CAPÍTULO 73

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Oliver 🖊️

Continuei calado esperando que ela continuasse.

Verônica: Como te disse, eu sofria abusos frequentes dela. Era maltratada, apanhava, feita de escrava... Eu a odiava! Mas aí ela ficou doente. A doença foi piorando durante um tempo, até que ela não aguentava mais levantar da cama, e mal tomava os remédios. Ela já estava em fase terminal, mas aí, em uma bela noite, ela resolveu me contar sobre meus pais. Falou que eles mereceram morrer, que eu devia ter morrido também. Que eu era uma escória e que isso, ela fazia questão de dizer até seu último minuto. Ela descarregou toda sua frustração em mim, a emoção foi tão grande que ela começou a ter uma parada cardíaca. -Verônica encarou o teto e respirou fundo- eu não fiz nada. Apenas sai do quarto dela e fui para a ponte mais próxima. Eu ia me jogar, mas antes, recebi uma ligação avisando que minha tia havia morrido. Ela estava morrendo e eu não fiz nada. Dês de então, isso me assombra. -Falou permitindo as lágrimas caírem.

Eu não disse nada, apenas a puxei para um abraço. Tentava acalma-la, fazendo carinho em seus cabelos e apertando seu corpo contra o meu.

Verônica chorava como se quisesse se livrar daquela dor, assim permiti. Apenas a deixei chorar a vontade, enquanto oferecia meu abraço para conforta-la.

Oliver: Você não teve nenhuma culpa nisso, meu amor. Aconteceria de qualquer jeito. -Falo, após perceber ela se acalmar.- Tá tudo bem...

Continuei abraçado a ela por um tempo. Decidi que faria o possível para tentar deixá-la melhor, nesse momento é o que ela mais precisa, apoio.

 Decidi que faria o possível para tentar deixá-la melhor, nesse momento é o que ela mais precisa, apoio

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1️⃣ MÊS DEPOIS.

Saio da reunião com os acionistas e caminho na direção do meu escritório. Ouço meu celular tocar, pego o aparelho e encaro o visor. Era um número não salvo.

~Oliver: Alô? -Atendo esperando por um resposta.

~xx: Oli? Oi... É a Nicole... -Falou chorando, o que me fez franzir o cenho.

~Oliver: Nicole? O que... Aconteceu? Por quê está chorando? -Questiono.

~Xx: Eu fui assaltada... Você pode me ajudar? Levaram meu carro, meu celular... -Disse nervosa.

~Oliver: Calma, Nicole. Primeiro, deveria ter ligado para a polícia. Com certeza, achariam o ladrão mais rápido do que eu.

~Nicole: Eu... Só pensei em você, Oli... -Solto um suspiro frustrado e tento pensar em algo.

Olho meu relógio de pulso e vejo que já eram oito horas da noite, me lembrando do compromisso que havia marcado com Verônica.

Merda!

~Oliver: Onde você está?

~Nicole: Norman B. Em frente ao Sip Café.

~Oliver: Estou indo aí.

Desligo a chamada e saio da empresa caminhando rumo ao meu carro.

Entro no veículo, mas antes mando uma mensagem para Verônica.

✓Oliver: Oi meu amor. Chegarei um pouco atrasado no nosso jantar, estou com um probleminha. Te amo❤️

Envio e ligo o carro.

(...)

Chego ao destino dito por Nicole, e procuro por ela. A vejo sentada no banco em frente ao café dito.

Saio e caminho até ela.

Nicole: Oliver... -Falou ao me ver.

Nicole parecia estar em choque. Ela tremia e aparentava estar com muito medo.

Oliver: Você já ligou para a polícia?

Nicole: Sim...

Oliver: Certo. Vem, vou te levar para casa.

Ajudei Nicole a entrar no carro e depois, eu entrei. Liguei e dei partida, dirigindo para sua residência.

Oliver: O que a polícia disse? -Indago enquanto mantenho a atenção na estrada.

Nicole: Eles pediram as características do homem e disseram que irão atrás dele primeiro, pois poderia estar por perto.

Oliver: Mas eles não recolheram depoimento, nem nada? -Pergunto achando isso meio irresponsável da polícia.

Nicole: Eles acham prioridade achar o cara antes.

Depois de alguns minutos, chegamos a casa de Nicole. Decidi entrar com ela, já que acabara de ser assaltada e o assaltante pode estar a esperando, seja onde for.

Oliver: Bom, está seguro. Qualquer coisa ligue para a polícia. -Falo depois de olhar bem pelo local.

Nicole: Espera, Oli... -Falou segurando meu braço, me impedindo de ir embora- Fica mais um pouco, por favor.

Oliver: Nicole...

Nicole: Por favor.

Soltei o ar impaciente e me joguei contrariado no sofá. Eu só conseguia pensar em Verônica e no quão ferrado eu estava por atrasar nosso jantar.

Nicole me serviu um suco e por estar morrendo de sede, bebi todo o líquido.

Oliver: Só vou ficar um pouco, tenho compromisso com Verônica. -Digo. Querendo deixar bem claro que não fazia isso por sentir algo por ela.

Nicole: Que seja.

Meus olhos começaram a ficar pesados e, em algum momento, não consegui mais segura-los. Tudo escureceu.

ME AME INTENSAMENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora