Capítulo Bônus - Compromisso (Parte 2)

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[Han Jisung p.o.v.]

– Alô! – disse atendendo o telefone rapidamente – Minho?

Os meninos me olharam fazendo menção de que me dariam espaço e que estariam lá fora me esperando caso eu precisasse. Do outro lado da chamada, Minho respondeu:

– Oi, amor, tudo bem? É só pra te avisar que eu tive um probleminha e eu não vou pra empresa hoje. Só tô te avisando caso você estranhe...

– Que probleminha, Minho? – questionei o interrompendo.

– Ah, nada demais, eu só...

– Caiu na porrada com outro funcionário? – o interrompi novamente já sabendo que sua intenção era mentir sobre o que aconteceu.

Um breve silêncio se fez do outro lado da linha e pude ouvir um suspiro alto em seguida. Minho questionou:

– Eles te contaram?

– Eu ouvi quando cheguei e sim, óbvio que eles me contaram. São meus melhores amigos.

– Era pra você nem sonhar que...

– Eles falaram que era melhor eu ouvir de você, mas eu num tava com saco pra falar contigo, então fiz eles me falarem logo o que era. – despejei tudo bravo sem pensar nas minhas palavras.

– Hannie... você tá bravo comigo? Foi alguma coisa que eu fiz? – ele perguntou triste.

– Esquece. Esquece o que eu disse. Onde você tá agora?

– Eu tô a caminho de casa. – ele disse claramente chateado.

– Eu vou pra lá e a gente conversa. Tchau! – desliguei o telefone e me joguei no sofá nervoso e levemente arrependido pelo que falei sem querer.

Minho acabou de entrar em uma briga para me defender e o jeito que falei com ele no telefone fez eu parecer ingrato. Sai da sala com minha mochila e ao encontrar os meninos no corredor perguntei se tudo bem caso eu saísse para ir atrás dele rapidamente.

– Pode ir, Han, tira o dia hoje, não estamos atolados com o trabalho nem nada do tipo. – Chan disse.

– Não preciso do dia todo é só...

– Mas acho que ele precisa de você. – Changbin sorriu.

Apenas assenti e me virei para ir embora prometendo mandar notícias aos dois. Fui andando até o apartamento de Minho que não era muito distante dali a passos pesados, quase a ponto de quebrar o concreto da calçada. O porteiro do prédio me deixou entrar direto já que já me conhecia. Foi quando entrei no elevador que comecei a sentir minhas mãos tremerem. Mais cedo eu jurava que ele não me queria mais, agora ele entrou em briga, mas foi mesmo por mim ou apenas pela falta de respeito? Será que a memória do passado faz com que ele, independente dos seus sentimentos por mim, façam com que ele queira me proteger de tudo?

Bati na porta e ela se abriu sozinha, mostrando que ele apenas a deixou encostada para quando eu chegasse. Entrei, fechei a porta e notei que Minho estava sentado no sofá da sala com a cabeça baixa enquanto suas mãos mexiam nervosas uma na outra. Fui andando até ele.

– Minho! – chamei, mas ele continuou com o rosto baixo – Minho! – chamei mais alto e quando estava perto o suficiente puxei seu rosto para que ele o levantasse.

Ele rapidamente afastou minha mão e olhou para o lado como se isso fosse capaz de esconder os machucados em seu rosto. Fiquei em silêncio e um pouco chocado com sua atitude, já que de certa forma pareceu que ele rejeitou meu toque. Tirei minha mochila das costas, a coloquei no chão ao meu lado e me ajoelhei a sua frente vagarosamente. Coloquei minha mão em sua bochecha novamente, mas dessa vez com calma e muito cuidado o virando para me olhar. Ele olhou rapidamente nos meus olhos, mas logo desviou eles. Ele tinha um machucado no canto da boca, um em sua sobrancelha e seu nariz estava vermelho.

Minha Criptomania  |  MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora