Finalizada | Romance | Amizade | Fluffy
[CORREÇÃO EM BREVE]
Park Jimin é o que as pessoas chamam de desocupado. Certo dia, após mais uma briga rotineira com seus pais, ele decidiu que iria seguir carreira de modelo e parar de ser um 'nada'. Dessa fo...
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Uma vez quando eu era criança, meus pais me levaram ao parque. Eu estava andando lado a lado com eles quando meu pai passou o braço pelo ombro da minha mãe e eu fiquei de lado. Como se eles tivessem esquecido da minha existência. Eu tinha só seis anos. A sensação de abandono foi terrível dentro de mim, minhas mãos formigaram e meu peito afundou como se algo pesado tivesse pousado sobre ele.
Foi naquele momento em que eu desejei sumir pela primeira vez. Que alguém me levasse para longe ou que eu me perdesse sem querer, apenas para não sentir aquilo de novo. Um desejo obscuro de ser sumir ainda residia em mim. Por isso que quando o capuz é removido da minha cabeça, eu me pergunto se isso é a realização do que desejei tempos atrás.
Ainda estou meio tonto ao abrir os olhos, a luz forte ofuscando minha visão. Não consigo reparar no que tem ao redor por causa da claridade bem no meu rosto. Tento movimentar as mãos, quem sabe os pés, mas estou amarrado. Minha boca tapada com fita adesiva. De repente alguém se põe de frente a luz e eu ergo a cabeça somente para ver aquele tal de Robert Cochran parado com as mãos na cintura e um sorriso macabro no rosto.
- Eu sabia que você escondia esse corpo bonito debaixo daquelas roupas estranhas. Que bom que apostei certo - Ele diz se aproximando, um sorriso de quem ganhou na loteria. Engulo em seco ao ficar consciente do que está acontecendo. Ele se aproximou e se abaixou na minha frente, uma mão pousando na parte interna da minha coxa - Vamos nos divertir bastante hoje - O sorriso se abre mais, consigo ver quase todos os seus dentes e a impressão que tenho é que ele não bate bem da cabeça.
Eu fico contando carneirinhos tentando não entrar em pânico, mas é impossível quando sua mão sobe tão lentamente sobre a minha coxa. Lágrimas jorram dos meus olhos.
Uma campainha reverbera no cômodo. Ele pára e se levanta.
- Quem é uma hora dessas? - Pergunta irritado, se afastando. Puxo minhas mãos novamente, mas é impossível.
De repente ouço o ruído de uma janela se abrindo e alguém pulando para dentro silenciosamente. A fita é arrancada da minha boca enquanto uma garota murmura "shh". Fico calado apenas assistindo-a cortar as cordas que me prendiam com uma faca de mesa. Assim que estou totalmente livre, ela me guia até a janela e me faz pular primeiro, em seguida ela. Então estamos os dois correndo até parar atrás de um muro de uma casa na rua da frente.
- Você está bem? - Ela pergunta - Eu sabia que aquele cara era um suspeito...
- Acho que sim... - Minha voz sai baixa. Apalpo os bolsos atrás do celular.
- Sinto muito por isso - Ela pede me olhando com pena. Algo brada dentro de mim, me fazendo perceber o quanto sou idiota - Eu chamei a polícia, mas acho que teríamos mais sucesso se você desse seu depoimento... - Puxo o celular do bolso de trás.
