Algo para acreditar

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O tempo passa e passa. Corre e para de correr.

Faltava dois dias para o final do ano e neste momento várias pessoas faziam resoluções de suas vidas, planejavam o ano seguinte e pensavam no ano que tinha passado. Laura não tinha esse tempo. Não podia se dar ao luxo de parar para pensar sobre o que queria do próximo ano quando a pessoa mais importante da sua vida estava dentro de um hospital.

Aquela lugar insuportável que tinha se tornado sua segunda casa. Não ia mais em casa, Ryan e Maia estavam a cobrindo no trabalho e só tinha visto sua filha caçula há horas atrás quando Vanessa a levou até lá. Seu corpo estava cansado, pouco dormia e a cadeira do hospital estava longe ser confortável.

Peter todos os dias vinha e trazia relatórios sobre Riley e sobre sua demora em se recuperar.

A filha tinha ido agora fazer mais exames e ela estava sentada na recepção ouvindo o som alto saindo dos fones de ouvido de uma adolescente irritada.

- Laura, podemos conversar?

O médico de Riley foi até a jovem chama-la

- Claro.

Laura estava exausta. Na noite anterior Riley tinha tido outro ataque de asma e este tinha sido o pior de todos.

- Fiquei sabendo do ataque de asma de ontem a noite. Estou refazendo os exames.

- Por que isso continua acontecendo Peter? Disse que os remédios fariam efeito logo.

- Laura faz apenas três dias, não é tão rápido assim. Mas...

- Sabia que viria um mas. O que foi?

- Acho que Riley tem se auto sabotado.

- Como é? Ela é uma criança Peter.

Se estressou com a afirmativa dele.

- Eu sei e entendo que não posso afirmar isso sem uma certeza do andar da psicologia, mas a mente tem um grande papel nesse processo de melhora. Riley deveria já apresentar índices de melhora com a quantidade de remédios que ela tem tomado.

Laura já tinha notado que a filha estava para baixo não querendo conversar muito, mas não imaginava que isso poderia afetar tanto ela. A verdade era que há três dias eles não conseguiam contato nenhum com Ross.

Rocky tinha dito que o irmão estava em Los Angeles trabalhando, mas ninguém conseguia contactá-lo. Riker avisou a ele que Laura tinha ligado, mas Ross estava tendo suas próprias preocupações.

- Eu venho notado que ela está capixaba, a maioria das vezes que eu a vejo está triste. Conheço ela e você há tempo suficiente para saber que tem algo de muito errado acontecendo. O que há com vocês Marano?

Laura sabia que o pediatra não ia desistir fácil. Ela tinha falar a verdade

- É o pai dela. Aquele irresponsável que só sabe destruir as coisas.

Laura reclamou com ele.

- Ele acha que pode aparecer e desaparecer quando bem entende. Peter eu juro que se ele estivesse bem aqui na minha frente eu esqueceria todas as políticas anti violência que eu acredito.

Laura desfilava ódio e isso era visível para ele.

- Vamos lembrar que estamos em um hospital justiceira do mal. Eu nunca entendi direito a história de vocês, não você e ele, mas como ele voltou para suas vidas.

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