CAPÍTULO 70

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Verônica 🦋

Abro os olhos lentamente e a primeira coisa que faço, é procurar Oliver. Me dou conta de que ele não está e então me levanto.

Verônica: Oliver? -O chamo na esperança de que ele possa estar em algum canto do quarto.

Mas sem respostas.

Caminho até o banheiro e escovo os dentes. Depois de jogar água no rosto, encaro meu reflexo no espelho.

Cenas da noite anterior invadem minhas lembranças. Eu nunca havia passado por algo tão... Assustador e real, ao mesmo tempo.

Ela estava bem ali, na minha frente, me encarando... Falando comigo.

Seco o rosto com uma toalha e saio do banheiro. Visto um look confortável.

Ouço baterem na porta e ando até ela para atender. Ao abrir, vejo que era o serviço de quarto trazendo o café da manhã. Permiti que entrasse e agradeci.

Encaro o carrinho repleto de comida, porém, não sinto nenhuma vontade de saborear nada ali. Apenas pego um morango e o mordo sem apetite.

Estranho a ausência de Oliver e decido ligar para ele. Pego meu celular e ligo para o mesmo, que atendeu no 5° toque.

~Oliver: Bom dia, amor! Como está? -Perguntou. Ele parecia preocupado.

~Verônica: Bom dia! Bem... Mas, onde você está? -Ouço ele suspirar e demorar para responder, o que me fez estranhar.

~Oliver: houve um probleminha na empresa, então estou tendo que resolver. Vim aqui para a área de lazer para não te acordar. -Consigo sentir mentira em seu tom de voz.

Estreito os olhos e tento ouvir algo ao seu redor. Havia conversas e barulhos de garrafas ou copos se chocando. Realmente, parece que ele está na aérea de lazer.

~Verõnica: Tudo bem...

~Oliver: logo estou aí, morena. Te amo.

~Verônica: Também te amo.

Desligamos e eu, caminho até a janela do quarto. Observo a vista e abraço meu corpo.

Eu não matei ela. Eu não matei ela.

Só de pensar sobre tudo o que aconteceu sinto meu ar falhar e meu coração se acelerar.

Rapidamente, ando até minha bolsa de remédios e pego um comprimido para a ansiedade. Coloco o remédio na boca e engulo com a ajuda de água.

Decido ligar para Madison. Preciso conversar com alguém sobre tudo isso.

~Madison: Alô... -Atendeu, após alguns toques. Ela parecia ter acabado de acordar.

~Verônica: Opa. Esqueci do fuso, amiga. Desculpa ter te acordado. -Digo me lembrando que la ainda é madrugada.

~Madison: Tudo bem, amiga. Eai? Como está a viagem? -Perguntou, depois de bocejar.

~Verônica: Estava indo bem, até agora..

~Madison: O que houve? -Indagou preocupada.

~Verônica: Minha madrinha voltou a me atormentar, Madison... -Minha voz saiu falha.

Comecei a contar tudo para ela, que ouvia tudo atentamente e tentava me acalmar de alguma forma.

~Madison: Verônica, você sabe que não teve culpa com a morte dela. Eu sei que foi algo traumático para você, mas precisa entender que ela morreu por estar doente e pronto.

~Verônica: Mas talvez ela não teria morrido se eu tivesse feito algo... -Confesso aos prantos.

ME AME INTENSAMENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora