CAPÍTULO 16

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Verônica 🦋

Juiz: Promotoria, por favor?! -Pede para que eu comece.

Me levanto e caminho até o meio. Encaro o socorrista e ínicio;

Verônica: Quando o senhor chegou, o acusado estava inconsciente? -Pergunto séria.

Socorrista: Não. Estava acordado. -Balanço a cabeça de baixo para cima.

Verônica: Quando ele te viu chegando, em algum momento, pediu para você socorrer de pressa o irmão ao lado?

Socorrista: Em momento algum -Afirmou.

Kevin: O que isso interferiria no caso? -Indaga, atrapalhando e me fazendo revirar os olhos.

Verônica: Que ele sabia que o irmão já estava morto! Então, pra que pediria ajuda aos socorristas? -Respondo o encarando. Kevin franziu o cenho e engoliu seco.

Juiz: Como assim ele sabia, Promotora?

Verônica: A defesa tem razão, ao afirmar que a morte não foi causada pelo acidente. Mas, o acusado continua sendo o responsável pela morte da vítima! -Afirmo convicta.

Juiz: Conte mais.

Verônica: Observem essas fotos -Falo, mostrando as fotos no telão- Essas são imagens tiradas do corpo, horas depois do acidente. Conseguem ver a coloração do sangue? Não é o vermelho normal, é diferente e mais claro. Agora, olhem isso -Falo e passo as fotos- O nome disso, é Cianeto de potássio. Uma substância altamente tóxica e fatal. Ao ser ingerido ele atacará o cérebro, causando alucinações, tremores, delírios, falência multipla de órgãos, asfixia e parada cardíaca. -Digo as últimas palavras olhando para Kevin e Paulo, que me olhavam nervosos.- Ah, e ele deixa o sangue com a coloração mais claro que o normal. Exatamente, como o da vítima estava.

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Oliver 🖊️

Eu sabia que teria algo em mente, Verônica estava pronta para tudo isso. Impressionante.

Consigo ver a tensão de Kevin daqui, ele sabe que foi pego.

Verônica: Esse é o lixo da casa do acusado -Falou, mostrando as fotos- Achamos quatro embalagens de Cianeto lá, com as digitais dele.

Kevin: PROTESTO! -Gritou se levantando- Meritíssimo, a Promotoria está fazendo, apenas, especulações!

Juiz: Protesto negado! -Falou- Continue, promotora!

Verônica: Paulo, queria ter certeza da eficácia da substância. Ele precisava saber como o veneno agia no organismo, quanto tempo levaria para Alan morrer? Então, ele decidiu fazer testes. Em animais! -Trocou a foto e, mostrou vários gatos mortos. As pessoas a minha volta, ficaram embasbacados, alguns até desviaram os olhares para não ver, tamanha, crueldade- Esses gatos, estavam enterrados no quintal da casa dele. Antes, ele afirmou para a polícia que os animais eram dele e que os enterrou, pois, ALGUÉM havia os envenenado -Disse, fazendo ênfase no "alguém".- Coletamos depoimentos dos vizinhos, e alguns, coincidentemente, tinham seus gatos desaparecidos. Eles reconheceram os gatos mortos e foi comprovado, que eram deles.

Verônica chamou mais testemunhas. Detetives que ajudaram no caso, vizinhos do acusado e o mais importante, o homem que forneceu a substância para ele.

Verônica: Senhor Benson, o senhor vendeu Cianeto de potássio para aquele homem? -pergunta para ele, apontando na direção de Paulo.

Benson: Sim! Ele foi a minha loja, entre os dias 10 e 14. Que eu me lembre, ele comprou 4 frascos, um por dia.

Verônica: Então, ele não comprou os quatro num dia só?

Benson: Não. Ele foi os quatro dias e levava um por vez.

Verônica: Obrigada, senhor Benson!

ME AME INTENSAMENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora