"Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos"
⸸
Do lado de fora dos portões, havia reflexos de luz visível, posto que nada predominante à escuridão.
Jisung ainda sentia o corpo tremer pelo que havia acabado de acontecer, seguindo a trilha indicada tomado de insegurança. Preocupava-se com Yunho e as consequências que ele sofreria por sua atitude nobre de tê-lo salvado.
Antes, via-se perturbado pelas milhares de vozes que ocupavam o Inferno, mas no exterior, o silêncio absoluto igualmente amedrontava. Não havia equilíbrio naquele lugar umbroso.
Conforme prosseguia, pôde identificar um clarão de luz logo adiante. Era fraco enquanto visto a longa distância, porém à medida que se aproximava, aumentava exponencialmente, até chegar no ponto em que teve de parar e desviar o olhar para que todo aquele brilho não o cegasse.
ㅡ Olá?
Tentou espiar por entre o braço que usava para cobrir os olhos.
ㅡ Quem sois vós, alma perdida?
Olhou na direção da voz masculina logo à frente, podendo finalmente analisá-lo após a intensidade de sua luz reduzir, vislumbrando um anjo abeirado ao lado de um barco imóvel acima de águas paradas.
ㅡ Eu… ㅡ Limpou a garganta, tentando disfarçar a incerteza e soar firme. ㅡ Meu nome é Han Jisung.
Observou com apreensão as diversas pessoas no barco, embora suas expressões fossem de alívio e contivessem esperança nos semblantes exaustos.
ㅡ O seu caminho é por ali. ㅡ O anjo apontou para o lado direito.
Acenou em agradecimento, passando a estudar o ambiente estranhamente mórbido. Do outro lado do rio, uma extensa floresta podia ser vista, e sua aparência selvagem não trouxe nenhum conforto, mas sim ainda mais inquietação. No caminho que deveria seguir, só havia escuridão.
ㅡ Não há nada lá. ㅡ Voltou-se ao anjo, acabando por se desesperar ao perceber que o barco já tinha partido sem que percebesse e estava sozinho outra vez. ㅡ Ah, não. Não, não, não!
Não estava disposto a continuar vagando pelo breu absoluto que poderia levá-lo a um lugar impreciso. Bateu o pé no chão, nervoso, olhando para todos os cantos e pensando no que fazer.
Bem, foi orientado por um anjo, então devia confiar e obedecê-lo. Anjos não mentiam.
ㅡ Jisung!
Assustado, encarou o horizonte obscuro com os olhos arregalados. Das sombras inóspitas, uma figura de voz familiar surgiu correndo em sua direção.
Vê-lo vindo ao seu resgate lhe trouxe grande euforia.
ㅡ Chan! ㅡ Acenou entusiasmado.
Sem esperar mais um segundo, correu até ele com um sorriso que rasgava seu rosto de fora a fora e atirou-se em um abraço aliviado que o fez se sentir seguro novamente.
As asas de Christopher Bang permaneciam esplendorosas no tom aveludado do mais sofisticado branco luzidio, porém sua imagem era completamente oposta ao dia em que o vira pela última vez.
Não havia um mínimo resquício de luz divina que o iluminasse como antes, aquele alumiar tão gracioso e sublime foi vencido pelas trevas. Seus olhos cristalinos não mais existiam e os cabelos agora estavam igualmente escuros, sendo que a vestimenta seguia o mesmo padrão.
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𝐇𝐀𝐃𝐈𝐒 - Minsung
Fanfiction[CONCLUÍDA] Céu e Inferno. Dois pesos antagônicos coincidindo e duelando diariamente por uma mesma causa: a infundada e orgulhosa validação humana. Ah, mero engano. Seria de extrema ignorância e soberba consider-nos dignos de tal importância. O P...