Uma Montanha de Calma

37 3 8
                                    

Ter 24 anos nãos significa que toda sabedoria humana foi gerada abruptamente. Ter 24 anos nesse momento só significava que havia uma certa liberdade para errar e acertar como sujeitos normais.

— Tudo bem, devo tirar quarto de empregados da nossa lista?

O menino de aniversário em dezembro vestia sua blusa ainda com os olhos ainda na garota.

— Muito engraçado. — Estar na posição atual era contraditória para Laura, seu cérebro estava em constante colapso e estado de paz. Querer ou não querer, gostar, mesmo não querendo gostar. — Precisa ficar aqui até as meninas saírem.

— Como é? — Deixou de se espremer no cômodo minúsculo para encará-la. — Você sai para almoçar daqui duas horas. Laura, eu tenho que trabalhar.

— Sei que sim. — Beijou a ponta do nariz dele. — Tem uma janela no banheiro dos funcionários, se quiser tentar. Te vejo no jantar.

— Ei.

O loiro pegou no braço dela a impedindo de sair.

— O que foi?

— Isso está sendo muito melhor do que imaginei. — A prensou contra a parede e sussurrou no ouvido dela. Quase tão bom... — Ficou quito pensando.

— Quase tão bom...

Passou os braços ao redor do pescoço dele e esperou uma resposta.

— Quase tão bom como assistir Star Wars pela primeira vez. Não, isso é como maratonar de Volta ao Futuro comendo a melhor pizza de Santa Mônica.

Fez uma comparação dentro do mundo deles para que ela entendesse o quão incrível estava sendo esse tempo juntos.

— Uau! Transar comigo é melhor do que ver a Destruição da Estrela da Morte?

Estavam se divertindo como se fossem adolescentes. Era uma sensação nova e incrivelmente boa.

— Muito mais. — Beijou o pescoço dela. — E isso é melhor do que assistir aquela cena de X-men 2 onde aquela cara do cabelo branco, corre rápido dentro da prisão e depois entra no elevador com o pai dele, sem saber que ele era ele?

— Uau! Isso foi descrição muito precisa. — Não parecia normal estar tão feliz com ele. — Mas, não, isso não é como Mercúrio correndo para salvar Magneto que é o pai dele. — Ele iria responder e dizer o contrário, mas ela o calou o beijando. — Agora, isso foi quase tão bom como ler qualquer uma das minhas melhores revistas em quadrinhos.

— Sério? Até quando era o Chris Claremont que escrevia?

Ele saber sobre o escritor favorito dela, só o fazia ser o melhor amigo colorido do mundo.

— Não força. — Brincou. — Nos vemos depois.

................................................................

Laura sempre foi um ser conflitante, existindo dentro de vários paradoxos, porém esta era a primeira vez que estava dentro dessa complexidade existencial e sorria frente a isso. Semanas já haviam se passado desde aquela estranha conversa, na verdade, foi mais uma proposta muito bem aceita por Ross.

09:00, horário dos seus amigos chegarem. Limpou ao redor de seus lábios, conferiu o pescoço e esperou eles chagarem.

— Bom dia e Vanessa?

O Que Vem Depois?Onde histórias criam vida. Descubra agora