Uma Rede de Apoio

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Aquele dia em que Laura chorou até pegar no sono foi um dia a ser lembrado exclusivamente por Ross. Para todos os outros seus amigos nada aconteceu de estranho, tudo se resumiu a dois pais cansados e dormindo na mesma cama em detrimento a exaustão de fazerem uma festa de aniversário para uma garotinha cheia de energia.

Ross sabia que Laura não estava bem, mas prometeu não falar nada, enquanto ela não quisesse. Apenas o fato dela chorar dizia muito como estava e sobre sua coragem. Nada era necessariamente sobre fraqueza. Para Laura era força. Estava sendo corajosa e forte nas suas vulnerabilidades e levaria essa certeza, enquanto voltava para as ações rotineiras do dia a dia. Não era sobre ignorar, talvez um pouco, mas a vida pedia rotinas. Ela tinha duas filhas que precisavam crescer sabendo que não poderiam brincar sempre que queriam.

Era quarta-feira, meio da semana e possivelmente o dia em que ela resolveu mais situações envolvidas com seu trabalho e vida pessoal. Ryan por pouco não a expulsou da livraria quando o final do expediente chegou.

— Está tudo bem com o sinal do telefone?

Ela perguntou aos amigos tentando ligar para o mesmo número de novo.

— Sim, por quê?

Raini respondeu olhando suas mensagens como se não tivesse feito isso durante todo o dia.

— Estou tentando falar com o Ross, mas a chamada não está completando. — Reconhecia nele o mesmo adolescente desligado de antes, mas como ele mesmo havia mostrado, colocou um toque especial em seu celular unicamente para ela. — Acho que vou passar na casa dele.

— Quer dizer hotel, não é? — Maia perguntou rindo. — Ele está vivendo lá há quanto tempo?

— Tempo suficiente para Riley pedir metade do serviço de quarto e Emma quebrar dois controles remotos. — Laura respondeu pegando a bolsa que tinha colocado no sofá há menos de dez minutos. O loiro tinha buscado Emma também e deixá-lo sozinho com duas crianças era confiável, mas também poderia ser perigoso. — O jantar fica com vocês?

— Pizza ou hamburguer?

Raini brincou sabendo que com certeza comeriam qualquer coisa do tipo.

(...)

Laura se dispôs a atravessar a cidade para encontrar suas filhas e Ross. Gostava de dirigir, por isso não estava reclamando, embora estivesse rompendo com seu pequeno tempo de descanso a noite assim fez alegremente ou coisa parecida, enquanto dirigia ouvia Marrom 5 e um pouco de Roxette. Contudo, enquanto seu velho automóvel seguia avenida rumo ao hotel caro em frente ao Central Park, uma bicicleta vermelha com duas crianças contornava a entrada do bairro familiar onde estava o prédio onde residia a grande e bagunçada família de todos.

— Boa noite a todos vocês povo local.

Ross disse entrando no apartamento de toda a família com duas crianças no colo e dezenas de bolsas nos ombros.

— O que está fazendo aqui?

Maia assustou com o homem carregando Riley no colo e Emma no bebê conforto.

— Achei que esse era o endereço da entrega.

Zombou mostrando as crianças.

— Engraçado. Laura saiu através de você no seu hotel 20 minutos atrás.

Maia respondeu o ajudando a tirar todas aquelas bagagens de Emma, Riley e possivelmente dele.

— Ela o que? — Enquanto colocava Emma no cercadinho tentou não gritar de susto. — Por que?

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