I Married the Prince || Hwang Hyunjin

3.5.

Era o inicio da noite.

Yuna tinha finalmente terminado a sua prova de vestidos que tinha começado mais tarde do que o esperado, uma vez que Yuna tinha passado algum tempo a fugir desse compromisso. Só de pensar em ter de vestir o espartilho o seu corpo estremecia.

Estava sozinha no seu quarto, não devia faltar muito até que as empregadas chegassem para a vestir para o jantar; até que essa hora chegasse, Yuna vestia um vestido com alguma renda branco, os seus cabelos estavam soltos e trazia um xaile bege que a protegia do frio, que já se começava a notar.

Agarrou a chaleira com chá e despejou um pouco do conteúdo para dentro da sua chávena bebericando enquanto caminhava até à sua secretária.

Assim que se sentou na cadeira confortável pousou a chávena na mesa e inclinou o seu corpo para trás abrindo uma das gavetas da secretária, observou os papéis amontoados e agarrou nos mesmos, pousando-os em cima da mesa e suspirando.

Na última semana tinha recolhido imensas informações sobre a morte da rainha, era um assunto que ainda deixava Yuna intrigada e, apesar de ainda não ter acontecido nada com ela, Yuna ainda estava com medo.

A escolha da rainha estava perto de acontecer e Yuna sentia que algo estaria para acontecer brevemente.

Recordou-se da última conversa que teve com Kang Seung e bufou preocupada. Tinha sido avisada novamente para deixar a pequena competição que existia ou haveriam consequências.

Yuna encarava todos os papéis, no entanto, nenhum continha informações boas para que Yuna conseguisse perceber que tipo de veneno foi usado; ela apenas tinha os papéis das contas do funeral e de presentes recebidos pela morte da rainha.

A mulher voltou a suspirar e inclinou novamente o seu corpo agarrando num livro enorme e com algum pó que tinha trazido da biblioteca real. Ela não deveria trazer os livros que pertenciam à biblioteca, mas sentia que podia ser perdoada desta vez, além disso, ela não fazia questão de dizer a ninguém sobre o livro.

Em letras grandes Yuna leu "Árvore da Família Real". O livro era branco, as suas letras eram em dourado, as folhas eram grossas e estava tudo escrito com letras elegantes.

Estava interessada no nome de Kim Seung, o seu rosto era familiar e Yuna não conseguia saber quem ele era, por isso, trouxe o livro da árvore genológica, que, não só continha todos os membros da família real como também os membros de casas nobres.

Yuna relembrou a sua conversa com Kim Seung que lhe tinha informado mais sobre a sua família. Kim Seung tinha desabafado o facto de ter sido abandonado pela sua família que é nobre.

A mulher começou a esfolhear o livro de imensas páginas procurando por "Kim", parou na página 431. Uma lista enorme de pessoas nobres com Kim era enorme e voltou a suspirar, reparou que a família de Kim Dae estava escrita em letra diferente de todas as outras páginas.

Franziu as suas sobrancelhas ao reparar também que um nome tinha sido apagado, os seus dedos passaram pela página curiosa e agarrou na sua chávena de chá bebendo um pouco; sentia que estava próxima de obter uma resposta e tinha a certeza de que tinha alguma coisa a haver com Kim Dae.

Foi surpreendia ao ouvir alguém a bater na janela do seu quarto e sorriu, só poderia ser o príncipe, mas porque estava ele aqui a estas horas?

A mulher levantou o seu corpo da cadeira e caminhou até à janela puxando as cortinas para trás. Abriu a boca surpreendida ao encarar Kim Seung que a observava com um sorriso pedindo que a mulher abrisse a janela.

Yuna abriu-a receosa deixando o homem entrar que assim o fez rapidamente, correu até ao sofá de Yuna sentando-se ainda com um sorriso no rosto.

-O que fazes aqui? - questionou Yuna nervosa.

-Nunca mais me visitou menina Yuna. - respondeu olhando para a mulher. - Por isso, decidi fazer-lhe uma visita.

Yuna engoliu em seco e caminhou calmamente até ao homem sentando-se no cadeirão à sua frente.

-Achei que as suas informações fossem desnecessárias, por isso decidi não o voltar a ver. - comentou Yuna.

O homem soltou uma leve gargalhada e inclinou o seu corpo para a frente, pousando os seus braços na pernas entrelaçando as suas mãos, depois apontou para Yuna erguendo uma sobrancelha.

-E foi aí que a menina Yuna errou. - respondeu. - Não devia ter deixado de me ver.

Yuna ergueu uma sobrancelha não percebendo, tinha cerca de vinte minutos até que as empregadas aparecessem e ela estava muito nervosa, abriu a boca para começar a falar, mas o homem levantou o seu corpo de forma rápida e virou as costas.

-Penso que a minha visita está feita. - informou e depois encarou Yuna curvando o seu corpo. - Não nos veremos mais menina Yuna, por isso desejo-lhe tudo de bom, se é que isso é possível.

Rapidamente Kim Seung saiu do quarto deixando Yuna sozinha.

Naquele momento Yuna sentia que tinha de falar com o príncipe, tudo o que se estava a passar era demasiado confuso para Yuna e ela precisava de saber o porquê de um nome estar apagado no livro da família real, talvez assim ela conseguisse as respostas de que precisava.

Apressou-se a sair do quarto, caminhando em direção ao Palácio Real onde esperava que estivesse o príncipe Hyunjin, durante todo o caminho as suas mãos suavam e ignorava as empregadas que a chamavam.

Faltava pouco até à hora de jantar e queria encontrar-se com o príncipe o mais rapidamente possível. 

Enquanto passava pelo jardim real reparou no cabelo comprido e loiro do príncipe que caminhava calmamente com as suas mãos atrás das costas.

Yuna olhou para todos os lados certificando-se de que não estava ninguém por perto e começou uma pequena corrida até ao príncipe que a encarou preocupado.

Hyunjin pousou as suas mãos no rosto de Yuna que estava vermelho.

-O que aconteceu? - questionou sussurrando.

Yuna humedeceu os seus lábios e encarou o príncipe.

-O príncipe sabe que fui ameaçada. - informou Yuna à qual o príncipe assentiu.  - Estive a fazer uma pequena pesquisa e descobri que falta um nome no livro da árvore genológica real.

O príncipe encarou confuso Yuna, não percebia onde queria ela chegar com a conversa. Teria ela descoberto alguma coisa?

Yuna abriu a boca para a falar mas foi impedida quando reparou no liquido escuro que caía da sua boca, sentia a sua garganta arranhar com um gosto metálico a sangue. 

O príncipe encarou a mulher receoso ao reparar na quantia de sangue que a mulher tossia.

-Menina Yuna? - chamou o príncipe.

Yuna sentia os seus olhos embaciados e o seu corpo fraco, sentia uma enorme sonolência e vontade de descansar; com alguma dificuldade encarou o príncipe e soltou um pequeno sorriso.

O príncipe agarrava agora o corpo desmaiado de Yuna desesperado.