[Lee Minho p.o.v.]
Muitos flashes começaram a se passar na minha cabeça. Memórias felizes, tristes, assustadoras que me fizeram acordar. Eram 4 da manhã. Han estava dormindo ao meu lado, mas não estávamos mais abraçados. Me levanto cuidadosamente para não acordá-lo e olho pela janela do quarto que dá para os fundos da casa da vó de Han. Haviam mais algumas casas ali, mas era possível notar que mais distante havia um descampado. Eu precisava ir até lá. Eu não sabia porque, mas precisava!
Coloco sapatos e um casaco e saio da casa com cuidado para que ninguém ouça nada. Começo a caminhar pela rua vazia que tinha apenas alguns postes, ainda antigos, iluminando de forma fraca. Quanto mais passos eu dava para frente, mais eu sentia minhas mãos suarem frio. Eu já estava começando a me acostumar com essa sensação de estar sempre nervoso e a ponto de descobrir mais alguma coisa, mas com sorte, essa seria a última vez.
Cheguei na area do descampado e continuei atravessando até chegar perto de umas árvores, atrás delas havia uma campina e no meio dela um largo, porém pequeno lago. A água do lago se movia quase como ondas do mar, quando normalmente deveria estar tranquila. Me aproximei mais e mais do lago, um vento frio soprou quando olhei para dentro dele e pude ver uma espécie de brilho furtacor. Respirei fundo e senti um arrepio passar por todo meu corpo. Subitamente tirei meus sapatos e o meu casaco, além da blusa do pijama e entrei na água. De olhos abertos, não era possível ver nada ali, a não ser o brilho. Eu prendia minha respiração o quanto dava, até que cheguei no fundo dele e alcancei a fonte do brilho com as minhas mãos, levando um choque no corpo inteiro que fez tudo escurecer.
(Flashback)
Estava muito cedo, a ponto de o Sol ainda estar no processo de nascer. Eu tomava um copo de chá quente para me aquecer enquanto ouvia o som de galos cantando no fundo da casa. Sabia que trabalharia pesado, então não queria comer nada para que não me sentisse enjoado tão cedo. Estava tranquilo até ver algo se movendo no campo com a minha visão periférica. Cerrei os olhos para ver se enxergava melhor e pude notar o atrapalho de Jeon correndo entre os trigos para chegar até mim. Sufoquei um riso dentro de mim, pois sabia que se gargalhasse tão alto quanto queria, acabaria acordando minha família mais cedo do que eles precisavam acordar.
– Cheguei! – ele dizia sorridente enquanto se aproximava de mim – Cheguei! – ele parou e se sentou ao meu lado respirando pesado.
– Você correu por que?
– Pra gente tomar café juntos. É triste comer sozinho, você não acha? – Jeon pegou uma sacola que trouxe junto consigo e a abriu entre nós.
– Não! Na verdade, estava uma paz aqui, antes de você chegar. Só eu e as galinhas!
– Aposto que as galinhas não trazem pão quentinho pra você! – ele me deu língua enquanto balançava uma pequena broa na minha cara – Mamãe fez hoje cedo, pega!
– Não, obrigado. Não quero comer nada. Mas obrigado por trazer!
– Você tá doido? Vamos colher Deus sabe quanta soja hoje pro vizinho e você quer ir de estômago vazio? – Jeon me olhava chateado – Come o pão! – ele empurrou o pão para mim me fazendo rir de sua teimosia.
Começamos a comer, eu em silêncio, mas Jeon contando sobre tudo o que aconteceu na vida dele desde a última vez que nos vimos, que foi ontem de noite. Ele não parava de falar, mas eu não me incomodava de forma alguma. Ele sempre foi assim, então se ele não estivesse falando, aí eu ficaria incomodado. Depois que terminamos de comer, fomos até a fazenda vizinha para ajudar na colheita da soja. O bom disso é que além de ganhar algum dinheiro, também ganhávamos um pouco de soja para levarmos pra casa. Era como a vila funcionava na maioria das vezes.
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Minha Criptomania | Minsung
FanficUma fanfic Minsung: Lee Know é um cupido que após muitos corações flechados - modéstia parte com muito sucesso - se depara com Han Jisung, um jovem adulto que se recusa a se apaixonar por causa de seu coração partido. O cupido agora deve traçar um p...