Capítulo quinze

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Foi impossível para Bulma resistir aquele beijo. A boca de Vegeta envolveu a sua de uma maneira arrebatadora, penetrando a língua com voracidade e paixão. Movia os lábios com tanta vontade que ela sentiu que ele poderia destrui-la apenas com os movimentos daquela conexão.

O sangue dela ferveu tão ferozmente, que tudo que Bulma conseguiu fazer foi retribuir aquele beijo com o mesmo vigor ao qual era recebido. Os braços automaticamente circularam o pescoço dele, segurando com força os cabelos acima da nuca, sentindo a macies dos fios enquanto sentia os próprios serem puxados pela mão do conde.

O ar dela faltava, e os gemidos começaram a sair de sua garganta sem que se desse conta, era mais forte que ela, estava tão entregue que mal se lembrava de quem era e o que fazia ali. Sua mente e corpo era apenas desejo, era tudo que ela sentia, tudo o que ela era naquele momento.

Quando Vegeta afastou-se, tirando sua boca da de Bulma, ela ainda protestou com um gemido manhoso, tentando num ato de certo desespero, puxa-lo novamente para ela e voltar a beija-la da mesma maneira que beijara a poucos segundos.

Quando ela percebeu que ele não voltaria a beija-la, e pior, que havia um sorriso maldoso em seus lábios, foi como um despertar para Bulma, e somente então, ela percebeu o quão patético era o papel que ela estava exercendo.

Ainda um pouco tonta pelo beijo, Bulma afastou-se de Vegeta, tirando seus braços do pescoço dele e dando um passo para trás.

O conde permitiu o afastamento dela, tirando sua mãos dos cabelos, agora soltos e bagunçados, e de sua cintura fina.

Poucos centímetros separavam os corpos, mas era o suficiente para Vegeta poder deslumbra-la de cima a baixo.

O que um beijo poderia fazer com uma mulher era magnífico, ela ficara um tanto mais selvagem com aqueles cabelos azuis soltos e com os fios bagunçados, a boca dela estava inchada e avermelhada, suas bochechas rubras e os olhos repletos de um desejo e raiva que Vegeta adoraria aplacar.

O corpo dela parecia tremer levemente. Como vampiro, ele conseguia reparar esses pequenos detalhes. O sangue em suas veias fluíam com mais rapidez e seu coração bombeava numa velocidade tão alta, que deixava Vegeta com água na boca. Era justamente nesses momentos que ele gostava de se alimentar de alguém, o sangue ficava mais saboroso quando as veias estavam mais ativas.

Aquele único beijo fora tão delicioso para ele quanto foi para ela. Todo o seu ser implorava para avançar novamente para aquela mulher e devora-la de todas as formas possíveis. Nem mesmo Helles, quando ele era humano e a amava, tinha o deixado daquela maneira depois de tê-la beijado.

A vontade do conde era arrancar aquele vestido cor de vinho do corpo de Bulma e senti-la por inteiro, descobrir se seu corpo tinha o mesmo gosto que seus lábios, saber se ela era tão entregue ao seu toque como fora ao seu beijo. Mas tinha algo que ele queria mais do que isso, que era sentir o gosto daquele sangue que lhe era tão atraente, ainda mais agora.

Vegeta tentou raciocinar aquela decisão antes de aparecer no baile. As imagens dele sendo arrastado para a forca sempre o perturbava, durante toda a sua miserável existência como vampiro aquele dia o assombrava como um pesadelo eterno, mas enquanto decidia pelo destino da caçadora, essa lembrança dolorosa simplesmente desaparecera de sua mente, era como se pensar nela aplacasse um pouco da sua dor, talvez por isso havia decidido por aquilo. Mesmo associando mulheres a traições, havia tomado uma decisão que jamais imaginaria que tomaria.
Vegeta deu mais um passo para trás, colocando a mão na corda que prendia sua capa e a desamarrando, deixando-a cair no chão. O ambiente era rodeado pela luxúria, e Bulma simplesmente não conseguia dizer algo ou se mexer, estava petrificada pelas sensações do seu corpo e não confiava nela mesma para falar ou mover-se, por isso, apenas observava os movimentos do conde.

A Caçadora de MonstrosOnde histórias criam vida. Descubra agora