"Pois nada está oculto, senão para ser manifesto; e nada se faz escondido, senão para ser revelado"
⸸
— Nos vemos amanhã, então. Tenha cuidado e vá em segurança. — Yeosang sorriu para o garoto loiro, certificando-se de trancar devidamente a porta da igreja. — Tem certeza que não quer que eu o acompanhe até em casa?
— É claro que não. Você fez demais para um dia só.
— Certo. Espero que…
— Ei!
Olharam para trás, de onde vinha o chamado repentino, e depararam-se com o grupo de quatro jovens conhecidos aproximando-se.
— Olá — Yeosang reverenciou, notando Wooyoung tensionar ao seu lado. Ele apenas movia os olhos para todos os lados, sem saber o que dizer ou como agir.
— Pronto para o dia mais memorável de sua vida? — Jeongin indagou entusiasmado, ignorando completamente a presença do outro garoto. — E não estou falando da volta de Jesus.
— Não entendi — o diácono expressou confuso.
— Você esqueceu? — Ryujin fitou-o risonha, parecendo animada. — Hoje, exploraremos o bosque amaldiçoado.
— O quê?! — arregalou os olhos.
— É, não lhe convidamos antes? — Felix franziu o cenho entre a expressão dúbia, pensativo. — Pois eu jurava que tínhamos conversado com você sobre isso.
— Não, acabamos esquecendo. — A garota bateu na própria testa em reprovação. — Bem, está ciente agora. O que acha de nos acompanhar?
— Estão brincando, não é? — Yeosang inquiriu sério, a voz afinando gradativamente pela surpresa quando percebeu que não havia zombaria naquela proposta absurda. — Está escurecendo e este deve ser o lugar mais perigoso do vilarejo. Não podem fazer isso! Ficaram malucos?
— Ah, pode apostar que sim! — Jeongin afirmou, quase exasperado pela euforia. — Estamos malucos, birutinhas.
— Não quer ser maluquinho com a gente também? — Ryujin instigou, com um sorriso convincente no rosto.
— Precisamos de supervisão adulta. — O tom de Felix era sugestivo e ele piscou com os dois olhos repetidamente, como uma criança inocente que implorava de maneira silenciosa para que o diácono tivesse compaixão e os acompanhasse.
— O que ele quis dizer é que está quase sujando as calças e gostaria que você se juntasse a nós.
— Eu não estou com medo! — o australiano contestou a fala acusatória do amigo mais novo, mas acabou repensando. — Talvez só um pouquinho.
— Acredite, hyung, eu sou tão contra essa ideia quanto você — Jisung pronunciou pela primeira vez, insatisfeito. — Mas estes patifes não nos darão sossego enquanto não descobrirem o que quer que esteja lá dentro. Já aviso que se morrermos, a culpa é toda deles.
Yeosang encontrava-se em um dilema: poderia ir para casa, ter uma ótima refeição e acomodar-se confortavelmente em seu leito, sem maiores preocupações, ou, poderia acompanhar aqueles inconsequentes em um percurso assombroso e altamente destrutivo, cujas chances de arriscar sua vida eram superiores a tudo.
É, a resposta era óbvia.
— Está bem, vamos logo!
Até dar-se conta que o garoto loiro ao seu lado permanecia em silêncio, visivelmente desconfortável.
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𝐇𝐀𝐃𝐈𝐒 - Minsung
Fanfiction[CONCLUÍDA] Céu e Inferno. Dois pesos antagônicos coincidindo e duelando diariamente por uma mesma causa: a infundada e orgulhosa validação humana. Ah, mero engano. Seria de extrema ignorância e soberba consider-nos dignos de tal importância. O P...