castelo tentava explicar enquanto gaguejava, o terror na sua voz era mais que evidente.
- Desembucha logo, Monaka - O rei demostra impaciência - O que tem o Conde? Sua execução já foi feita?
- Sim! - Monaka tremia, precisava falar de uma vez por todas o que acontecia do lado de fora - Mas ele não morreu, ele matou... ele...
Monaka parou de falar no exato momento que um barulho estrondoso atrás dele o faz virar o pescoço. As portas do salão acabara de ser arrombadas. Os olhos de todos se arregalaram, diante da figura impiedosa que entrava na sala do trono.
O conde mantinha uma expressão vazia. As roupas dele estavam repletas de sangue, assim como seu queixo, contendo duas listras vermelhas pelos pescoços que perfurou. As mãos enluvadas também tinha um tom arroxeado, quase marrom, mostrando que o sangue ali já não era tão fresco.Ele caminha calmamente, olhando para cada rosto apavorado naquele lugar. Ninguém se atreveu à entrar em seu caminho, todos sabiam que aquele homem, já não era mais um humano. As presas e a palidez o acusava do pacto para a imortalidade.
Vegeta para de caminhar ao chegar próximo do trono, e olha diretamente para Helles, a mulher que foi o motivo de sua desgraça. Ainda mantinha-se no mesmo lugar que a viu alguns minutos atrás, quando foi arrastado para fora. A mão dela ainda segurava a do príncipe.
Helles o olhava com extremo pavor, seu corpo inteiro tremia, assim como de qualquer um ali, mas o medo dela era maior do que a dos outros, sabendo que era o maior motivo de Vegeta ter condenado a própria alma. O olhar do conde perante a mulher era de desprezo, de nojo.
Dando mais um passo, Vegeta aproximando-se mais dela. Helles recua prontamente, por medo. Seu pai, Freeza, sai do lado do rei e fica na frente dela, como se quisesse protegê-la.
Beeros se afasta dos dois, não arriscaria a própria vida para salvar uma noiva que não amava e um futuro sogro que não lhe agradava.
- O que aconteceu com você? - Whis indaga, levantando-se do trono. Seus olhos estavam tão arregalados que parecia que sairia das órbitas a qualquer momento.
Curvando os lábios para o lado, o conde lança um sorriso perverso. Sem desviar os olhos de Helles, que escondia-se covardemente atrás do pai, avança e com um golpe certeiro e cruel, enfia o punho no peito de Freeza.
Um grito de pavor sai dos lábios de Helles perante o ocorrido. O gemido de Freeza foi sufocante, causando agonia em qualquer um que ouvisse.
Tirando a mão lentamente de dentro do peito aberto, Vegeta tira o coração. O músculo ainda batia em sua mão quanto ele o mostrou para Helles. Lentamente, Freeza caiu sem vida no chão. O marquês estava morto.
- O que aconteceu comigo? - Vegeta repete a pergunta do rei. Desviando o olhar de Helles que ajoelhou-se no chão e gritava o nome do seu pai.
Whis engole em seco.
- Fui enforcado injustamente, é isso o que aconteceu - os lábios tinha uma linha fina de maldade. - Por conta de uma mentira que você acreditou tão facilmente, majestade. Mas isso não importa mais, eu estou de volta, sem uma alma, com um acordo e diante da imortalidade.
Jogando o coração no chão, Vegeta pisa nele, o esmagando com a sola de sua bota. Abriu os braços perante os presentes.
- Podem começar a rezar - riu ele. - Pois, a partir de agora, eu me tornei o maior pesadelo de todos vocês.
Quando Vegeta terminou o massacre dentro daquele salão, poucos haviam sobrado. Alguns guardas que se curvaram, implorando por suas vidas e jurando lealdade, foram poupados. E claro, a mulher que havia partido seu coração, que foi responsável pelo seu atual estado, não morreria como os outros. Não seria rápido, não seria limpo. Ela imploraria pela morte antes de alcançar seu alívio.
A capa vermelha estala no ar quando Vegeta entra no salão, completamente limpo de todo o sangue e com uma roupa diferente. Agora, exceto por sua capa, vestia uma roupa preta, tão negra quanto seu coração sombrio.
O salão estava completamente limpo, nem parecia que havia cadáveres por todo o lado antes, com sangue escorrendo e membros arrancados. Mas ainda assim, mesmo parecendo tudo impecável, o cheiro de sangue e podridão impregnava o ar.
Helles estava presa por correntes, os braços estendidos para trás, e as pernas presas junto da madeira dos pés do trono. Sua boca estava amordaçada.
- Saiam todos - Vegeta ordenou para os poucos homens que se mantinham ali.
Prontamente obedeceram, e em segundos, o salão está completamente vazio; exceto, é claro, pelo corpo preso no trono.
O conde para na frente da mulher acorrentada, erguendo uma das pernas em um dos degraus, colocando a mão no joelho. Ele se inclina para frente, fazendo-a arregalaram os olhos.
- Olá, meu amor - o tom de deboche era notório.
Helles estava visivelmente com medo, seus olhos arregalados mostravam isso. Em volta deles havia bolsas vermelhas pelo choro em excesso.
O coração dela estava tão acelerado que parecia que sairia do peito. E Vegeta podia ouvir cada bombar daquele coração amedrontado. Era como música para seus ouvidos.
Tocando o queixo dela, ele se aproxima mais.
- O que foi, querida? - a pergunta sai sussurrada. - Está com medo de mim?
Helles anuiu com a cabeça, já que palavras não poderiam ser ditas, vendo que sua boca estava amordaçada.
O conde se aproxima mais, indo em direção a orelha dela, para sussurrar as palavras em seu ouvido.
- Posso ouvir seu coração. Está tão acelerado que eu poderia dançar a sua batida - ele se afastou. - Será que ele ficava assim quando estávamos juntos de outras formas? Na cama, por exemplo.
Lágrimas saiam dos olhos dela, sentindo o peso daquela raiva de Vegeta. Ela o amava afinal, apenas fez o que fez porque seu pai a obrigou, além de saber que era sua única chance de se tornar a mais poderosa da Transilvânia.
O conde cruzou os braços sobre o peito musculoso.
- Sabe por que eu não a matei? - o olhar de Vegeta percorre o corpo sentado no trono.
Helles balançou a cabeça negativamente.
- Porque você me dá nojo - ele disse pausadamente. - Seu cheiro é repugnante para mim. Não tenho estômago para toca-la, nem que esse toque seja para arrancar-lhe o coração, como eu fiz com o seu pai.
As palavras atingiram em cheio o coração de Helles. Era difícil para ela escutar aquilo, sendo dito tão friamente.
Vegeta vira as costas rumo a saída.
- Mas a deixarei ai, para mostrar minha benevolência. Desejou tanto esse trono, amor, que agora ele se tornará o seu túmulo.
Helles tentou gritar, mas a voz saiu abafada por estar com a boca tampada.
Os dias que se passaram foram torturantes para a mulher. Ela pagara caro pela traição, pela sua ganância. O conde não mostrou piedade. Não a deixava comer, não a deixava beber; nem ao menos dormir ele permitia.
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A Caçadora de Monstros
FanficEssa história se passou em 1830. Bulma era apaixonada por um Vampiro, mas ele partiu seu coração e ela se fechou para o amor. Jurando nunca mais se entregar a ninguém, e após acabar com o vampiro que a usou, Bulma foi embora de sua terra natal e dec...