Capítulo Trinta e Seis

652 77 36
                                    

Bambam estava em sua casa totalmente apreensivo, tinha feito algo sem pensar muito a respeito e, não sabia como seu noivo iria reagir quando chegasse e ele lhe contasse. Olhava para a porta a mais de trinta minutos, o único que sabia o que tinha feito era Han, pôde ouvir o carro de Jay estacionado e seu coração saltou. Viu a porta se abrindo e seu amado entrando, ele colocou sua bolsa no armário e tirou os sapatos colocando o chinelo.

— Amor aconteceu alguma coisa? —  perguntou notando o olhar de Bam para si.

— Eu fiz algo, amor. — falou e abaixou o olhar.

— Como assim meu bem? — Quis saber já se aproximando.

— Eu deveria ter te consultado antes de agir, mas não pensei muito na hora.

— Bam, eu não estou te entendo. Respira um pouco, tenho certeza que vamos lidar com a situação da melhor forma. — disse calmo, passando as mãos no cabelo do noivo.

— Você lembra que duas semanas atrás teve um grande acidente, e eu tive que ficar no hospital por mais de 3 dias?

— Sim, claro que eu lembro. O que isso tem haver?

— É um tanto complicado, eu... — falou tentando se controlar.

— Você está começando a me deixar apreensivo Bambam, por favor fale.

— Eu te contei sobre a garotinha que estava em estado grave, assim como a mãe dela?

— Sim meu amor, o que houve com elas?

— A mãe dele faleceu ontem a noite.

— Sinto muito por isso, sei como fica quando se perde um paciente.

— Sim, amor. A Yuna só tem 4 aninhos e perdeu a única família que tinha, o pai dela morreu a um ano atrás e ele não tinha família, a única avó que tinha morreu dois meses atrás, não tem tios nem nenhum outro familiar.

— Nossa, meu amor, e ela saiu do estado de risco?

— Sim, ela já estava melhor há quatro dias, e recebeu alta hoje.

— Ela foi para um abrigo? Deve ser difícil, ela ainda é tão pequena.

— Então, é sobre isso que eu queria falar.

— Como assim? — perguntou confuso.

— Eu meio que me ofereci para ficar com ela.

— Ah? —Tentou assimilar.

— Olha, eu não pensei muito, mas, não podia deixar ela ir para um abrigo amor. Eu pedi a guarda provisória dela, me desculpa, eu deveria ter te consultado, eu nem pensei, só falei com assistente social.

— Você pediu a guarda provisória da garota? Perae… deixa eu raciocinar um pouco. Eles deram, não foi?

— Mais ou menos isso. Eu assinei um termo provisório e terei que ir até lá daqui dois dias para dar entrada na guarda provisória, como sou um médico bem colocado, não tive nenhum tipo de interferência.

— Nossa, muita informação. Eu sei como isso funciona, você se arrependeu de ter feito isso Bam? 

— Não, amor. Eu senti que tinha que cuidar dela, já passaram tantas crianças por lá que perderam tudo, mas nunca senti algo tão forte assim, e como se ela... fosse, não sei dizer...

— Eu entendo baby. — Falou abraçando ele.

— Me desculpe, vou entender se você não quiser, eu agi de maneira precipitada, somos um casal, esse tipo de coisa tem que ser conversada entre os dois.

Our destiny is for us to belong until the endOnde histórias criam vida. Descubra agora