CAPÍTULO 46

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Verônica 🦋

A sensação é horrível.

Seu coração acelera de uma maneira, que é como se fosse pular pela garganta. O ar some completamente, fazendo com que a agonia tome conta do corpo e é aí que o medo entra, sinto que vou morrer ali e agora. O corpo fica em desespero, buscando por algo imaginário que possa me ajudar, mas a única coisa que ajuda, é tentar respirar, ficar calmo, pensar em coisas boas e se der, cheirar o aroma da lavanda.

Quando Finalmente, aquele inferno acaba, a primeira coisa que vejo é o rosto de Oliver.

Oliver: Como se sente? Precisa tomar alguma coisa? -Questiona preocupado.

Verônica: Naquela caixa, tem um comprimido chamado Alprazolam. Me dê um por favor! -Falo, ainda, meio ofegante.

Oliver se levantou e pegou a caixa, que estava na estante. Procurou pelo remédio e o achou. Em seguida, foi até a cozinha e encheu um copo com água.

Oliver: Toma! -Me entregou o comprimido e a água.

Coloquei o remédio na boca e bebi o líquido, mandando o comprimido para dentro. Tomei toda a água e segurei o copo, ainda sentada no chão.

Oliver: Está melhor? -Pergunta e eu, balanço a cabeça confirmando.- Não sabia que tinha crises assim.

Verônica: Eu tenho ansiedade, desde muito nova. Na verdade, essas crises pararam fazia alguns meses. Já havia parado de tomar os remédios e frequentar psicólogo. -Digo, encarando o copo.

Oliver: E isso se desenvolveu do nada? -O olho e respiro fundo.

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Oliver 🖊️

Verônica passava um café, enquanto, conversávamos sobre suas crises.

Verônica: Lembra quando te disse que havia sido criada pela minha madrinha? -Balanço a cabeça confirmando- Então, tudo isso começou nela. Ela me batia, era abusiva e me forçava a trabalhar. Eu nunca, havia conhecido alguém tão ruim... -Sorri amarelo, enquanto, colocava a água no coador, fazendo com que o café caísse no bule- No velório dela, eu não chorava de tristeza, era de alívio. -Disse fria, encarando o líquido preto.- Desde então, eu tenho que tratar esses transtornos.

Eu ouvia tudo calado e atento. E pensando que já sabia o suficiente sobre Verônica.

Oliver: Por isso que me disse aquele dia que prefere se esconder atrás da Verônica promotora? Pois essa Verônica -Questiono apontando para ela- Se acha fraca por conta do passado?

Verônica: Exatamente! -Respondeu, com um olhar baixo- Ela não quer passar por aquilo de novo... -Sua voz saiu falha.

Caminho até ela e a puxo para um abraço. Acaricio seus cabelos e aperto ela mais contra meu peito.

Oliver: E não vai... Nunca mais ela vai passar por isso.

Verônica também me apertou mais contra si e tinha a cabeça repousada em meu peito.

ME AME INTENSAMENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora