OBS: Uma coisa muito importante é a indicação de músicas que são feitas nos capítulos. Se puderem, não deixem de ouvir as músicas indicadas enquanto leem, pois elas dão todo o clímax necessário para cada cena, e ajuda vocês a mergulharem profundamente em cada sensação. Quando chegarem na indicação de música, dêem uma saidinha breve e vão até seus streaming's de música para selecionarem a canção (por favorzinho).
Sem mais delongas, gratidão por cada leitura, comentário, voto e mensagem de carinho! Fico MUITO feliz lendo a reação de vocês nos comentários, e também dou muita risada, por isso, COMENTEM, e indiquem para os amigos, para que possam acompanhar a história juntos. Um beijo, e boa leitura!
Lauren Jauregui
O calor dos raios de sol que invadiam o quarto fizeram-me despertar de um sono profundo e revigorante. Ter vivenciado o dia daquela reunião que tanto evitei e ter a convicção de que tudo foi executado com excelência, trouxe para mim um alívio impagável que, com toda certeza, amenizou o desconforto de estar na Índia contra a minha própria vontade. Confesso que grande parte da minha resistência em representar a Bacardi foi gerada pela minha própria insegurança, e também pela minha vulnerabilidade. Eu sempre tive a opção de me resguardar quando não me sentia segura em relação a algo, ou quando alguma coisa me deixava frágil, com medo de encarar as divergências da vida adulta, e resistente às minhas próprias responsabilidades mas, naquele momento, eu não tive escolha.
Minha bolha de proteção e meu manto de defesa foram tirados de mim a força, e eu me vi diante de um dos meus maiores desafios. Me recordei de algo que Dinah havia me dito enquanto conversávamos, no dia em que nos conhecemos e, naquele momento, isso fazia todo sentido. Quando ela me disse sobre mergulhar em águas desconhecidas e encontrar belos corais no fundo, ela falava exatamente do sentimento que tive depois da reunião. A sensação que tive ao chegar ao fim da mesma tão satisfeita, e ver também a satisfação dos indianos, foi a mesma de ver corais muito belos, peixinhos coloridos e até estrelas.
Valeu a pena mergulhar tão fundo, em águas desconhecidas, pois senti que a minha missão havia sido cumprida, e estava finalmente segura para seguir em frente com os negócios, para fazer aquilo pelo qual me preparei a vida inteira. Mesmo sem ter a Desiré ao meu lado, eu prometi dar o máximo de mim para ter a certeza de que, caso ela estivesse comigo, estaria orgulhosa. Aproveitaria o amor que sinto por ela como uma injeção de ânimo todos os dias, e recorreria às minhas lembranças mais doces e felizes quando precisasse de um lugar seguro no momento em que alguma situação me colocasse à prova.
Me lembrando de seu sorriso tão acalentador, senti o meu coração bater mais forte, e a saudade gritante martelava em meu corpo como uma crise de abstinência. Levei a mão esquerda até o criado mudo e apanhei a caixa que continha o colar com o anel que ela recebeu de mim no dia de nosso casamento. O meu amuleto protetor deveria estar sempre comigo, junto de meu peito, lado a lado com as batidas de meu coração, dividindo o espaço entre o amor, a dor e a saudade. Em seguida, pendurei-o em meu pescoço, e segurando o anel com a ponta dos dedos, em um carinho delicado que oferecia a ela em pensamento, levantei-me vagarosamente da cama.
Estava na hora de preparar-me para trabalhar ao lado dos indianos e não queria me atrasar de maneira alguma. Decidi fazer o possível para me tornar uma pessoa melhor em todos os aspectos e, principalmente, no âmbito profissional. Ao pressionar o botão principal de meu aparelho celular, observei a hora na tela e vi que ainda era cedo. Cedo o suficiente para que eu tomasse um banho com calma e também me alimentasse de maneira adequada. Caminhei até o armário antes de seguir para a ducha e tratei de escolher uma peça de roupa que me fosse confortável. Até que não era tão ruim vestir aqueles sáris. Com tecidos mais leves e moldáveis ao corpo. Não precisava passar o dia sendo apertada e marcada por roupas sociais ou jeans.
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FRUTA PROIBIDA
FanfictionKarla Essel é filha de um indiano milionário, dono de uma multinacional com sua sede situada em Mumbai. Cresceu sob os holofotes e na mira da mídia, por se envolver profundamente com os negócios da família e por querer dar segmento a carreira de seu...