CAPÍTULO 74

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Verônica 🦋

Depois de ler a mensagem de Oliver, soltei um longo suspiro. Já estava quase pronta para o jantar que aconteceria em 1 hora.

✓Verônica: Vou te esperar❤️

Envio a resposta e bloqueio o celular. Volto a passar meu batom e dou uma arrumada no cabelo.

Já estava pronta, e segui esperando por Oliver, enquanto isso, assistia a TV.

Meia hora, uma hora e duas horas se passaram. Nada de Oliver aparecer ou, sequer, uma mensagem avisando que não viria mais.

Decido ligar para ele, eu esperava pelo menos um pedido de desculpas, por me fazer esperar.

O telefone toca algumas vezes, mas nada dele atender. Ligo outra vez e no 6° toque, ele atende.

~Verônica: Qual é o seu problema, Oliver? -Digo antes que ele pudesse falar algo.

~Xx: Oi... É... Então, ele está dormindo agora. -Uma mulher?

Um nó na garganta se forma e minha respiração fica pesada.

~Verônica: Quem tá falando? -Pergunto sentindo a raiva invadir meu corpo.

~Xx: É a Nicole. Você é a Verônica, não é? -Disse. Pude ouvir seu tom de voz debochado e irritando.

Essa voz... É a mesma de quando atenderam ao telefone de Oliver no hospital. É ela.

~Verônica: Se está tentando me provocar, não vai rolar. Eu te conheço bem, está fazendo isso para abalar meu relacionamento com Oliver. Passa pra ele logo. -Ouço ela rir.

~Nicole: Bom, eu não o arrastei até minha casa, ele veio sozinho. Não obriguei ele a beber e ficar tão bêbado. Ah, e também não obriguei ele a transar comigo, ele mesmo quem quis. --Meu coração estava acelerado e minhas mãos tremiam tanto a ponto de mal conseguir segurar o celular- Mas se não acredita, eu vou te mandar o endereço por mensagem, vem buscar ele. -Falou e desligou.

Segundos depois, uma notificação chega em meu celular, era mesmo o endereço da casa dela. Cerro meus punhos tentando conter a raiva e decido ir lá.

Pego as chaves do carro e saio do apartamento.

(...)

Com a ajuda do GPS, consigo chegar ao destino depois de 40 minutos. Era uma casa bonita, não muito grande e nem muito pequena, dava para ver que ela tinha uma vida estável e confortável.

Antes de ir até a porta para tocar a campainha, me mantenho parada, encarando a casa. A raiva passou a ser medo. E se o que Nicole disse for verdade? E se eu entrar aí e ver o que não quero?

Afasto esses pensamentos e caminho até a porta. Toco a campainha e espero a megera atender.

Ela abre, meus olhos caem nos seus e deslizam por suas roupas. Ela vestia uma camisola extremamente sexy, seus cabelos estavam levemente desgrenhados e ela tinha... Um chupão no pescoço.

Verônica: Cadê o Oliver? -Pergunto brava, a empurrando e entrando em sua casa.

Nicole: EI! -Reclamou.

Ao entrar, pude notar garrafas de vinho e duas taças sujas do líquido, na mesinha de centro da sala. Engulo seco.

Pelo corredor, avistei roupas jogadas pelo chão. As peças eram como as que Oliver usa para trabalhar. Palitó, gravata, camisa social... E pior, os sapatos que eu havia dado de presente para ele, também estavam caídos lá.

Ando pelo corredor puta, a procura de Oliver. O acho deitado, apenas de cueca, na cama de Nicole. Ele realmente dormia.

Meus olhos se enchem de água, ao ter a confirmação do que acontecia ali. Vejo um copo com água no criado mudo, pego e jogo o líquido na cara dele, que acorda imediatamente.

Depois do susto, seus olhos caíram sobre mim. Seu olhar parecia confuso e não entender direito o que acontecia. Claro, ele provavelmente ainda estava bêbado.

Oliver: Verônica? O que aconteceu? -Questionou ao se olhar- Por que estou assim? Onde estou? -Perguntou ao olhar ao redor.

Verônica: você é um idiota... -Falei tentando segurar o choro.

Oliver: Que? Nicole? -Perguntou ao avistar a loira, que apareceu atrás de mim.

Nicole: Eu disse para você, Oli... Que não devíamos fazer isso com ela... Mas você insistiu...

Oliver: DO QUE TA FALANDO? -Perguntei a interrompendo.

Verônica: DIGA VOCÊ! DIZ VOCÊ, OLIVER. O que é isso? Por que você está na cama dela? Na casa dela? Assim... -Falei encarando seu corpo semi nu.

Oliver: Verônica... Eu não sei o que aconteceu... Meu amor, eu nunca faria nada para te magoar... Amor..

Verônica: Para... -O interrompo- Para. Não me chame assim, não tente se explicar, só tá piorando.

Oliver: Mas eu não fiz nada.

Verônica: Chega. Não me procure mais, não me ligue mais, não fale mais comigo. Finja que nunca me conheceu. Acabou. -Falo, olhando em seus olhos, que ao ouvir cada palavra dita por mim, foi enchendo cada vez mais de lágrimas, fazendo com que transbordassem e deslizassem por suas bochechas.

De alguma forma, aquilo cortou meu coração.

Oliver: Verônica, me ouve, por favor. -Pediu chorando e segurando meu braço.

Verônica: Tchau. -Digo puxando meu braço e caminhando para sair dali.

Oliver: Verônica. Espera. -Chamou, mas eu o ignorei e continuei andando.

Corri para meu carro e entrei no mesmo. Dei partida, e antes que Oliver pudesse me alcançar, acelerei o máximo que dava.

Enquanto dirigia, as lágrimas não paravam de cair e eu tentava o possível, para que o choro não me atrapalhasse na direção, mas era inútil. Precisei estacionar, para pode me permitir desabar.

ME AME INTENSAMENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora