32°capítulo

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Walker.

Minha costas doem mas me recuso a parar de procurar qualquer rastro que nos leve até Luna. A raiva que sinto nesse momento me corrói por dentro, apenas quero minha irmãzinha de volta.

Sua ligação chega. Sorri levemente ao ver seu nome brilhar na tela.

— Daddy? — Sorri ao escutar sua vozinha de sono.

— Oi meu amor. — Murmuro me levantando e seguindo até o andar de cima. Minha sala está uma completa bagunça. Luna provavelmente me daria uns tapas e me obrigaria a arrumar.

— Já está tarde... — Diz manhosa, sorri, mesmo que ela não possa ver.

— Eu vou chegar muito tarde hoje, tudo bem princesa?

— Ah. — Ela suspira tristemente.— Pode ligar pra Luna vir pra cá? Não gosto de ficar sozinha. — Solto um suspiro e esfrego as têmporas, ela é tão apegada a Luna, não quero que ela descubra, não agora, não assim.

— A Luna tá ocupada hoje, você pode ser corajosa e dormir sozinha? Como uma boa menina?

— Sim... — Sussurra bocejando em seguida.

— Eu te amo.

Deixo o celular em cima da mesa e encaro minha sala. Solto um pequeno riso ao olhar para o salto quebrado no canto de sofá. Eu estava só brincando... Mas a Luna quase me quebrou inteiro porque era um de seus sapatos favoritos.

Tantos momentos com a minha irmãzinha... Nós dois enchendo o saco do Ryan para ele ir ao parque. Nós quatro no refeitório da faculdade enquanto brincávamos sobre qualquer coisa idiota. Luna nos contando animadamente sobre a faculdade e todos os projetos que ela fez para de terreno que Ryan deu a ela. Projetos, planos, tudo que minha irmã pode acabar não vivendo.

Solto um suspiro e desço novamente, achar a fofinha, achar a fofinha.Escuto um barulho e daria risada se a situação não fosse uma merda. Ryan jogou um homem enorme no chão que o encara assustado, nenhum dos homens na sala ousa sequer se mexer, Ryan poderia perder todo um carregamento de drogas, perder fortunas e não estaria nem aí, mas se tem uma coisa que todos sabemos é que ele não está disposto a perder ela.

Smith se senta na cadeira e encara todos com o olhar fulminante, seu rosto está vermelho assim como seus punhos, as roupas pretas e o olhar profundo o deixam mais amedrontador ainda. Ele se afunda na cadeira, tirando sua jaqueta e acendendo um cigarro. A Luna provavelmente daria uns bons tapas, mas eu não sou a Luna, e nem sou imortal.

Eu diria que se não o conhecesse ficaria com medo, mas é juntamente porque o conheço que não quero nem chegar perto

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Eu diria que se não o conhecesse ficaria com medo, mas é juntamente porque o conheço que não quero nem chegar perto. Luna Duarte é a única coisa que consegue deixar Ryan Smith indefeso, mas também é a única coisa que faz ele viver.

— Está desligado. — Murmuro. Sem sinais de piadas ou brincadeiras, isso eu deixo para quando a fofinha estiver conosco.

— Filho da puta. — Ryan resmunga, seu rosto vermelho me dá medo no momento, os olhso estão em fúria. Ele se levanta e joga a cadeira que estava sentado no chão. Solto um suspiro. O celular de Ryan apita fazendo o silêncio  tenso que estava na sala se tornar preocupação.

Smith agarra o celular rapidamente e solta uma risada incrédula.

— O que? — Pergunto, Ryan joga o celular para mim e todos os olhos se voltam para mim.

Sabe a sua amiguinha? Bem, que tal levar ela pra jantar? E o seu apartamento? Tem câmeras suficientes para que a Luna não perca nenhuma parte do show.

Bistrô Disley. 18h

Reserva pra dois, tic tac, faça o que eu quero, e talvez, a Luna não se machuque... Não muito.

Sweet PartOnde histórias criam vida. Descubra agora