𝐇𝐀𝐃𝐈𝐒 - Minsung

XXVIII. Efésios 5:3 †

"Entre vocês não deve haver nem sequer menção de imoralidade sexual como também de nenhuma espécie de impureza e de cobiça; pois essas coisas não são próprias para os santos"

⸸

Jisung estava péssimo, vergonhosamente péssimo. 

Desejou não ter aberto os olhos naquela manhã, pois seu corpo todo estava sensível e cansado, sua cabeça doía e o mal-estar era predominante de cima a baixo. Via-se nauseado e tonto, a ponto de cogitar estar com o pé na cova. 

Excessivamente sonolento, arrastou-se para sair da cama e tomar um banho decente, sentindo que a bexiga também estava prestes a explodir caso não se levantasse.

ㅡ Deus, me perdoe, eu juro que jamais irei ingerir uma gota de álcool novamente! 

Resmungou mal-humorado o tempo inteiro, amaldiçoando-se por ter bebido tanto. 

Permaneceu na cama, à base de água, sem pretensão de sair do quarto tão cedo.

Lembrava de poucos acontecimentos no dia anterior, embora tudo estivesse muito vago. Quanto mais forçava, mais sua cabeça doía, e, no momento, apenas gostaria de descansar em paz.

Mas quando a porta foi bruscamente aberta e Han Jaesung entrou, exalando cólera, soube que sua paz estava comprometida.

ㅡ Qual é o seu problema, Jisung? Sabe o que você fez? 

Revirou os olhos e cobriu-se inteiramente, dando as costas ao homem. 

ㅡ Não grite, por favor. 

ㅡ Eu vou gritar! ㅡ bradou furioso. ㅡ Você tem noção do que fez ontem? De como agiu comigo, sem o mínimo de respeito? 

ㅡ Aham. 

ㅡ Eu estou falando com você, garoto! ㅡ Arrancou a coberta de cima do loiro com brutalidade. 

ㅡ Yah! ㅡ Sentou-se irritado. ㅡ Eu sei que tem muito a reclamar, mas eu não estou em condições de discutir agora. Será que podemos conversar mais tarde? 

ㅡ Você esqueceu que hoje a pregação é à noite? Por Deus, nem os dias da semana lembra mais! O que há com você? 

ㅡ O que há é que preciso de repouso e, de preferência, silêncio. 

ㅡ Seu insolente! ㅡ Apontou o dedo para o sobrinho. ㅡ Como ousa continuar a agir com tamanha falta de educação?! Não percebe no que aquele amaldiçoado transformou você? 

Ah, ele ia iniciar aquela discussão desnecessária.

ㅡ Pense o que quiser, eu ainda sou o mesmo. Ele só me fez ter coragem.

ㅡ E quando foi que você me destratou como está fazendo agora, hã? Nunca! Eu sempre fui bom para você, tratei-lhe a vida toda como um príncipe e é deste modo que retribui, rebelando-se! Desde que aquele maldito apareceu em nossas vidas, você mudou. Deixou-se levar pelo pecado e se entregou ao Mal! Relacionando-se com um homem, rendendo-se aos prazeres mundanos da vida… Eu não reconheço mais você.  

ㅡ Nunca pensei que ficaria feliz em dizer isso, mas eu também não me reconheço mais. 

ㅡ Você deveria se envergonhar! Acha bonito agir com indiscrição e petulância? Não pensa em mim, na minha imagem? Ou isso é o que você sempre foi? Uma vadia de quinta! 

A maneira que ele falava despertou uma fúria incontrolável no loiro, e mesmo estivesse com dor de cabeça e seu próprio volume vocal ressoasse em todo seu cérebro, levantou-se imediatamente para ficar à frente do padre e confrontá-lo.