vinte e cinco

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ARIANA

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ARIANA

Estou chocada. Em êxtase. Estarrecida. Meus pés simplesmente não conseguem sair do lugar, e eu encaro a cena com um misto de horror e nojo. 

Eles não me notam até que Natasha vira um pouco a cabeça, e então os nossos olhares se encontram. Tenho certeza que o mundo inteiro dela para de girar ao seu redor, assim como está acontecendo exatamente comigo. Ela arregala os olhos, a expressão cheia de horror, e congela sobre o corpo de Adam. Ele, alheio à minha presença, pergunta: 

— Amor, o que foi? 

Amor. 

Meu Deus, acho que vou vomitar. 

Então ele segue o olhar dela até me encontrar, abalada, parada na porta. Vejo o sangue fugir do seu rosto e sua boca se abrir com o choque. Ele solta um xingamento e dá um pulo da cama, quase derrubando Natasha no chão pelo processo. Os momentos seguintes são como um borrão de humilhação e constrangimento, e eu só consigo ficar parada ali enquanto ele se veste e ela se cobre com um lençol. 

Eu só… gostaria de sumir agora. 

— Ariana — Adam vem até mim, usando apenas uma calça jeans, usando seu melhor tom de desespero. — Escute… vamos conversar. 

Paro-o com um movimento de mão. Meus olhos finalmente se desviam de Natasha que permanece encolhida sobre a cama, incapaz de olhar para mim, e pairam sobre ele. Apesar da dor, da mágoa, eu me sinto fria. 

— Quanto tempo? — pergunto, com calma. 

Eles trocam um olhar. 

— Ari, por favor… — começa Natasha, e só de ouvir a sua voz, sinto a raiva explodir dentro de mim. 

— Cala a porra da sua boca! — grito, fazendo-a recuar sobre o colchão, com os olhos arregalados. Olho novamente para Adam. — Quanto tempo? — repito. 

Ele abre a boca, mas nada sai dela. Um silêncio tenebroso engole o quarto enquanto eu olho de um para o outro, ainda sem acreditar no que estou vendo. 

Balanço a cabeça, sorrindo sem qualquer resquício de humor. 

— Sabe, Adam, eu sempre me perguntei o real motivo de você ter terminado comigo — lanço um olhar de desprezo para Natasha. — Agora entendo por quê. 

— Ari… — ele tenta se aproximar. 

— Não ouse, seu monte de verme! — cuspo as palavras. — Você tem noção do que fez? 

— Eu sei que isso parece ruim… 

— Parece ruim? — repito, com lágrimas de ódio brilhando em meus olhos. — Você está comendo a minha melhor amiga, porra! 

— Eu posso explicar… 

— E você, por acaso, acha que isso tem explicação? Você é um mal caráter de merda! Vocês dois são! — Natasha começa a chorar, e eu perco a cabeça. — Ah, você está chorando? Me deixa dar um motivo pra você chorar de verdade — eu tento avançar sobre ela, mas dois braços fortes me agarram pela cintura. 

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