trinta e quatro

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ARIANA

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ARIANA


Algumas semanas depois 

Lar, doce lar. 

Eu passei apenas uma semana longe, para comemorar o Natal com meus pais e minha irmã, mas parece que se passaram décadas desde que parti de San Francisco. Não importa quão longe eu esteja e quanto tempo eu passe longe: esse lugar sempre será o meu lar. É onde eu realmente me sinto em casa. 

Talvez tenham sido os vínculos que criei nesse lugar. Meu emprego, meus amigos, meu namorado… só de pensar em Damien, meu peito aperta de saudade. Acho que nunca passamos tanto tempo longe um do outro assim, e nem mesmo as mensagens, as ligações, nem as videochamadas foram capazes de apaziguar a ansiedade que eu sinto para estar nos braços dele novamente. 

Eu queria que ele tivesse ido comigo nessa viagem, para finalmente conhecer a minha família para quem tanto falei dele, mas entendi os seus motivos para passar essa data festiva com sua mãe, seu avô e seu irmão mais velho. O amor de Damien pela família é algo que aquece o meu peito, porque isso só mostra o quanto ele é bom. Tenho certeza que outras oportunidades virão, e até lá, estou mais do que satisfeita de passar a virada do ano com ele, como combinamos. 

Cheguei na cidade faz pouco tempo. É noite e está muito frio, mas decidi passar no meu apartamento para tomar um banho e trocar de roupa antes de seguir para a casa de Damien.

Estaciono em frente ao apartamento de Damien uma hora depois. Como sempre, tenho o cuidado de não fazer muito barulho ao passar na frente do apartamento da Sra. Gamble, proprietária do edifício, que adora o meu namorado, mas odeia o barulho que ele faz, principalmente quando está comigo. Sinto-me uma adolescente fugindo de uma situação embaraçosa, mas a sensação é gostosa. Me faz sentir jovem, apesar de eu não ser mais nenhuma menina. 

Eu não toco a campainha nem bato na porta quando chego em frente à porta de Damien — ele avisou que deixaria a porta aberta para mim. Giro a maçaneta e finalmente coloco os pés no pequeno hall, encontrando o apartamento escuro e silencioso. 

— Dan? — Chamo, mas não há respostas. Dou alguns passos pela sala de estar e torno a dizer: — Dan? 

A cozinha está vazia, assim como o quarto. O apartamento não é muito grande, então, se ele estivesse aqui, eu saberia. 

Decido fazer mais uma tentativa antes de ligar para o celular dele: 

— Dan? 

Uma voz distante, mas familiar, surge: 

— Aqui em cima. 

Olho para os lados, confusa. Aqui em cima onde? Então eu me lembro que, em um pequeno corredor perto da sala de estar, tem uma porta que sempre vive trancada. Uma vez perguntei a Damien o que tinha do outro lado, e ele disse que aquela porta dava para o terraço. Vou até lá e a encontro aberta. Tem uma escada de madeira que desaparece em um buraco, e quando passo por ele encontro o negrume do céu e uma brisa gelada. 

PROIBIDO • COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora