CAPÍTULO 89

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Verônica 🦋

Separava alguns arquivos em meu computador, quando um e-mail chega para mim. Aperto na notificação e percebo ser anônimo.

Abro a mensagem e nela dizia;

📩

Oi sou um amigx da jornalista Rebecca Martin. Ainda estou meio receosx sobre estar te mandando esse e-mail, mas é preciso que algo seja feito e, nisso, poderei ajudar.

Dias antes do ocorrido, Rebecca foi designada a uma missão, em uma dessas que poucos jornalistas são escolhidos a fazer. Nessa missão, nosso chefe escolhe o melhor funcionário e o manda para trabalhar nisso, ganhando uma boa bolada extra junto com o salário.

Rebecca foi escolhida. A missão era investigar um caso de propina que estava rolando solto no gabinete da promotoria, e o alvo principal era o promotor chefe, Mark.

Sim, seu chefe.

Por segurança, ela me enviou a conta da nuvem dela, onde ela guardou tudo que descobriu. Acho que para você será uma mina de ouro.

Espero confiar em você.

📩

Eu não acreditei no que estava lendo. Mark? Propina?

Anotei o endereço de e-mail e senha da nuvem que o anônimo me mandou e mandei uma cópia desse e-mail para a minha conta segura. Em seguida, o apaguei.

Guardei a anotação e decidi acessar a nuvem quando chegasse em casa, ali seria um risco, já que os computadores são constantemente vigiados pelo sistema.

Ainda em choque, tentei o máximo disfarçar para que Polly não desconfiasse. Não teria como eu dar detalhes para ela agora.

Será que Mark tem algum envolvimento nisso?

Bem, a reação dele quando contei sobre existir a possibilidade das provas terem sido forjadas, foi estranha. Não parecia querer que eu investigasse.

Verônica: Ah! -Resmungo, massageando a lateral da cabeça.

Quantos problemas. Parece que agora só piora.

Polly: Pro? Tudo bem? -Pergunta me olhando levemente preocupada.

Verônica: ahn? Sim, tá tudo bem! -Respondo forçando um sorriso.

Afinal de contas, quem seria esse anônimo que me mandou isso? Com certeza alguém que trabalha com Rebecca, se não, como saberia sobre essas missões?

Além disso, no e-mail ele deixou bem claro as palavras "Nosso chefe", o que confirma minhas suspeitas.

Essa pessoa tentou se esconder, mas deu um molinho.

Me levanto de minha mesa, com o celular na mão. Saio às pressas da sala, enquanto disco o número do detetive Victor da polícia.

~Victor: alô? -Diz atendendo no quinto toque.

~Verônica: Detetive, tenho uma coisa. -Falo, enquanto caminho quase correndo, na direção do estacionamento.- Te encontro na delegacia em 30 minutos.

Desligo a chamada e corro até meu carro.

(...)

Victor: O promotor chefe? -Pergunta surpreso, após ouvir tudo.- Mas que merda... Parece que quanto mais cavamos, mais coisas vamos achando nesse caso.

Verônica: Pensei em abrir o email, mas acabei ficando receosa, então, decidi fazer isso com o senhor. É o único em que confio no momento.

Victor: Fez bem, fez bem... Mas será questão de tempo até Mark te exigir um resultado desse caso. O que irá dizer? -Perguntou me deixando sem ter o que responder.

Verônica: Eu não sei, detetive. E isso me deixa nervosa.

ME AME INTENSAMENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora