CAPÍTULO 37

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Oliver 🖊️

Saio um pouco do hospital e sento em um dos bancos, localizados no jardim. Pego meu celular e decido mandar mensagem para Verônica.

✓Oliver: Oiii só para tranquiliza-la caso esteja preocupada. Meu pai vai ficar bem, sairá amanhã. Foi apenas uma queda.

Envio e percebo ela visualizar imediatamente. Porém, demora para responder.

✓Verônica: Que bom. Fico feliz.

Estranho suas palavras curtas e secas. Ela deve estar com sono, melhor deixá-la quieta. Volto a caminhar na direção da entrada. Ainda sentindo algo esquisito.

Talvez seja por conta do acidente do meu pai.

(...)

DIA SEGUINTE 🌞

Sou acordado com barulhos no quarto. Abro os olhos e vejo meu pai tentando tirar as mangueiras do soro.

Oliver: Pai, o senhor não pode fazer isso. -Digo, me levantando rápido e indo até ele.

Jorge: Han? Mas por que estou aqui? Por que minha mão está doendo? Quem é você? -Questiona.

Aquilo me pegou desprevenido. Não imaginava que o alzheimer já estava nesse nível.

Oliver: Pai... Sou o Oliver, seu filho. E você está assim, porque caiu e se machucou. Por isso precisa voltar para a cama e ficar quieto.

Jorge: Ahhhhh você é o Oliver? O meu filho Oliver... -Disse sorrindo contente.- Eu amo meu filho Oliver!

Oliver: Que bom, pai! -Respondo, sorrindo e o ajudando a deitar na cama novamente.

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Verônica 🦋

Acordo me sentindo desconfortável. Abro os olhos e percebo que adormeci no chão da sala.

Depois que voltei, minha noite foi só decepção. Sinto meu rosto inchado por conta do choro, minhas costas doem pela má postura e noite de sono.

Me levanto ainda um pouco molenga e ando para o banheiro. Tiro o vestido de ontem, jóias e entro por baixo do chuveiro.

Permito que a água caia por cima de minha cabeça e deslize pelo corpo. Cenas da noite de ontem invadem minha mente.

Flashback 💭

Oliver: Tudo isso tem sido único para mim. Você é única! -Diz, e então, nos beijamos.

Flashback off 💭

Me sinto a adolescente que acabara de se apaixonar por alguém. Uma inocente, ingênua, nem parece a mulher bem vivida e resolvida de 29 anos.

Verônica: Eu fui uma burra! Burra! BURRA! -Grito e me sento no chão do banheiro.

Chorava feito uma criança. As lágrimas se misturavam com a água do chuveiro e juntas, desciam ralo a baixo. Espero que com elas vá tudo o que eu senti por Oliver um dia!

(...)

Bebo do café que acabei de fazer na cafeteira. Olho as horas e ainda são 8:38. Aproveito para trocar os tapetes higiênicos de Puppy e abastecer seus potinhos.

Ouço meu celular tocar. Pego ele em cima da mesinha de centro e encaro o visor.

Oliver.

Coloco novamente o aparelho no lugar de antes e ignoro a ligação.

ME AME INTENSAMENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora