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- Não culpe a Vane, ok? Ela não tem culpa de nada.

Ele de ante mão de explicou.

Assim que Raini e Vanessa mandaram ele subir, um aviso, quase que um sexto sentido, o lembrou do que Laura poderia querer tratar em um lugar tão longe do apartamento.

- Laura, pode brigar, me xingar do que quiser, só não...

- Eu não vou brigar com você Ross.

Ela avisou, mas ainda mantinha os olhos no horizonte. Não se virou para ver o rapaz ainda parado na escada de emergência.

- Não vai? Por que? Eu dei um sorvete mortífero para sua filha.

Ross estava assustado, durante o caminho até o telhado ele ficou pensando nos argumentos que usaria na briga com Laura.

- Eu não tenho 17 anos Ross.

Fez questão de frisar essa parte.

- Não brigo, não discuto sem um motivo real. Somos adultos podemos dialogar tranquilos mostrando as pessoas maduras que nos tornamos.

Confessou rindo. Um sorriso estranho aos olhos aliviados de Ross.

- Uau, você é surpreendente Marano.

- Sim, eu sei. Riley, realmente gosta de você, não é?

- Eu espero que sim.

- É, ela acha você incrível.

- E eu acho ela incrível também. De novo Laura, eu te peço desculpas, não fiz por mal. A gente queria tomar sorvete e eu nem perguntei para ela o que queria. Me desculpa

- De novo, eu não quero brigar com você Ross.

- Por isso que você é incrível.

Brincou e tentou ter aquele aperto de mãos entre amigos de antes, mas o que recebeu foi o vento gelado nas palmas das mãos.

- Mas, se fosse brigar com você, se isso fosse uma hipótese.

Ross coçou a cabeça, pensando em qual inocente estava sendo. Claro, que ela iria discutir.

- Eu diria que você é um imbecil irresponsável, que eu tinha razão em não confiar em você, porque você não sabe o que é ser responsável por uma criança. Que pessoa tem a ideia estúpida de levar uma menina de seis anos, que gripa pelo três vezes ao anos para tomar sorvete, no inverno? Caso, eu quisesse brigar com você, falaria que isso é só uma brincadeira para você, que não tem a mínima noção do que é ser pai.

- Ok, eu mereço.

Ele riu contendo toda a sua raiva.

- Eu mereço isso e muito mais.

- Só para avisar, a partir de hoje, sempre que for sair com Riley, eu quero estar presente. Assim como é hoje, pode ver ela, mas onde você for com minha filha, estarei vou estar perto.

Disse mostrando que sua decisão era irrevogável. Ela era a mãe e o pingo de confiança que tinha nele tinha ido embora.

- Tudo bem.

- Vamos descer. Eu tenho que fazer o jantar hoje.

- Sabe, se eu fosse brigar com você. Algo que eu não faria, se eu fosse o adulto maduro, que você é, mas como bem disse, eu sou o idiota irresponsável de sempre. Então, eu posso dizer que eu estou tentando, mas tudo fica impossível com você.

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