XXV. Filipenses 1:9 †

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"Esta é a minha oração: que o amor de vocês aumente cada vez mais em conhecimento e em toda a percepção" 


Jisung abriu os olhos, sonolento. 

Seu corpo doía, foi a primeira coisa que percebeu. Alguns lugares mais do que outros, mas a ardência incoveniente ocupava boa parte de sua pele. 

A segunda coisa perceptível eram as serpentes ligadas ao braço que envolvia sua cintura. Sentia a respiração calma bater em seu pescoço e pés entrelaçados aos seus. 

Permaneceu imóvel por alguns minutos até estar integralmente desperto, preguiçoso em excesso para ter coragem de levantar. Ter que sair da cama era sempre o pior momento do dia. 

Dedos deslizaram de maneira suave por sua barriga, em um acarinhar singelo, fazendo-lhe virar a cabeça para espiar por cima do ombro. 

ㅡ Já está acordado? 

Minho achou graça na pergunta sincera. 

ㅡ Eu não durmo. 

ㅡ Você passou a noite inteira acordado? ㅡ indagou retórico, sem acreditar. ㅡ Deve ter sido tedioso!

ㅡ Gosto de ficar com você, seja como for. Não é nenhum esforço.

Minho beijou-lhe o ombro, aparentemente inocente, porém sentia as intenções veladas por trás daquele gesto inofensivo. 

Sua respiração acelerou junto aos batimentos cardíacos, soltando um suspiro longo e mordendo o lábio inferior já maltratado para evitar que um som aprobatório saísse de sua garganta no momento em que a protuberância ereta pressionou suas nádegas.

ㅡ Agora? ㅡ resmungou acanhado. 

ㅡ Sempre irei querer você, não importa a circunstância ㅡ o Lee respondeu, honesto, sem domínio dos próprios atos. 

ㅡ Você sabe que não tenho força para mais nada. ㅡ Jisung estava tão esgotado e envergonhado que mal conseguia olhar para ele. 

ㅡ Não irei cansá-lo tanto desta vez ㅡ prometeu. 

O loiro estava exausto e dolorido, sabia que deveria recusar, mas não se atreveu a rejeitar os toques que lhe incitavam e o condenavam ao Inferno um pouquinho mais. 

Moveu apenas o quadril para trás, permitindo que ele fizesse o que bem entendesse consigo. Um arrepio preponderante cruzou sua pele sensível após pressionar-se contra ele e ouvir um gemido contido rente à sua orelha. 

Suas bochechas ardiam e encontravam-se rubras tal qual o corpo marcado, e não teve coragem para sequer pensar em olhá-lo, tudo que fez foi enfiar o rosto no travesseiro. 

Contudo, fortes batidas na porta interromperam o que quer que estivesse prestes a acontecer. 

Han Jisung, você tem dez minutos antes de sairmos! 

Ah. A igreja. Blé. 

Seu ânimo para sair era inexistente, quanto mais para ir à igreja e passar o dia estudando. Choramingou indignado, quase esperneando. 

ㅡ Ignore-o ㅡ Minho persuadiu-o, ou pelo menos tentou. 

ㅡ Não posso. Tenho que ir. 

ㅡ Vai mesmo fazer isso comigo? ㅡ reclamou, rabugento. 

ㅡ Considere uma vingança pelo que fez comigo. ㅡ Jisung se enrolou no lençol e sentou com lentidão. 

ㅡ Dar a você a melhor noite da sua vida é motivo de vingança?

𝐇𝐀𝐃𝐈𝐒 - MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora