⎯ 𝓣𝓱𝓲𝓻𝓽𝔂 𝓝𝓲𝓷𝓮

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Aisha Narrando

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Aisha Narrando

Meu pai havia chamado todos para o salão principal e eu não estava nem um pouco a vontade, mas simplesmente não poderia ignorar um chamado do meu pai.

⎯ Você está bem? Seus olhos estão inchados?. ⎯ Sihyeon segura em meus ombros.

⎯ Estou. ⎯ dou um sorriso falso para ela.

Meu pai estava falando que o reino vizinho declarou guerra com a volta do herdeiro. Quem é esse herdeiro? Como assim a volta dele? O rei e a rainha haviam morrido e o filho que restava sumiu. Então ele apareceu ou...? Não consigo nem pensar direito.

⎯ Iremos para essa guerra sem hesitar! Não seremos fracos, e nós somos o maior alvo deles então não devemos evacuar! Para isso, preciso de um guarda para liderar esse combate!. ⎯ meu pai fala confiante e eu olho para todos os guardas ali presentes que se entreolham. Nenhum tem coragem?.

⎯ Eu vou!. ⎯ todos encaram Sihyeon se posicionando a frente. O quê?! Mas... Sihyeon do céu!.

Encaro Serim que me olha confusa e desesperada, logo muitos guardas dão pequenas risadas fracas.

⎯ Sihyeon, isso é uma guerra séria. Se junte a suas irmãs e apenas fique em seu quarto. ⎯ Meu pai fala para ela que não se move.

⎯ Eu quero ir, eu quero liderar essa guerra.

⎯ A princesinha acha que sabe pegar em uma espada. ⎯ um dos guardas fala debochando da situação e todos os outros riem.

⎯ Volta para o seus vestidos princesa, não se machuque. ⎯ Logo outro toma a liberdade de falar.

⎯ De onde já se viu uma princesa na guerra.⎯ todos já estavam tomando liberdade para falarem.

⎯ Isso é uma guerra, é sério! Não quebre suas unhas. ⎯ Várias e várias risadas se instalam no lugar.

Vejo a veia do pescoço de Sihyeon saltar mas ela não falava nada, deve estar em uma grande luta interna sobre apontar uma espada para eles ou não.

⎯ Minha querida, volte para suas irmãs. Você não pode comandar essa guerra. ⎯ Meu pai fala para ela de forma calma.

⎯ Por que? Por que eu não posso? Me der uma resposta plausível. Sem ser o fato de eu ser mulher, pois isso não é uma resposta plausível. ⎯ Ela o questiona.

⎯ Uma guerra é algo grande. Deverá ter pessoas treinadas, haverá sangue e morte sem parar. Ninguém terá pena de ninguém, em uma guerra não existe choro em luta. Não devem ser fracos e desistir, tem que aguentar até o fim, até uma espada cravar em sua cabeça em uma morte lenta. Será um terreno de sangue e corpos, você não está preparada para isso. Uma guerra é para os homens!.

⎯ Não, uma guerra é para quem tem uma estratégia. Não é porque eu sou mulher que não posso ter uma estratégia de batalha que pode me ocasionar a vitória. Por que não posso sangrar com o toque de uma espada? Por que não posso matar? Por que não posso ver um terreno de sangue e corpos? Por que não posso ser igualmente preparada para isso?! Vocês acham que estão no direito de falar isso? Vocês acham mesmo? ⎯ Ela encara todos os guardas que se encaram. ⎯ Me digam, quero ouvir de bom tom! Quem aqui quer liderar essa guerra?.

Nenhum, nenhum fala. O silêncio enorme se estala, não havia mais risadas, piadas, sussurros... nada.

⎯ Então? Vocês oh grandes Homens! Cadê a coragem em que julgam que uma mulher não tem? Ótimo, sei que uma guerra é algo assombroso em que todos fogem porquê tem medo. Mas esse é meu reino! O reino em que irei governar daqui a 1 meses! E eu tenho coragem o bastante para ir contra vocês para defender o meu reino. Então, me digam, qual a nossa diferença?! Qual a diferença?!. ⎯ Todos eles encaram o chão. ⎯ Pai, eu sou forte o bastante para ir nessa guerra e tenho uma boa estratégia. Me deixe definir minha honra nessa família.

Encaro Serim que sorri então eu a abraço. Um dia, quero ser forte como a minha irmã. Mesmo que eu esteja cheia de oponentes ao meu redor, mas não quero baixar minha cabeça. E acho que... também quero ir nessa guerra. Se ela pode, eu também posso.

The Lost PrinceOnde histórias criam vida. Descubra agora