Conceitos gravados em sua memória

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O inverno já estava indo embora, eles sentiam isso quando Laura deixava de usar dez peças de roupa para sair de casa.

— Vem aqui pequeno boneco de neve.

Ross puxou sua filha e a ajudou a tirar todos os casacos.

Eles tinham chegado em casa há alguns minutos. Ross tinha ido buscá-la na escola, depois andaram um pouco por Nova York e agora cumprindo o horário trouxe a criança de volta para casa.

Enquanto Ross ajudava a sua filha, ele ficou um pouco chocado com a intensa movimentação no apartamento das Marano Rodriguez e companhia.

— O que está acontecendo?

Ross perguntou a filha.

— O Oliver vai vir aqui hoje, é a primeira vez dele vindo aqui na verdade.

Riley explicou pacientemente.

— Ele nunca veio aqui?

Fazia pouco mais de uma semana desde que Oliver se tornou figura recorrente.

— Não, mamãe diz que você deve confiar muito em alguém antes de trazê-lo a sua casa.

Ross pensando agora, eles já tinham se visto na festa da casa de Vanessa, pizzaria, na rua, Livraria, mas nunca nessa casa.

— E você gosta dele?

Sentou com a filha no sofá disposto a ouvir a opinião dela.

— Sim, ele parece ser legal e o cabelo rosa dele é muito fofo também, não acha?

— Claro, por que não iria achar?

Ele se viu pensativo agora.

— Eu vou tirar meu uniforme, papai.

Ela deu um beijo na bochecha do homem agora distraído.

— Ross, você e Riley chegaram.

Vanessa viu o cunhado no sofá

— Oi Vane.

Em sua humilde opinião, a inserção de Oliver no pequeno bando parecia ser uma atitude precipitada. Ainda não sabia nada sobre ele.

— Ei, sem querer atrapalhar seu lindo raciocínio filosófico, mas estamos em meio a uma faxina de última hora. Ajuda ou não atrapalha cunhando.

Vanessa mais que nunca estava se parecendo com sua irmã.

— Eu sei usar um rodo.


Ele se solidarizou


— Isso é suficiente.

Se Oliver ainda era um novato, um intruso na opinião de Ross, ele não se via assim, por isso mudou a música que estava tocando naquele momento. Ele bem queria uma de suas músicas habituais, mas o rádio sintonizou em Thinking out Loud.

— Não ouse mudar.

As amigas de Laura foram até lá e enfrentaram Ross.

— Ok. — A música romântica melancólica agora estava no último volume. — Ninguém merece.

— Ed Sheeran? O que está acontecendo?

Ryan entrou no apartamento sem entender o clima romântico

— Oliver está vindo.

Ross explicou em um tom não muito amigável.

— Entendi. Olha quem acaba de dar um belíssimo passeio no parque com seu tio favorito?

Ryan tirou Emma do carrinho ainda a abraçando.

— Oi meu amor. — Laura foi até a sua filha e a pegou no colo. — Você está bem? Ross, onde está Riley?

— Tirando o uniforme.

Ele disse como se fosse algo normal do cotidiano.

— Riley tirando uniforme de livre e espontânea vontade?

Raini parou para analisar a situação.

— Nós tivemos uma conversa mais cedo, acho que esse pequeno problema já foi resolvido.

Ross não negou seu lado orgulhoso por ter ele ter conseguido fazer isso.

— Incrível, você merece todo nosso respeito e admiração.

Raini avisou.

— Então, ele faz uma coisinha de nada e vira um herói?

Laura brincou olhando para as amigas.

— Tem seis anos que você lida com essa criança e nunca conseguiu fazer ela trocar de roupa sem demorar uma hora no mínimo. Ele chegou há algumas semanas e...

Ryan tomou a palavra.

— Ok, entendi. Obrigada pela sua presença honorável Ross Lynch.

Laura sem perder seu tom debochado agradeceu a Ross e apertou a sua mão.

— O prazer é todo meu.

Ele apertou a mão dela forte também, embora fosse apenas um aperto de mão, Ross deixou suas mãos junto da dela por mais tempo do que o convencional.

— Agora, vamos a faxina pessoal.

Vanessa gritou.

Laura saiu com Emma no colo e as garotas voltaram para as tarefas deixando Ross sozinho.

Sozinho com um rodo, Ross voltou a seus pensamentos. Ele se questionava sobre o momento em que o máximo de contato físico entre ele e Laura se limitou somente a apertos de mãos.

Em sua frente, na estante, ele viu uma foto dela ainda adolescente. Essa era a Laura que ele se lembrava tão avidamente.

Ele pegou a foto que estava dentro de um porta retrato feito por Riley, provavelmente, e deu um sorriso meio bobo lembrando daqueles tempos dos 17, quase 18 anos.

Era uma das fotos raras que Laura estava sozinha.

Ross só conseguia pensar nesse momento e em como que o corpo dela já estava mapeado em sua mente. Se fechasse os olhos ainda conseguia se lembrar de uma noite com ela.
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Santa Mônica, 2015

A noite, difícil dizer qual noite era, era algo entre o terceiro ou quinto encontro deles provavelmente, porém nessa noite já era quinta vez que Ross se encontrava nessa posição. As suas mãos estavam nas coxas de Laura as prensando para mais próximo do seu corpo.

Laura então voltou a ter o controle da situação e bruscamente o beijou. Ross que antes estava ouvindo os gemidos foi surpreendido com os lábios dela na sua boca. Logo seu cabelo loiro foi puxado e ele estava deitado na cama.

Laura riu do rosto surpresa dele, mas ainda ficou onde estava. Ross lembrava da risada que ela deu e como jogou seu cabelo para trás quando fez isso.

— Calma loiro, deixa comigo agora.

Ela sussurrou e mordeu levemente o lóbulo de sua orelha.

A marca do batom dela já estava pelo seu corpo há tempos, mas de alguma forma depois desse tempo ela ainda conseguia marcar mais ainda o pescoço dele. Seguindo a trilha de beijos, Laura beijou todo o peito dele. Para Ross era orgânico com Laura, quando os arrepios advindo dos beijos começaram a vir sobre seu corpo, as suas mãos foram automaticamente no corpo dela pedindo por mais.

Essa noite foi uma das que eles mais lutaram para não terminar. O sol chegou, o alarme tocou, mas eles ainda não queriam um fim.

O Que Vem Depois?Onde histórias criam vida. Descubra agora