Alguém que tenha o melhor beijo do mundo

27 3 0
                                    

Era manhã de sábado e após dormir por um pouco mais de doze horas Ross não tinha muitos planos, ele só carregava a certeza que viajar de avião por seis horas com uma criança altamente agitada não era uma boa escolha, dormir era um prazer a ser apreciado com mais carinho e banhos demorados o deixava feliz.

O loiro cantava toda sua playlist da década de rock da década de 1960, enquanto fazia a barba e cuidava de seus fios. O espelho ainda tinha um pouco do vapor do banho extra quente, mas ainda assim, era maravilhoso ver seu reflexo, ou quase isso, enquanto apreciava a boa música de sua banda favorita.

Para além de toda essa alegria clara, havia uma animação maior que enchia seus olhos e dava força as suas cordas vocais para cantar I Need You dos Beatles. A saudade de Laura. Na verdade, de Nova York como um todo, todavia havia uma maior porcentagem no que tangia a Laura, seus lábios, seu abraço, todo o seu corpo de igual forma, mentira, havia uma parte ou outra que sua saudade era maior.

Quando ouviu a bateria de Ringo Starr ser interrompida na melodia foi até o seu celular. Ligação de sua mãe.

— Mãe? Já sentiu saudades?

Ele perguntou, enquanto enxugava o resto de seu corpo.

— Sempre. — Stormie respondeu e Ross sabia que ela disse isso sorrindo. — Mas, não liguei por isso.

— O que? Não ligou para dizer que me ama e que me quer de volta em Seattle?

Zombou pelo seu viva voz.

— Sabe que te quero aqui há vinte minutos de mim.

— No que posso te ajudar Sra. Stormie?

— Sabe, estou com muita saudade da minha neta.

— Passou quatro dias grudada na Riley mãe.

Riu, embora a entendesse. Passado horas que deixou a filha com a mãe estava louco para abraçá-la de novo.

— Eu sei, eu sei, mas é minha primeira neta e você fez o favor de me contar seis anos depois que ela nasceu.

— Achei que tínhamos superado isso.

— Superamos, mas sempre será um bom argumento para usar em brigas futuras.

Ross se viu obrigado a sentar em sua cama para rir do que sua mãe disse, embora soubesse que ela era capaz de fazer isso.

— Então...

— Amanhã é o aniversário dela, não é?

— É, por quê?

— Eu e o seu pai temos algumas milhas em viagens que ainda não usamos.

— Querem vir para Nova York?

Chegou ao possível raciocínio lógico dela.

— Não queremos ir, nós vamos. Nosso voo sai amanhã de manhã.

— O que? Isso é loucura.

Deixou todas as possíveis roupas que usaria e voltou ao estado de inércia.

— Não, não é, é o aniversário da minha neta, além disso, seu pai quer conversar com você.

— Vídeo chamada, ligação, mensagem? Existem meios de fazer isso sem ter que entrar em um avião.

— Acho que não vou conseguir te convencer do contrário, não é?

— Não mesmo. Rocky até fez uma reserva no mesmo hotel que o seu.

O Que Vem Depois?Onde histórias criam vida. Descubra agora