Irônico

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Último Capítulo - primeira parte
Há uma certeza que o mais sábio e o mais tolo dos homens sabe, a vida termina. Nascemos, vivemos e morremos. Este é o ciclo que aprendemos na biologia, particularmente gosto de acreditar que existe uma vírgula depois do último piscar de olhos, no entanto, tanta introdução é para dizer que neste momento Laura e Ross sabiam que tinham chegado ao fim.

Hoje é o último dia de Ross em Nova York e desde a semana anterior que Laura evita pensar sobre o que isso significa para ela e sua família. Enquanto, Rocky, Vanessa e Riley estão ajudando o loiro a ajeitar as últimas caixas da mudança, o velho bando de amigo de sempre estão no parque com Emma, que tentava dar seus primeiros passos.

— Então, vocês estão seguros disso?

Raini perguntou a companheira de apartamento, enquanto pegava nas mãozinhas da bebê.

— Sim. — A mulher de cabelos castanhos não precisou explicar sobre a briga. Eles escutaram a discussão perfeitamente. — Vai ser melhor ficar longe por um tempo.

— Vocês já brigaram tantas vezes, por que chegar a esse extremo?

Maia perguntou caminhando com as bolsas de Emma.

— Porque, agora estamos mais maduros, sei lá. — Nem ela entendia com precisão o que estava acontecendo. Sabia que era o fim e que ela e Ross já não poderiam ficar mais juntos, o básico e o suficiente para se saber. — Não podemos bagunçar as coisas, mais do que elas já são. Temos que pensar nas meninas.

—  Como a Riley vai lidar com isso? A última vez que ele foi, ela não reagiu muito bem.

— Ela está bem, na verdade, está animada com a possibilidade de fazer parte de dois times de baseball.

Olhou para Emma que sorria largamente.

— E você?

Ryan perguntou com cuidado.

— O que tem eu?

— Não vai sentir saudade?

Este silêncio significava muitas coisas. Mostrava que Laura não queria conversar, que Ross realmente não era o tipo superável em sua vida e que sim, sentiria a falta dele.

— Acho que vou passar na livraria.

Levantou Emma em seu colo e correu para longe.

— Vou atrás dela. — Raini que conhecia a garota um pouco mais aumentou a velocidade de seus passos e correu até ela. — Não precisamos conversar, se não quiser.
— Mas, vai me obrigar a falar, não é?

Sorriu conhecendo a companheira de apartamento.

— Não diria obrigar, porém, posso falar tanto na sua cabeça que vai desejar me fazer calar a boca e isso só vai acontecer se me contar o que está sentindo.

— O que estou sentindo? — Inspirou, expirou e riu observando sua cafeteria preferida. — Quando conheci o Ross sabia que seria um problema, mas sempre fui essa pessoa que sou agora, entende? Vivi para chegar no melhor momento da minha vida e ele é totalmente oposto disso. — Emma deitou em seu ombro e bocejou algumas vezes. Precisava voltar para casa. — Rai, foi  bom estar com alguém que me fazia esquecer meus problemas, meus fantasmas e que beijava muito bem.

— Isso é interessante.

A amiga pegou Emma e sem que Laura percebesse realmente caminhou até a cafeteria.

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