Ele realmente morreu

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S/n*

Abri meus olhos devagar e tentei me acostumar com a luz, olhei em volta e vi que estava na sala de casa... Os garotos também estavam ali dormindo espalhados.

S/n: Hmm? – Vi o Mitsu do meu lado sentando no chão com a cabeça no sofá dormindo.

Mitsu: Hm? Acordou meu amor? – Ele me olhou preocupado – Como você se sente?

S/n: Eu tô bem, obrigado Mitsu – Sorri para ele e tentei levantar – Vou tomar um banho.

Fui para o banheiro e tirei minhas roupas me olhando no espelho, vi o meu curativo da bala e lembrei de tudo o que tinha acontecido sem ao menos perceber uma lágrima caiu.

A enxuguei e me lavei no chuveiro para entrar na banheira, sentei e respirei fundo... Quando eu terminei me enrolei na toalha e fui para o quarto.

Peguei uma camisa de alça fina meio curta e uma calça moletom folgada cinza escuro.

Tatsuo: O café está pronto – Ele disse baixo, eu neguei estou sem fome – O Mitsu fez.

S/n: Tô sem fome pai, mas obrigado – Peguei minha caixa de cigarros e fui para a varanda

Sentei no murinho e acendi um cigarro começando a fumar, ele realmente... Morreu?

Koji: Sabe que tem que comer para o ferimento melhorar né? – Sorri – Como você tá?

S/n: Ele realmente morreu né? – Eu traguei o cigarro – Sabe... Koji eu não acho que agora eu esteja muito diferente do vovô... Sinto que uma parte da minha humanidade sumiu.

Koji: Não fale algo assim para mim – Olhei para ele que estava chorando – Não diga isso.

S/n: Desculpa... Mas não consigo segurar isso no meu atual estado – Apaguei o cigarro.

Koji: Eu só queria te proteger mais um pouco S/n – Ele me abraçou chorando – Como quando éramos pequenos, como seu irmão mais velho eu não estou errado né maninha?

S/n: Não, você fez o pôde e eu sou eternamente grata – Abracei ele – Mas eu fui criada por um monstro para ser um monstro, essa é minha real natureza Koji – Ele me apertou.

Koji: Me desculpa por não cumprir minha promessa, me desculpa – O acariciei.

Ele logo saiu do abraço e foi embora de casa, dei um leve sorriso olhando para baixo, me levantei e me equilibrei ali em cima, coloquei as mãos no bolso e olhei a cidade.

Primeiro foi o Haru... Depois a Yuna... Depois a mamãe... Depois a Hanna... Depois o Yuki... Depois o Baji. Foi um atrás do outro, uma dor atrás da outra, eu cansei.

S/n: Oe Draken eu costumava arrumar muita briga na escola com o Take – Senti ele atrás de mim – Meu avô nunca ligou muito para isso ele só me dava uma condição.

Draken: Desce daí é perigoso – Abri meus braços sentindo o vento forte – S/n por favor.

S/n: Eu nunca podia perder, se eu entrasse em alguma briga eu tinha sempre que ganhar – Pulei e me virei ainda no murinho – Sabe o que ele fazia quando eu perdia a briga?

Draken: Você vai cair – Ele parecia preocupado, dei uma risada divertida – Vem para cá.

S/n: Me batia três vezes mais forte que o normal com um taco de ferro de basebol – Cocei a cabeça sorrindo sem jeito – Aqui é muito alto, um passo em falso e eu morreria.

Draken: Não faz isso por favor – Peguei meu isqueiro e fiquei acendo e o apagando.

S/n: A minha vida foi uma completa merda e eu tentei evitar por longos anos, mas uma hora tudo cansa – Eu guardei o isqueiro – Eu apanho pra caralho, mas odeio perder.

Draken: A gente pode dar um jeito, vamos dar um jeito S/n – Ele sorriu – Só desce daí.

S/n: Eu queria poder dizer “sim, vamos dar um jeito” mas não tem como – Voltei  – Nenhum deles vão voltar nem a Yuna, ou o Yuki, o Haru, minha mãe, a Hanna ou o Baji.

Chifuyu: Tio o senhor não vai dizer nada? – Meu pai suspirou me olhando – Tio...

Tatsuo: Desculpem mas eu não posso fazer mais nada – Ele colocou a mão na testa.

S/n: Vou dar uma volta, podem ir na frente no enterro do Yuki – Sorri e peguei a chave.

Mitsu: O ferimento ainda não cicatrizou S/n – Sorri para ele e fechei a porta – Cuidado...

Coloquei as mãos no bolso e fui andando para uma parada de ônibus, peguei um meio vazio e fui para a praia. Ainda estava chovendo bastante e as ondas estavam bem fortes.

S/n: Eu queria ser um pouco mais forte, mas... Agora que vocês me deixaram eu me sinto um pouco sozinha – Coloquei os pés na água – Eu tô com medo de perder mas alguém.

Haru: Filha eu não gosto de ver você triste assim – Olhei para ele – Cadê o seu sorriso?

S/n: Desculpa – Sorri para ele – Eu só estava um pouco pensativa... Haru? Cadê você?

Dei um riso leve mas ele está morto né? Sim, sim ele está morto S/n, ele morreu na sua frente e você não fez nada porque você é uma idiota que evitou usar aquele tipo de luta.

Bom... Já é hora de eu ir no enterro do Yuki, na verdade acho que já terminou, tanto faz.

Mitsuya*

Olhei para um lado e para o outro e não vi a S/n, já está quase acabando o enterro dele.

Mitsuya: Tio o senhor sabe onde a S/n está? – Ele me olhou fumando um cigarro – Tio?

Mitsu: Não... Acho que ela não vem agora – Ele acariciou minha cabeça – Relaxe okay?

Eu estou bem preocupado com ela, o jeito que a mesma brincou na varanda como se não ligasse para a vida, eu tenho um pouco medo do que a S/n tenha se tornado.

Mikey: A S/n não vem? – Neguei me virando para ele – Sério? Eu pensei que ela ia vir.

Mitsuya: Sim eu também – O enterro logo terminou e todos foram indo embora – Aah.

Draken: Vamos Mitsuya, vamos esperar a S/n na casa dela – Assenti olhando em volta.

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Espero que tenham gostado ^^
Até o próximo <3

My mob girl (Mitsuya e S/n)Onde histórias criam vida. Descubra agora