CAPÍTULO 45

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Verônica 🦋

Opa! Como assim interessado em mim?

Permaneci calada, apenas, observando aquela cena.

Oliver: O que? -Indagou, parecendo não acreditar no que acabara de ouvir.

Oliver se afastou de Kevin, encarou o chão e riu irônico.

Oliver: Tá me dizendo que gosta da Verônica?

Kevin: Desde a primeira vez que a vi. -Falou o encarando. Me incomodava o fato deles estarem discutindo algo sobre minha pessoa, como se eu não estivesse ali. Mas eu não conseguia me mexer direito- Verônica, eu nunca mais parei de pensar em você -Agora, ele me olhava- Você foi a única mulher que não me bajulou por ser um Bellini, por ser rico, o melhor advogado... Isso me incomodou, sabe? Por que você era diferente? Por que não fez questão de saber meu nome quando me apresentei? -Falou e deu uma breve pausa. Segundos depois, continuou- Agora, eu sei porquê. Foi para se aproximar de Oliver... -Senti um certo tom de desprezo em suas palavras e aquilo me incomodou.

Oliver: Kevin...

Verônica: Você não me conhece! -Digo brava e interrompendo Oliver.- Conheci Oliver, por acaso. Não tem nada haver com você! Na verdade, eu nunca quis te conhecer, Kevin! Nós só trabalhamos num caso "Juntos" -Faço aspas com os dedos.- Quem você pensa que é? Vir na minha casa, começar a falar um monte de merda e ainda insinuar coisas ao meu respeito... Sai da minha casa! -Peço, desviando o olhar para o chão.- SAI DA MINHA CASA!

Kevin, começou a andar na direção do elevador e apertou o botão. Entrei novamente em minha casa, coloco a mão no peito ao sentir uma aceleração incômoda no coração e uma falta de ar insuportável.

Merda! Eu conheço essa sensação.

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Oliver 🖊️

Depois que Kevin se foi, entrei no apartamento junto com Verônica. Fecho a porta não acreditando no que acabei de ouvir.

Apaixonado por Verônica?

Não é a primeira vez que ele faz isso comigo. Lembra quando contei sobre as traições de Nicole? Então, todas foram com ele.

Mas se ele acha que dessa vez vai conseguir o que quer, está enganado.

Encaro Verônica, ela estava de costas para mim e olhava a janela. Ando na sua direção e fico do seu lado.

Oliver: Desculpa por isso... Irei falar com ele, quando sair daqui. -Falo, mas com os olhos fixos na vista da janela.

Verônica: Oliver... -Me chamou. Sua voz era trêmula e fraca.

A olho. Verônica, suava e não parecia nada bem. Imediatamente, segurei seus braços e encarei seu rosto.

Oliver: Verônica? O que foi? Está passando mal?

Verônica: Es-Estou -Ela tinha dificuldade para falar, aparentava não conseguir respirar- Ar... Se-Sem...

Oliver: Sem ar? -Ela balança a cabeça confirmando.

A situação foi piorando. Verônica começou a ter uns espasmos e gritava dizendo estar com medo.

Na hora identifiquei, ela estava tendo um crise de Pânico, o que é preocupante.

Oliver: Verônica? Tenta puxar o ar o máximo que conseguir -Peço a segurando e respirando fundo para mostra-la- Pensa em algo bom. Estou aqui. Olhe, Puppy está aqui. -Digo, mostrando a cachorrinha que se aproximou, aparentemente, preocupada com a situação.

Verônica encarou Puppy e sorriu amarelo, mas ainda em crise.

A segurava forte contra meu peito, na tentativa de acalmar e proteger, para que não se machucasse.

Aquilo foi amenizando. Sua respiração foi voltando e percebi quando ficou mais calma.

ME AME INTENSAMENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora