"Sede fortes e corajosos, não temais, nem vos atemorizeis diante deles, porque o Senhor, o vosso Deus, é quem vai convosco; não vos deixará, nem vos desamparará"
⸸
— Estão entregues, pivetes — Seungmin disse assim que chegaram em frente à igreja. — Devo acompanhá-los até suas casas? — Já estava escuro e ele não queria ser responsável por algum imprevisto, caso houvesse um.
— Você iria mesmo? — Felix questionou.
— Não, só estou fingindo que sou educado.
— Seu senso de humor é hilário, haha — Jeongin devolveu, expressivamente enfastiado.
— Talvez Yeosang precise de companhia, ele é o único que mora em direção contrária à nossa. — Jisung estava preocupado em deixar o diácono perambulando sozinho em plena noite. — Eu, Wooyoung e Jeongin moramos perto uns dos outros. Felix e Ryujin vão pelo mesmo caminho.
— Estou bem em ir sozinho, não moro tão longe daqui — Yeosang informou, não querendo abusar da boa vontade alheia.
— Será um prazer acompanhá-lo, gattino. — Seungmin sorriu satisfeito.
— Certo, então até amanhã — despediu-se Felix.
— Como sempre — Ryujin completou, bem-humorada. Seus olhos pousaram em Wooyoung e, de repente, não sabia como agir, vendo-o um tanto constrangido. Decidiu ser direta e acabar com aquela besteira toda. — Espero ver todos amanhã, inclusive você, Wooyoung. É bem-vindo em nosso grupo, caso queira voltar.
Wooyoung estava surpreso. Esperava receber olhares rancorosos de desprezo e desdém, mas tudo que encontrou foram sorrisos acolhedores por parte de seus antigos — ou nem tanto — amigos.
Ninguém parecia guardar mágoas suas, exceto um.
— Não diga como se ele fosse digno de pertencer ao nosso grupo, pois sabemos que não é — Jeongin rebateu, irritado com a situação. — Se ele voltar, então podem ficar com a amizade dele e esquecer que um dia me conheceram!
— Céus, deixe de ser rancoroso! — Jisung retrucou.
— Você não é mais criança, Jeongin. Pare de agir como uma — Felix disse sério. Entendia, em partes, os dois lados, e não concordava com nenhum, mas não gostaria de viver no passado.
— Eu sou rancoroso? — indagou incrédulo. — Vocês querem que esqueçamos tudo o que esse traidor nos disse e o quanto nos sentimos mal com as atitudes dele?
— Jeongin, eu sei que está magoado, mas… — Wooyoung tentou explicar, sendo impedido pelo baixinho indignado.
— Eu não quero saber! Você não hesitou em cuspir aquelas merdas na nossa cara, não considerou nossos sentimentos, simplesmente foi ingrato sem motivos, quando tudo que fizemos foi ser seus amigos desde sempre. — O rosto do mais novo avermelhava-se à medida que o tom de voz aumentava. — Às vezes eu me pergunto: será que alguma vez você foi verdadeiro conosco? Será que você se arrepende?
— Eu me arrependo! — Wooyoung estava exasperado, e suas feições demonstravam arrependimento sincero. O tom lastimoso complementava o olhar cabisbaixo e triste. — Não há um dia em que eu não me arrependa. Eu não queria ter dito aquilo, eu juro, eu… Acredite, há tanto por trás disso.
— E o que é? O que o levou a tratar-nos como se fôssemos nada?
— Eu não posso dizer. — A sentença saiu sussurrada e contida, sôfrega. Abaixou a cabeça, não conseguindo sustentar os olhares em cima de si, ainda que não fossem hostis. — Não posso, não consigo. Sinto muito, de verdade. Eu prometo que contarei, apenas deem-me um tempo. Espero que possam me perdoar.
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𝐇𝐀𝐃𝐈𝐒 - Minsung
Fanfiction[CONCLUÍDA] Céu e Inferno. Dois pesos antagônicos coincidindo e duelando diariamente por uma mesma causa: a infundada e orgulhosa validação humana. Ah, mero engano. Seria de extrema ignorância e soberba consider-nos dignos de tal importância. O P...