CAPÍTULO 68

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Verônica 🦋

A festa era daquelas calmas, onde o pessoal apenas conversa, bebe e come. Típica festinha de rico, mas até que estava legal.

O pessoal era simpático, as bebidas eram boas e as comidas melhores ainda.

Oliver e eu, fizemos muitos amigos. Eram eles, italianos, chineses, mexicanos, brasileiros etc.

Omar também discursou e agradeceu a presença de cada um ali, e disse que o motivo da festa era porque, simplesmente, estava feliz com a recuperação de sua esposa, que estava doente a algumas semanas. Inclusive, a mesma estava na festa celebrando a própria saúde.

(...)

Quando a festa acabou, Omar e a esposa se despediu de cada um dos convidados, conosco não foi diferente.

Omar: Obrigado pela presença, Senhor Bellini!

Oliver: Também, agradecemos o convite. -Respondeu simpático.

Verônica: Obrigada!

Oliver e eu saímos do salão, após nos despedirmos dele. Entramos no carro e ele deu partida no veículo.

Encaro as horas em meu celular.

4:50.

Estava tão cansada, que no caminho de volta para o hotel tentava ao máximo não dormir.

Oliver ligou o rádio e uma música começou a tocar, não entendia nada por ser algo nacional do país, mas até que era gostosa de ouvir.

Senti uma mão tocar minha coxa. Olhei para ela e encarei Oliver, que sorria de lado.

Oliver: Já está com sono? -Perguntou me olhando de relance.

Verônica: Acho que foi a bebida. Estou completamente tonta. -Respondo com a voz fraca.

Oliver: Ainda bem que não bebi álcool. Sei como são os drinks daqui.

Quando finalmente chegamos, saímos do veículo e seguimos para o quarto.

Entrei e me joguei na cama de barriga para baixo, sem tirar nem os sapatos. Ouço Oliver soltar um riso nasal e caminhar até mim.

Oliver: Definitivamente, você não está bem! -Falou tirando minhas sandálias- Quer um café?

Verônica: Não precisa. -Falei com a voz totalmente sonolenta.

Já não estava aguentando mais segurar, fechei os olhos e partir daí, já não me lembro quando adormeci.

(...)

Estava sentada com o corpo encolhido, no cantinho do pequeno quarto escuro. Abraçada as minhas pernas, tremia de medo ao ouvir as vozes do lado de fora.

Eu não quero sair. Eu não quero sair.

Pensava isso repetidas vezes.

Xx: A culpa é sua... A culpa é sua... -Uma voz feminina sussurrava para mim.

Verônica: Não... Não... -Digo com as mãos grudadas em meus ouvidos, tentando não ouvir aquilo.

Abro rapidamente meus olhos acordando do pesadelo.

Porém, meus olhos caem sobre a imagem de minha falecida madrinha, com uma aparência assustadora e macabra. Tento me mexer, mas é em vão, não consigo mover nem as pernas e nem os braços.

A visão de minha madrinha bem na minha frente e o fato de eu não conseguir me mexer, fez com que eu começasse a chorar e gritar de desespero.

ME AME INTENSAMENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora