Aprendendo a namorar você - Marina

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— Está certa disso? – Carina pergunta encarando a amiga que estava saindo da sua sala.

— Não tenho dúvidas, eu já deveria ter resolvido na verdade essa situação.

— Eu sei você tomou a decisão certa. – Ela me abraça e sai da minha sala. Verifico meu tablet e vejo que não tenho nenhuma chamada urgente. Respiro fundo e então saio da minha sala, indo direto para os vestiários, mais um dia havia chegado ao fim.

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Andando de um lado para o outro em seu apartamento a algumas horas, Maya repassava a conversa que tivera com sua ex noiva, assim que o casamento delas acabou.

— Maya você precisa me entender, eu não posso abrir mão disso... – Carina dizia com um olhar triste e carregado de dor.

— Mas você está abrindo mão de nós! – O grito mostrando toda a dor da jovem bombeira.

— Não... – Por mais que a médica quisesse, não conseguiria viver sentindo a dor de abrir mão de um sonho. — Eu te amo, mas eu não quero que a gente se magoe com isso futuramente.

— Por favor, podemos resolver. – Maya implora, magoada.

— Você mudaria de ideia? – Carina pergunta por um fio. Ambas estão sentadas na cama da loira, com os olhos inchados de chorar. O silêncio foi suficiente para a médica se levantar e abrir do quarto e sair sem olhar para trás.

A loira levou a garrafa de vodka a boca, bebendo direto da fonte, irritada consigo e irritada que não conseguia superar as lembranças que a italiana plantara em sua mente.

— Porque você me deixou! – Diz esbravejando e andando por seu apartamento, procurando sinais de que ela aparecia a qualquer momento pela porta. No auge da sua solidão, manda mensagem a ex, pedindo para conversar na esperança de que pudessem se resolver.

Com a ausência de respostas, decide sair atrás dela. Pega suas chaves, cambaleando até seu carro, mal colocando seu cinto de segurança. A bombeira por sorte, estava de folga no dia seguinte.

Será que ela está com outra pessoa? Por isso não havia a procurado? Sua mente permanecia colocando imagens de Carina com uma família, onde ela não fazia parte. Havia pouco trânsito aquela hora, porque se aproximava das dez da noite. Dirigiu desatenta pelo seu estado, ouvindo um zumbido atrás do carro, que aumentava a cada km que andava. Decide então estacionar, para verificar, se assustando ao notar uma viatura encostar e arrega-la os olhos.

Ela está tentada a fechar seus olhos, quando batidas no vidro a fazem se assustar. Abaixa o mesmo lentamente, com uma carranca séria no rosto. Ela só queria encontrar com Carina e implorar para que elas se resolvessem.

— Pois não? – Questiona a policial loira que parou ao lado de seu carro, verificando só então que estava sem cinto e que provavelmente seria multada por isso.

— Boa noite senhorita, me dê seus documentos por favor. – Emma pediu avaliando rapidamente o estado da outra loira e em como ela parecia aérea.

— Não precisa disso, eu sou uma bombeira, só estava com pressa... – Maya tenta desviar do assunto, mas a outra insiste.

— Percebi que você está com dificuldade de manter-se na faixa da direita, então vou precisar insistir que me empreste seus documentos por alguns segundos. – Emma pede calmamente.

— Mas não precisa, eu estou bem, foi apenas impressão sua. – Maya queria apenas que a sirene fosse desligada e que a mulher ao seu lado desaparecesse.

— Preciso que me mostre seus documentos. – Ela insiste e Maya revira os olhos.

— Por que você é tão chata? – A bombeira questiona irritando-se e se inclina até o porta luvas para retirar de lá sua carteira e seus documentos.

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