I Married the Prince || Hwang Hyunjin

1.8.

No pré Dia da Caça todos os empregados corriam de um lado para o outro.

Fitas eram penduradas, o jardineiro cuidava das flores e das árvores do jardim, nos estábulos, os empregados alimentavam os cavalos e vários homens chegavam vindos das suas mansões para se prepararem para o Dia da Caça.

Yuna tinha ficado encarregue da preparação e por isso ela observava todos os movimentos dos empregados com cuidado. Para ser mais rápida decidiu montar o seu cavalo e assim teria mais rapidez em observar toda a preparação. Por vezes descia do cavalo para ajudar algumas empregadas.

De longe, o príncipe Hyunjin observava os movimentos de Yuna, a maneira delicada e elegante como cavalgava e o seu sorriso contagiante que faziam os empregados sentirem-se mais relaxados.

No fundo, o trabalho de Yuna era apenas supervisionar a preparação, mas ela sentia-se na obrigação de ajudar todas as pessoas que podia.

O príncipe sorriu e voltou a entrar dentro do quarto, sentou o seu corpo na cadeira junto da sua secretária castanha requintada e agarrou num pedaço de papel, com a sua mão direita agarrou na sua pena e molhou-a na tinta preta começando a escrever algo.

Kang Sohui, que acabara de trazer chá para o príncipe, sorriu pousando a bandeja na mesa.

-O que escreve? - questionou curiosa enquanto se aproximava.

-Um bilhete. - respondeu concentrado.

O príncipe tinha prometido que mandaria cartas e bilhetes a Yuna todos os dias, este seria o primeiro dia que o iria fazer, mas só depois de terminar o pequeno bilhete e pousar a pena é que se lembrou que talvez Yuna não soubesse ler.

-Sohui. - chamou. - Tens falado com a menina Yuna?

Kang Sohui ergueu uma sobrancelha confusa e depois, sorrindo, percebendo que o bilhete escrito seria para a mulher.

-Sim príncipe, ela tem ajudado imenso nas tarefas diárias. - respondeu e depois estalou a língua. - Pobre rapariga, tem imenso trabalho e mesmo assim tira sempre um pedaço do seu tempo para nos ajudar. Não importa quantas vezes eu a avise para descansar, ela sempre insiste.

Hyunjin assentiu e sorriu.

-Ela sabe ler?

Sohui puxou a cadeira que estava à frente da secretária do príncipe e tomou a liberdade para se sentar, ela sabia que junto do príncipe não havia problema em sentar-se, além disso, o príncipe sempre tomava chá com Kang Sohui, mesmo sendo ela uma mera empregada.

-Bem, à uns dias atrás chegou uma carta para uma das nossas empregadas e ela não sabia ler, - começou Sohui sorrindo - mas a menina Yuna estava ali perto e ofereceu-se para ler a carta. Por isso sim, ela sabe ler.

-Obrigada Sohui. - respondeu ainda a sorrir.

O príncipe dobrou o bilhete e levantou o seu corpo com o bilhete a mão.

-Peço que entregues este bilhete a Yuna, discretamente. - sussurrou o príncipe entregando o bilhete a Sohui.

A mulher idosa assentiu e agarrou o bilhete com ambas as mãos guardando-o no bolso do seu avental, depois levantou o seu corpo delicado, mas forte, e seguiu o príncipe até ao sofá servindo-lhe chá de lavanda.

O príncipe cruzou a sua perna e, com delicadeza, provou o chá.

-Príncipe Hyunjin, já pensou no que vai fazer em relação ao seu casamento com a senhora Kim Dae? - questionou Sohui.

Hyunjin gostava como Kang Sohui não tinha filtro, não tinha medo de perguntar nada a Hyunjin, mas ele sentia-se bem com isso, afinal, ele não tinha ninguém com quem desabafar. Ele podia ter imensos amigos, pessoas que o apoiavam, mas nunca sentiu que podia confiar nelas em relação a estes assuntos.

Pousou a chávena de chá em cima da mesa.

-Irei falar com o meu pai. - informou. - Quero que ele repense na sua decisão de tornar Kim Dae rainha.

-E quem seria a nova rainha? - questionou atrevidamente Kang Sohui.

-Lee Yuna será a futura rainha do Reino de Dragão. 

Kang Sohui tossiu surpresa e arregalou os seus olhos. Ela sabia que o príncipe era apaixonado por Yuna, mas nunca pensou que ele iria querer Yuna como rainha.

-Mas a senhora Kim Dae tem sido treinada desde pequena para assumir o cargo de rainha, o seu pai não mudará de ideias tão facilmente. - respondeu sincera.

Hyunjin assentiu e encostou as suas costas no sofá.

-Kim Dae não será uma boa rainha, apesar do seu treinamento intensivo, ela será uma rainha de imensos gastos, o que poderá colocar em risco o reino. - respondeu fechando os olhos. - Não quero que o reino entre em crise novamente.

-Muito bem, como o príncipe achar melhor. - respondeu num tom baixo Kang Sohui.

No dia anterior, o príncipe tinha estudado a fundo toda a história do reino e sabia como responder caso o seu pai lhe fizesses perguntas em relação ao reinado entre Kim Dae e Lee Yuna; o seu casamento seria anunciado amanhã depois de terminado o Dia da Caça, durante o banquete real e ele queria falar com o seu pai antes ou depois disso acontecer.

Kang Sohui levantou o seu corpo e despediu-se do príncipe garantindo que o seu bilhete seria entregue.

Lee Yuna permanecia sentada em cima do seu cavalo branco, o trabalho estava praticamente terminado, soltou um suspiro e agradeceu a todos os empregados.

Yuna tinha sido informada que, nesse dia especial, nenhuma mulher estava autorizada a participar pelo que deveriam esperar pelos homens regressarem no final da tarde.

Todos os homens levavam consigo um lenço que seria entregue à mulher que amavam no final da caça.

Yuna sorriu enquanto pensava no dia que poderia estar à espera do homem que amava e que este lhe entregasse o lenço, mas voltou à realidade quando sentiu kang Sohui tocar na sua coxa, fazendo Yuna olhar para baixo.

-É um bilhete do príncipe. - sussurrou sorrindo.

-Obrigada Sohui. - Yuna agradeceu com um sorriso de orelha a orelha.

Abriu o bilhete e sentiu o seu coração aquecer.

"Observo de longe a tua beleza esperando no dia do nosso reencontro.

Continua com o bom trabalho.

Apenas teu,

Príncipe Hyunjin" 

Yuna ergueu o seu olhar e sorriu ao encarar o príncipe na varanda do seu quarto.

O vento batia sobre o seu rosto, fazendo os seus cabelos loiros dispersarem com o vento, Yuna conseguia ver o seu sorriso de longe e o príncipe acenou deixando Yuna um pouco corada.

Yuna baixou a sua cabeça como forma de cumprimento e sorriu apaixonada.