Bônus Wantasha

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— Será que você pode, por favor para de andar tão depressa? – Yelena reclamou pela terceira vez, fazendo Natasha estancar no lugar.

— Eu não te disse antes, mas estou atrasada para rever Wanda e preciso que agilizemos logo esse caso! – Diz mal humorada.

A relação da ruiva com sua irmã loirinha era melhor do que foram um dia. As implicâncias com a detetive era apenas a forma de Natasha expressar o quanto apreciava sua companhia.

A relação com Wanda estava progredindo a passos largos. Após a consulta "forçada" que a policial agradeceria eternamente a irmã, elas estavam morando juntas e começavam a ter certeza de que o que inicio no programa era mais forte que elas duas.

Elas gostavam das manhãs agitadas, do fato de uma completar o que a outra iria dizer. Gostavam das funções divididas na casa, Wanda gostava do jeito prático da namorada e Natasha da forma centrada e organizada dela.

— Só ela mesmo pra te aguentar. – Implica a loira e a irmã revira os olhos.

Elas entram na delegacia e está um caos. Papeis voam para todos os lados, Emma discutia com Regina, Maura parecia estar pronta para bater em Jane, Cheryl tentava pegar algum arquivo da impressora e Toni apenas observava tudo sentada na sua cadeira e com um pacote de donuts nas mãos.

— Gente? – A ruiva estava espantada com toda aquela bagunça.

— Finalmente vocês chegaram! – Regina disse olhando feio para sua esposa. — Emma me trouxe uma criança, que só sabe chamar por você Natasha... – Ela diz passando as mãos pelos cabelos.

— Por mim?

—Sim, por você. – Regina aponta para o canto da delegacia onde uma menininha de pouco mais de 50 centímetros segurava uma mochilinha roxa e parecia não ter nem seis anos.

Natasha passou longos segundos observando a ruivinha que lhe encarava de volta. Ela parecia com alguém conhecido, só que a policial não conseguia dizer quem.

— Como ela me conhece? Eu nunca a vi! – Natasha disse se aproximando da garotinha que não respondia apenas se mantinha encolhida e apertava a mochilinha em seus braços.

— Ei meu amor. – Yelena tomou a frente se agachando e pegando as mãos delicadas entre as suas. — Qual seu nome?

— Scarlett. – Disse baixinho.

Ao fundo, se via a movimentação do casal Swan Mills.

— Você não vai adotá-la também Emma. – Regina era enfática para a carinha pidona da esposa. — Ela disse que tem mãe e se chama ... – Antes que a delegada completasse Scarlett se jogou nos braços de Natasha.

— Você é a minha mama! – Ela dizia enfática e a ruiva não teve outra opção a não ser pegar o pequeno corpinho no colo.

— Não pode ser. – Natasha estava branca porque o seu bebê, aquele que ela teve a seis anos havia sido dado como morto.

— Quantos anos você tem. – Ela perguntou nervosa sentando-se na poltrona e ajeitando Scarlett em seu colo. A menininha parecia meio traumatizada, porque ela não levantava o olhar para encarar a ruiva.

— Seis. – Disse tão baixo, que as mulheres do recinto fizeram silêncio por longos segundos.

A ruiva começou a rir tão forte que o corpinho apoiado a si chacoalhava. Era impossível. Ela tinha sido informada da morte de seu bebê que não resistiu ao parto e agora essa garotinha estava dizendo ser ela? Mas como?

— Você fugiu dos seus pais? – A pergunta veio de Emma que estava deveras preocupada.

— Eu fugi da casa do papai. – A menina disse decidida. — Lá eles batiam em mim. – Ela diz baixinho novamente.

Casamento as Cegas Onde histórias criam vida. Descubra agora