CAPÍTULO 83

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Verônica 🦋

Ainda não havia almoçado, estava com os olhos grudados na tela do computador esperando que algo de suspeito aparecesse nas imagens. Por sorte, consegui encontrar câmeras de segurança nas proximidades do prédio e até, de carros.

Polly: Não foi almoçar? -Perguntou entrando na sala e me vendo sentada da mesma maneira que estava desde que ela saiu.

Verônica: Não consigo aproveitar uma boa refeição, se tenho isto para resolver. -Respondo sem desgrudar os olhos das imagens.

Mudo a postura e me aproximo do computador, ao avistar uma silhueta suspeita no vídeo. Encaro as horas na imagem, 00:32, era o momento mais próximo do ataque.

Por estar escuro e com a resolução baixa, era difícil ver nitidamente o rosto, mas pude constatar que era um homem e que vestia uma jaqueta azul, um boné preto e uma calça escura. Mudando a câmera, pude ver o mesmo homem adentrar o prédio de forma suspeita.

Ele olhava para os lados, e parecia ansioso.

Verônica: Tenho a sensação de conhecê-lo de algum lugar... -Falo pensando alto.

Polly: Quem? Que foi? Achou algo? -Questiona se levantando do seu lugar e correndo até mim.- Quem é ele? -Pergunta encarando a tela.

Verônica: É o que vamos descobrir! -Digo baixando as imagens e transferindo para um pendrive.- Entregarei essas imagens para o detetive Victor, ele mandará para a avaliação e eles vão dar um jeito de reconhecer.

No mesmo instante, batidas na porta se fizeram presente.

Verônica: Entre. -Peço.

A porta é aberta, revelando um homem que parecia mais ser um motoboy.

Homem: Olá, tem uma entrega para Verônica Espinoza.

Verônica: Sou eu. -Me levanto e vou até ele.

O homem me entregou uma sacola e um cheiro delicioso exalou pelo ar.

Eu conheço bem esse cheiro.

Homem: Bem, já está pago. Bom apetite.

Verônica: Espere. Mas eu não pedi... -Digo, mas é em vão, ele já havia ido.

Polly: Aproveita, pro. Você não almoçou ainda. -Falou dando de ombros.

Fiquei me perguntando quem me mandaria isso, mas a fome era maior, então só aproveitei as deliciosas costelas com barbecue.

(...)

Finalmente, era hora de ir para casa. Antes de chegar em meu carro, vejo o promotor Mark conversando com Kevin no estacionamento.

Sem querer, acabo ouvindo um pouco da conversa, o que me fez parar.

Mark: Apenas faça tudo ao contrário. Não esforce demais. -Disse tentando ser o mais discreto possível.

Kevin permaneceu quieto, mas pareceu concordar. Espreitei os olhos estranhando aquele diálogo.

Voltei a caminhar em direção ao meu carro fingindo naturalidade. Senti que perceberam minha presença, Mark limpou a garganta e Kevin deu uma gargalhada sútil.

Kevin: Promotora Espinoza, estamos nos encontrando de novo? Que coincidência. -Falou tentando disfarçar.

Verônica: Ah! Eu acho que é por trabalharmos com o mesmo propósito, advogado Bellini. -Respondo seca e direta.

Mark: Bem, vou indo. Tchau para vocês. -Disse e entrou no carro as pressas.

Kevin: Eu estou começando a achar que o destino está nos olhando com outros olhos. -Pronunciou se aproximando.

Verônica: Só se for os olhos da desgraça! -Vomitei revirando os olhos. Kevin sorriu e encarou o chão.

Kevin: Ah! Iremos trabalhar em mais um caso "juntos" -Disse fazendo o sinal de aspas com os dedos. O olhei confusa- Andrew Martin. Sou o advogado dele.

Fiquei estática. Permaneço calada, apenas o olhando surpresa.

Como assim?

Penso na possibilidade de Kevin poder me ajudar a solucionar esse caso mais rápido, mas eu não confio nele, o que deixa tudo mais difícil.

Verônica: Já conseguiu alguma coisa para ajudá-lo? -Pergunto tentando tirar algo dele.

Kevin torceu a boca e soltou um suspiro.

Kevin: A uma chance de haver uma terceira pessoa. Mas ainda estou investigando. Na verdade, não sei se conseguirei livra-lo.

Kevin Bellini inseguro do próprio trabalho?

ME AME INTENSAMENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora