Yuna caminhava alegremente pela cidade.
Tentava manter uma postura correta enquanto caminhava em direção à loja da Madame Gi, mas sempre que era parada por pessoas do povo, o seu coração derretia e acabava por perder a postura.
Todas as pessoas que a paravam mostravam-se interessadas no percurso de Yuna e afirmavam que apoiavam a mulher esperando que ela se tornasse rainha; várias crianças tocavam no seu vestido e capa branca que tocava no chão.
Ao seu lado caminhava Han, que parecia estar contente por finalmente estar com Yuna.
Yuna tinha pedido que Han a acompanhasse até à loja, qualquer das maneiras ela não poderia sair do palácio sem um guarda e já que ela podia escolher, ela escolheu Han.
A mulher vestia um vestido bege com mangas de renda, não eram muito quentes mas protegiam ligeiramente os seus braços do frio; ao ver a farda de Han voltou a desejar estar a usar calças e soltou um leve suspiro.
-Há algo de errado, senhora Yuna? - questionou Han inclinando o seu corpo.
Yuna olhou para Han perplexa e depois soltou uma leve gargalhada batendo no seu ombro levemente.
-Por favor, chama-me só Yuna. - pediu com um sorriso. - Estamos só nós os dois, não precisamos de formalidades.
Han assentiu e suspirou aliviado, de facto, era estranho falar daquela maneira com Yuna.
O homem abriu a porta da loja e Yuna observou todo o seu redor com cuidado. Vários manequins estavam expostos com todo o tipo de vestidos e fatos, todos eles pareciam ter sido feitos com cuidado e todos eles eram muito bonitos.
Não demorou muito até que Madame Gi saísse do seu escritório para cumprimentar Yuna com maior sorriso do mundo.
Trazia um vestido azul escuro no corpo, o seu cabelo estava amarrado e trazia uma pequena flor no cabelo, as suas mãos estavam tapadas com luvas pretas e os seus óculos estavam colocados.
-Bem vinda à minha loja senhora Yuna! - exclamou sorridente. - Eu tinha comunicado que o meu mordomo lhe entregaria os vestidos.
-Sim, mas eu preferi fazer-lhe uma visita e agradecer-lhe pessoalmente por tudo o que tem feito por mim. - Yuna agradeceu com um sorriso de ternura.
Madame Gi sorriu como resposta, ela estava feliz de ver que Yuna estava bem e tinha conseguido subir de patamar, assim como ela desejava. A mulher bateu as palmas chamando o mordomo.
O homem de bigode aproximou-se com imensas caixas nos braços, parecia um trabalho complicado e por isso Han aproximou-se do mordomo retirando algumas caixas.
-Quanto é pelos vestidos? - questionou Yuna.
-A conta será enviada para o castelo. - respondeu Madame Gi - Estão aqui apenas metade dos vestidos, dentro de uma semana serão enviados mais. Agradeço imenso pela sua visita senhora Yuna.
Yuna curvou-se despedindo-se de Madame Gi, tinha sido uma conversa curta, mas talvez Madame Gi estivesse cheia de trabalho e Yuna não queria interromper.
Ao sair da loja encarou a cidade e reparou no homem de preto que tinha conversado com ela; de longe, o homem observava todos os seus movimentos, trincava uma maçã enquanto sorria.
Yuna aproximou-se de Han que tinha acabado de colocar as caixas dentro da carruagem, a mulher estendeu a sua mão seriamente.
-Han, preciso de usar a tua espada. - pediu.
Han encarou a sua espada confuso, ele estava ali para a proteger, porque precisaria ela da sua espada?
-Para quê?
-Preciso dela. - voltou a pedir séria.
Han assentiu e entregou-lhe a sua arma ainda duvidoso, Yuna agarrou na espada com força e colocou o capuz da sua capa na cabeça, depois olhou para Han.
-Se eu não voltar dentro de dez minutos, por favor procura-me.
Han assentiu colocando as suas mãos atrás das costas, talvez fosse melhor não seguir Yuna, o que quer que fosse que ela ia fazer, era algo que apenas ela conseguia fazer.
Yuna caminhou em passos largos até ao homem que virou as costas caminhando por entre a rua apertada entre casas; Yuna agarrava a espada com força já pronta para combater. Depois de alguns passos o homem parou e encarou Yuna com um sorriso irónico.
-O que a trás até mim? - questionou o homem esticando os braços.
Sem pensar muito, Yuna apontou a espada ao homem que, ainda a sorrir, levantou os braços.
-O que quereis de mim? - questionou chateada.
-Porque não baixa a arma primeiro? - questionou pousando o seu dedo no bico da espada baixando-a. - Penso que não é a mim que deve apontar a espada.
Yuna ergueu uma sobrancelha curiosa. O homem esfregou as suas mãos e aproximou-se.
-Posso ser um grande aliado seu. - informou o homem. - Isto se aceitar apenas.
Yuna guardou a espada e encarou o homem irritada. Ela apenas queria saber o porquê da ameaça.
-Não preciso de um aliado. - respondeu. - Se não me disser o motivo da sua ameaçar terei de o mandar prender.
-Não irás querer fazer isso. - respondeu o homem. - Na verdade, já faz imenso tempo desde que me refugiei no reino vizinho, mas isto é segredo.
O homem levou o dedo aos lábios e depois gargalhou fortemente.
-Peço que me dê apenas esta oportunidade, aceite-me como seu aliado, encontre-me todas as semanas aqui sem que ninguém perceba, prometo que, no seu tempo, lhe direi quem conspira contra si.
Yuna suspirou, não podia confiar no que o homem dizia, mas também seria a sua única oportunidade de se salvar a si e ao resto da família real. Yuna relaxou os seus ombros.
-Aceito a sua oferta. - murmurou desistindo.
O homem sorria de orelha a orelha, tinha conseguido aproximar-se de Yuna e ele tinha a certeza de que a sua irmã estaria muito contente com ele.
Agora, a única coisa que faltava era Seung encontrar o tal veneno.
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I Married the Prince || Hwang Hyunjin
FanfikceLee Yuna é uma mulher do povo que cuida dos irmãos gémeos sozinha desde os 16 anos. Hwang Hyunjin é o príncipe herdeiro ao trono do Reino de Dragão. Quando Hyunjin conhece Yuna acaba por se apaixonar, no entanto, por ser uma mulher do povo, o pai de...