Onde estamos (onde estamos)
Era incrível, parecia que realmente o mundo voltou a ser poético para Ross. Cada leve distúrbio na força poderia se tornar uma frase de algo extraordinário. Tudo isso em sua humilde opinião.
— Sinto muito Ross. — Harriet não queria ser portadora de más notícias para o loiro, mas assim as vezes era. — Meu amigo tem uma multidão de textos para ser publicado e não pode passar o seu na frente, mesmo ele dizendo nas palavras dele: "é uma crônica romântica e real sobre os dias de hoje. Uma tragédia real."
— Isso é bom de ouvir.
Ele sorriu agradecido, embora não fosse a resposta que esperava.
— Mas, olha, ele ficou de enviar para um parceiro dele. Não é nada extraordinário, tudo bem? Nem mesmo é em Nova York.
— Acho que qualquer coisa poderia ser bom. Obrigada Harriet. — Seus escritos poderiam ser perfeitos, mas sabia que a industrial editorial ainda o odiava. Um bestseller não valia nada se escrito há mais de cinco anos. — Acho que já vou, Laura vai viajar e vou ficar com a Riley.
— E como vocês estão?
— Como assim?
— Estão namorando, ficando, são coisas?
— Coisas?
Pegou suas coisas jogadas na mesa, enquanto tentava entender o raciocínio da colega.
— É, algo entre namoro e ficadas ocasionais.
— Acho que não para todas essas opções. Como se fala quando você fica com a mãe da sua filha sem que haja nenhum vínculo a não ser a criança que tem juntos, beijos e sexo ocasionalmente?
Agora pensando deixou seu último afazer para se questionar sobre a estranheza de toda situação.
— A relação mais complicada do mundo inteiro?
— Pode ser. — Sorriu cansado. — Te vejo amanhã.
(...)
A última vez que Laura tinha viajado foi há dois anos quando pegou seu carro e se dirigiu a Long Island. Naquela época não era gerente e precisava de um extra para pagar as contas. Trabalhar em um bufê foi uma excelente ideia, mesmo tendo que viajar. Agora, a última vez que entrou em um avião foi há mais tempo ainda. Nem se lembrava quando foi, apenas que tinha sido para Santa Mônica.
— Malas conferem, documentos em mãos, lanches até o aeroporto também perfeitos. Vamos!
Maia comemorou muito animada.
— Nossa, isso foi assustador. Nunca viajou? Sabe que não vamos em acampamento de férias, não é?
Raini, apesar de achar graça não estava tão animada quanto elas.
— Sinto muito não ir com vocês, tenho reuniões durante todo o final de semana.
Vanessa lembrou triste por não poder fazer parte do programa de meninas.
— Pelo menos vai ficar com as meninas. Laura só está indo, por isso. Por falar nisso, onde está ela?
— Aqui. — Com um semblante pálido, fraco e doente ela apareceu na soleira da porta do banheiro. — Vamos?
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O Que Vem Depois?
RomansaTudo começou há sete anos em Santa Mônica. Para Laura e Ross bastava a atração que sentiam. Sem complicações e sentimentos, isto era a base sólida que se colocaram. No entanto, agora não tinham mais 18 anos e as escolhas que tomaram antes se mostr...