Oliver 🖊️
Depois que o almoço terminou, me levantei da mesa e ajudei mamãe a levar papai para o jardim.
Ao chegarmos, ajudamos ele a sentar na cadeira. Mamãe se sentou ao seu lado e segurou sua mão esquerda, enquanto fazia carinho nas costas da mesma. Aquilo aqueceu meu coração, eu amo ver a paciência e dedicação de dona Kate para com o amor de sua vida. É lindo.
Kevin: nossos pais são tão fofos, né?! -Disse se aproximando de mim.
Oliver: Sorte a nossa. Deveria ser um pouquinho mais grato a isso. -Falo firme, o olhando de relance. Ouço Kevin soltar um riso nasalar e debochado.
Kevin: Eu vi Verônica hoje. -Desviei meu olhar para ele na hora- Ahh! Linda e radiante como sempre, como ela consegue?
Oliver: Não sei onde você quer chegar me falando sobre ela, mas uma coisa te digo, Verônica nunca se renderia a você. -Digo convicto fitando seus olhos.
Kevin: Por que? -indagou e deu uma breve pausa- Ela se rendeu a você e olha no que deu! -Disse sério, me fazendo travar o maxilar de raiva.
Oliver: Você não sabe de nada, Kevin! Trata de não se meter entre mim e Verônica! -Ordeno me virando de frente para ele.
Kevin: Entre você e ela? Mas não existe mais você e ela, Oliver. -Falou sorrindo de lado, o que fez meu sangue ferver.
Oliver: Isso é o que você quer! -Falei o encarando.- Mãe, eu já vou indo. -Aviso e ela me olha.
Kate: Mas já?
Oliver: Tenho que voltar para a empresa! Até mais. Se cuidem. -Me despeço com um beijo na testa dela e de papai. Antes de ir, dou uma última olhada para Kevin, que retribui com cara de poucos amigos.
Saio da casa e entro em meu carro. No caminho para a empresa, passo pelo Loues, restaurante que Verônica mais gosta.
Antes de seguir trajeto, paro de frente ao estabelecimento, após ter uma idéia. Saio do carro e adentro o lugar.
Garçom: Posso ajudar? -Pergunta de prontidão ao me avistar.
Oliver: Ahn... Sim. É... Gostaria de fazer um pedido, mas quero que entreguem para uma pessoa. -Digo e ele concorda com a cabeça.
Garçom: Pode falar, anotarei tudo.
(...)
Ao voltar para a empresa, me sento em minha cadeira e encaro a pilha de documentos sobre a mesa.
Suspiro vendo o tanto de trabalho que ainda tenho pra hoje, provavelmente, sairei tarde.
Jessi: Senhor! -Me chama, aparecendo por uma brecha na porta.
Oliver: Sim? Entre. -Peço, e assim ela faz.
Jessi: Um de nossos funcionários foi acusado de tentativa de homicídio -Disse se aproximando.
Oliver: Como? -Indago franzindo a testa.
Jessi: Andrew Martin. Trabalha no grupo de marketing. Ele é suspeito de atacar a esposa, a jornalista Rebecca Martin, na casa do casal. -Disse me mostrando a notícia num site, através do tablet.
Encaro a tela e, na hora, me lembro do caso que vi pela tv, em que Verônica aparecia.
Oliver: Eu vi esse caso. Então, o suspeito é um de nossos funcionários? -Indago surpreso.
Jessi: Sim. Inclusive, a polícia está lá embaixo para falar com os colegas de trabalho de Andrew. Para saberem sobre ele. -Disse, o que me fez encara-la.
Oliver: Estão interrogando nossos funcionários sem nem virem falar comigo sobre isso? -Questiono levemente irritado.
Entendo que é preciso e que esse é o trabalho da polícia, mas acho que o mínino era me deixarem ciente do que está acontecendo dentro da minha empresa e com meus funcionários.
Oliver: Vou descer lá imediatamente. -Digo me levantando.
(...)
As portas dos elevadores se abrem e eu, caminho na direção da multidão que se encontra aglomerada no centro da ala de marketing.
Alguns funcionários ao me verem, me cumprimentaram, eles pareciam estar tão surpresos quanto eu.
Oliver: Com licença? -Digo, ao me aproximar e chamando a atenção dos policiais.
Eles me encaram e um deles se dispõe a falar.
Xxx: Olá! Sou o detetive Victor, da polícia de Boston. -Se apresentou educadamente, me mostrando seu distintivo- Estamos investigando um caso de tentativa de homicídio e o suspeito, trabalha em sua empresa, senhor Bellini.
Oliver: Estou ciente sobre isso, detetive. Mas, por que só agora está me detalhando o ocorrido? Acho que, antes, de interrogar meus funcionários e colocá-los nessa situação, deveria ter ido falar comigo. Questão de ética! -Falo tentando não ser escroto e mal educado, mas precisava afirmar os fatos.
O detetive ficou quieto por alguns segundos, ele sabe que eu tinha razão quanto a isso. Mais do que ninguém, ele entendia bem.
Victor: O senhor tem toda razão, peço desculpas pelo caos. É que se trata de um caso urgente, eu e minha equipe fomos um pouco apressados. -Disse sincero.
Oliver: Entendo. Espero que não se repita. Mas agora, pode ficar a vontade para investigar. Minha secretária -Falo estendendo a mão na frente de Jessi, para apresentá-la- Os ajudará caso precisem.
Victor: Obrigado, senhor Bellini.
Oliver: E como tem ido a investigação até agora? Descobriram algo? -Pergunto curioso. Até porque, o suspeito fazia parte da corporação da minha empresa.
Victor: no momento, estamos investigando além do que as provas apontam. Parece que há uma terceira pessoa envolvida, e ela está fazendo parecer ser Andrew. Nossa Promotora está bem empenhada também.
Na hora me veio em mente Verônica. Uma pontinha de felicidade me atinge, ao saber que apesar do óbvio ela quer provar a verdade.
VOCÊ ESTÁ LENDO
ME AME INTENSAMENTE
RomanceQuando seu pai adoece, Oliver volta para os Estados Unidos. O que ele não esperava é que essa volta, viraria sua vida de cabeça para baixo. Jorge, seu pai, o coloca no comando da CoC, o deixando como o novo dono oficial. Oliver, se vê encurralado e...