dois

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ARIANA

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ARIANA

— Para onde você me trouxe? 

Observo o lugar, o cenho franzido. Parece uma espécie de bar de motoqueiros. Tem até uma fileira de motos, em sua maioria pretas, se exibindo para quem quiser ver. A fachada da estrutura é de madeira, e tem um enorme letreiro vermelho néon onde está escrito Red Devil.

— Para um lugar onde você possa se divertir — replica Natasha, animada. 

Engulo em seco. Quando ela disse que eu precisava me distrair, e que conhecia um lugar perfeito para isso, eu poderia idealizar qualquer lugar do mundo, menos esse aqui. Agora faz todo sentido ela ter insistido para que eu usasse esse vestido preto e sexy, que me deixa com uma aura mais leve e menos séria. 

— Ahn… — começo, meio desconfortável. — Eu não quero ser implicante, mas… acho que esse lugar não combina muito comigo. 

— Bobagem — Natasha não dá ouvidos. — Você vai se divertir muito, eu prometo! 

Não tenho tempo de frear a minha melhor amiga, pois ela me arrasta porta à dentro, quase saltitando de tanta excitação. Chegamos ao topo de uma escada, e à medida que avançamos, pé ante pé, vai ficando ainda mais claro para mim que se trata de um bar de motoqueiros. Tem muitos homens — e mulheres — usando jaquetas e bandanas. Algumas pessoas se amontoam em uma mesa de sinuca, outras, mais afastadas, fazem um alvoroço ao redor de uma mesa repleta de cartas. Cervejas circulam livremente para todo canto. Há uma pista de dança e pessoas debruçadas sobre o balcão do bar. 

Engulo em seco. Acho que acabo de sair completamente da minha zona de conforto. 

Natasha me leva até o bar, e temos sorte de encontrar duas banquetas livres, lado a lado, e nos esprememos entre dois caras enormes como ogros, usando bandanas e com braços tatuados. 

— Não curtiu? — Natasha ri da minha cara um tanto franzida. 

— É só… diferente — comento. 

— Por isso a trouxe aqui. Você está precisando provar coisas novas. Nada melhor para recomeçar.  

É, estou mesmo precisando de um recomeço. 

— Ei — ela me cutuca. — Não quero te ver triste, tá? Chega de pensar no Adam. 

A simples menção a esse nome me deixa cabisbaixa. 

— Eu passei seis anos da minha vida ao lado daquele homem — digo. — Acho um pouco difícil conseguir esquecê-lo em um período de dois meses. 

Ela morde o lábio inferior e me olha com pena. 

— Você vai conseguir superar, amiga. Existem homens em todo canto — tenta me consolar. 

Eu fico inquieta. 

PROIBIDO • COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora